Capítulo 11: Quando o Ódio Se Transforma... Em Medo

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O capítulo ainda está sem uma boa revisão. Se tiver erros, me perdoem. 

Luke

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Luke

A vida pode parecer monótona, inflexível e bastante previsível desde o seu início. Às vezes parece que, não importa quanto esforço você faça, o seu destino já está traçado e nada irá impedir de que você se torne um belo de um fiasco sem talento.

No entanto, por muitas vezes me perguntei se a minha total incapacidade de fazer coisas com excelência tinha mais a ver comigo mesmo ou com o ambiente ao meu redor. Quando alguém diz para uma criança, de novo e de novo, o quão ruim ela é, no final das contas ela realmente não se torna ruim? Ou o fracasso cresce junto a nós, desde o primeiro momento em que respiramos o mesmo ar que os outros seres humanos que se humilham por pouco?

Eram questões ambíguas e filosóficas que não saíam da minha boca, porque eu tinha medo de serem perguntas burras e sem sentido algum. Adultos gostavam sempre de se gabarem sobre serem mais inteligentes, mas nunca tinham a capacidade de revelar os mistérios da vida de forma clara, o que fazia a maioria das crianças e adolescentes crescerem com muito mais questionamentos do que respostas.

No entanto, parto do princípio de que tudo tem o seu devido equilíbrio. Por exemplo, se eu, precisamente eu, disser à Samantha de que ela é incapaz de fazer algo, então ela vai lá e me prova o contrário.

E isso me fazia feliz de uma maneira peculiar, porque ela sempre foi fora da curva.

Conheci a Sam quando ela ainda não tinha oito anos de idade. Ela era simplesmente a criança mais fofa que eu já tinha visto, principalmente porque gostava de usar cores chamativas, sobretudo verde limão, rosa claro e amarelo sol. Suas roupas eram cheias de bichinhos estampados, seus sapatos pareciam impecavelmente limpos e seus cabelos, que são lindos por sinal, estavam sempre muito bem alinhados. As sardas no rosto foram se intensificando à medida que os anos se passaram e por causa do sol, mas ela nunca deixou de ser irritantemente perfeita.

Quando Samantha abriu a boca pela primeira vez, eu me senti a pessoa mais burra do mundo. Lembro-me de que ela usou a palavra "indubitavelmente" em uma de suas frases e eu, que sou dois anos mais velho do que ela, sequer sabia o que significava aquilo. No entanto, ela lembrou-me imediatamente de outra pessoa irritantemente perfeita: meu irmão Liam.

E eu odiava Liam porque ele era incrível e eu não. Liam ganhava prêmios escolares, competições estaduais, bolsas de estudos e muitos elogios de todo mundo. Ele era bonito, falava italiano, inglês e português, era popular e meu pai gabava-se disso como um incentivo para me mostrar o exemplo que ele queria que eu seguisse. Porém, eu nunca fui como ele e me questionava como meu irmão mais velho poderia ser tão inteligente enquanto eu quase havia tomado uma bomba no colégio na quarta série.

Isso aconteceu no ano em que minha mãe havia se mudado da cidade onde atualmente moro, e eu usava esse motivo para culpar o meu fracasso. No entanto, não esperava ser humilhado constantemente pela inteligência de uma menina tão nova e tão parecida com ele.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗢 𝗢́𝗱𝗶𝗼 𝘀𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora