Capítulo 2: Quando o Ódio Se Transforma... Em Desavenças

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05 de maio de 2007

Aniversário... era a oportunidade perfeita para minha vingança se eu não tivesse que me conter por ser o dia especial da minha irmã. Afinal, se tinha um momento em que Luke abaixava a guarda, era quando estava em público e se exibindo entre as milhares de garotas que davam em cima dele todos os dias.

Jaqueline havia feito quinze anos no dia dois e a sua festa seria comemorada no sábado. O seu espírito rebelde e a sua alma abstrata (palavras dela), não combinariam com uma festa glamorosa e cor de rosa onde a garota é homenageada pelos pais por ter se tornado mulher.

Ela queria uma festa à fantasia e de preferência que todos se vestissem de entidades das trevas, como se fosse o Halloween. Contudo, nossos pais não acataram esta ideia, e o máximo que ofereceram foi tema livre.

Tia Patrícia era a mais animada com a ideia, pois tinha uma fábrica de decoração para festas e montou um ambiente personalizado para ela. Cada canto parecia tomar uma personalidade diferente e, além de poder ter um lugar com um castelo obscuro em tons de preto, também tinha uma floresta encantada, um fundo do mar e um céu colorido em tons pastéis de rosa e roxo.

Estava encantador como nunca vi e havia pelo menos trezentas pessoas convidadas naquela noite. A fantasia era obrigatória.

Porém, por mais que eu tivesse que ser contida, ainda não havia me dado por vencida. Luke iria me pagar mais cedo ou mais tarde por causa da sua última travessura.

— O tule está me dando coceira — Marlina reclamou ao se recostar na porta do meu quarto. Ela estava vestida de abelha naquela noite, mas eu achava que a cor amarelada não combinava em nada com o tom muito pálido do seu rosto e seus cabelos tão claros.

— Eu tenho uma saia de algodão que pode te servir aqui — ofereci. — Mas, eu acho que deveria se fantasiar de sereia ou algum outro bicho do mar. Azul combina mais com você.

— As fantasias de sereia mostram muito, e eu estou tão magra que tive vergonha. É melhor deixar como está. E essa almofada com o ferrão na bunda está me dando curvas — ela esclareceu. — Mas ficou perfeito em você. Adorei a calda verde e o top roxo. Só faltou os cabelos ruivos da Ariel.

Concordei. Todo mundo achava que meus cabelos seriam ruivos quando nasci, mas eles escureceram e ficaram castanhos. As sardas, no entanto, ainda permanecem no meu rosto, e pioraram bastante por causa do sol e à medida que meu corpo ficou mais bronzeado.

— Você está se sentindo melhor? — Desde que ela havia desmaiado no sol, parecia muito mais doente.

— Na medida do possível, sim. Acho que minha pressão se estabilizou, mas eu ainda preciso fazer uma transfusão de sangue na segunda-feira. Os glóbulos estão muito prejudicados. A Jaqueline já fez a coleta na manhã de ontem, mas mamãe teve que fazer um acordo com ela sobre a fantasia por causa disso.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗢 𝗢́𝗱𝗶𝗼 𝘀𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora