less shame and i would lose my virginity

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Minha raiva de Yonghee passou no dia seguinte. Não que ele estivesse certo em falar do Hongjoong daquela forma, claro que não, mas foi o Hongjoong quem começou e provocou aquilo, então eu deixei passar e falei com ele sobre como ele não deve falar dos meus amigos. Ele acabou entendendo e disse que não pediria desculpa para Hongjoong, mas me garantiu que não iria fazer mais nada daquele tipo.

E agora nós estamos na rua, em plena sexta-feira à noite, caminhando para a casa dele. Eu não sei com que milagre minha mãe deixou que eu dormisse na casa de um amigo que ela não conhece, mas ela deixou e isso é tudo que importa.

Como de costume, eu e ele ficamos algumas horas na pista — sem Hongjoong ou os outros dessa vez — e quando começou a esfriar nós saímos de lá. Yonghee não mora longe, gastamos apenas dez minutos para chegar aqui.

— Bem-vindo. — Yonghee disse ao abrir a porta para mim com aquele sorriso fofo que deixa os olhos dele escondidos.

— Estamos sozinhos?

— Não, minha mãe está na cozinha. Vou chamar ela, senta aí. — Ele apontou para o sofá e eu certamente não movi um músculo quando vi o tapete fofinho e branco que tinha na frente dele. Do jeito que eu sou desastrado, é capaz de eu tropeçar nele e sujar com o batom que eu sequer estou usando. — Acho que temos um problema.

Yonghee estava segurando um post it laranja, escorado no batente da porta e com uma cara envergonhada.

— Ela saiu com a minha tia, noite das mulheres. A gente está sozinho, é um problema para você?

— Não. — E realmente não era, eu não me importava com isso e sinceramente acho que ainda não estou pronto para conhecê-la, nós sequer namoramos. — Quer pedir algo por delivery ou podemos cozinhar?

— Tenho batata para fritar, queijo, refrigerante e minha mãe disse que tem sanduíches na geladeira, mas são sanduíches fit.

— Parece ótimo para mim. — Ele sorriu e depois a gente foi preparar as batatas, acho que era o bastante.

[...]

— Você está roubando, Yonghee. — Tentei empurrar a manete de sua mão, mas ele a segurava com firmeza e não a soltou por nada, disposto a continuar ganhando no jogo.

Eu não estava acostumado a perder no Street Fighter.

— Você que é um péssimo perdedor e não admite que eu sou melhor que você. — Ele me olhou e deu um sorriso no mínimo dissimulado antes de fazer mais um combo e me fazer perder a última vida.

— Desgraçado! Eu não quero mais jogar. — disse e joguei meu corpo para trás, caindo na cama macia dele. A luz forte demais da TV desapareceu, e logo em seguida ele se jogou sobre mim, rindo como se fosse uma criança que escapou do castigo. — Você é ridículo.

— Não seja um perdedor tão ruim, Hwa. — Tentei beliscar seu braço após ouvir aquilo, mas ele foi mais rápido que eu e segurou meu pulso, não me dando tempo para pensar em usar a outra mão antes que ele a segurasse também. — Ops, acho que você está preso.

— Já te disse que você é ridículo?

— Alguns segundos atrás. — Ele se manteve sobre mim, uma perna de cada lado do meu corpo, mas não demorou até que ele se ajustasse melhor e se abaixasse para me beijar, colocando a língua dentro da minha boca e me deixando chupar a língua dele e morder seu piercing, puxando lentamente antes que ele se movesse no meu colo, se deitando sobre mim antes de quebrar aquele pseudo beijo. — Tudo bem?

— Uhum.

Ele sorriu para mim e em seguida voltou a me beijar e talvez meu coração esteja batendo na boca, principalmente porque ele soltou minhas mãos e me fez colocá-las em seu corpo, me dando permissão para tocá-lo mesmo sabendo que eu sou curioso.

Eu não tive medo de colocar as mãos nele, por baixo da regata larga que ele usava. Ele arrepiou com meu toque, mas eu não recuei e deixei que ele se divertisse beijando meu pescoço, mas quando foi a vez dele colocar a mão em mim, minha ficha caiu um pouco e eu engoli em seco, segurando-o.

— Quer parar?

— É melhor. — respondi e ele sorriu antes de beijar a ponta do meu nariz e se jogar ao meu lado, me abraçando pela cintura.

— Quer tomar banho? Você trouxe pijama?

— Sim, e sim.

— Vou pegar uma toalha para você então, fica aqui.

Eu não ia a lugar nenhum, na verdade eu queria enfiar a cara na cama e morrer sufocado com a minha vergonha.

Mas a vontade de continuar aquilo não passou… droga. Se eu fosse um pouco mais sem vergonha eu juro que a essa altura já não era mais virgem.










Notas finais

as pregas do hwa sendo salvas pela timidez

e no próximo é ele vendo filminho com o hongjoong... o diabo está testando esse pobre adolescente na puberdade

𝐖𝐎𝐎'𝐒 𝐁𝐑𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 • seongjoong Onde histórias criam vida. Descubra agora