holy molly, he has a crush on me

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Hongjoong

Eu nunca andei tão rápido em toda minha vida, acho que depois dessa pequena maratona minhas pernas estão maiores que as de muitos bodybuilders por aí, sabe, mas vão ficar cheias de roxo e murchar depois da surra que eu vou levar.

Eu deveria ter seguido os conselhos da Nana e parado de sair por aí fazendo o que eu quero, mas quando eu vejo eu já fiz (insira aqui um emoji com olhinhos tristes que insistem em dizer que é emoji de pedir aquela coisa que algumas pessoas tem dependurado)

Eu parei na porta de casa e respirei fundo e encarei a porta de madeira com vários rabiscos que eu e Wooyoung fizemos, eu definitivamente não queria entrar, mas abri e empurrei a porta, engolindo em seco quando vi meu pai sentado no sofá, Narae estava de pé atrás do sofá e com uma cara de  decepcionada que provavelmente vai me doer mais que as 50 cintadas em cada lado da bunda. Ai.

— Senta aí. — Meu pai apontou a cadeira de escritório (que ele pegou no meu quarto) e eu me sentei, deixando a mochila no colo, porque qualquer coisa eu coloco a mochila na frente, né. 

— Pai…

— Hongjoong você sabe quantas vezes eu já precisei tirar do meu bolso o dinheiro para pagar a pintura das casas e locais que você e seus amigos picharam? Mais de cinco vezes. — Ele parecia bem calmo, talvez eu leve só dez cintadas — Eu relevo sua teimosia e rebeldia por você ser um adolescente que perdeu a mãe muito jovem, além de eu não ter sido um bom exemplo de nada para você até me casar novamente, mas você está passando dos limites.

Ele fez uma pausa e olhou para Narae atrás dele, ela apenas suspirou. É, acho que caguei na mesa da última ceia mesmo.

— Hoje a polícia me ligou. A polícia, Hongjoong. Quanto tempo vai demorar para a polícia aparecer com você na nossa porta, hein? Você tem quase 18 anos, você não é mais um moleque de 12, você já entende que está fazendo algo errado. — Ele suspirou e se levantou, me encarando — A partir de hoje, você não recebe mais mesada, se quiser comprar algo, vai ser com esse cartão, eu vou saber tudo que você comprar e se eu ver uma lata de tinta spray sequer, você só vai andar com ticket alimentação na mão. Estamos entendidos?

— Você não vai me bater?

— Você ficou doido, Hongjoong? Claro que não. — Ué, não entendi — Agora levanta e guarda essa cadeira, arruma aquele chiqueiro que você chama de quarto e depois lava o banheiro. A partir de amanhã a Narae vai te dar tarefas para reparar essa palhaçada que você fez.

— Serviço comunitário e liberdade condicional então?

— Não me testa, moleque.

[...]

Seonghwa

Hongjoong me mandou um áudio de quase três minutos contando tudo que aconteceu, no começo eu fiquei com medo de ouvir e ele estar chorando e falando um monte de coisas ruins, mas ele estava apenas contando que levou um pequeno sermão e perdeu regalias, além de ter que ele estava rindo e achando super engraçado o medo que sentiu. Ele é maluco.

Mas no fim acabei passando o restante do sábado e todo o domingo conversando com ele, não era algo que acontecia com muita frequência, mas eu gostei de ficar trocando mensagem com ele até de madrugada. O problema foi acordar hoje para ir para a escola.

— Bom dia. — respondi para Wooyoung, e ele ergueu uma sobrancelha, confuso pela minha falta de ânimo. — Eu não dormi nada essa noite… eu tô acabado.

— É… dá para ver, ainda bem que você não é tão feio. — Wooyoung riu e eu fingi que ia dar um soco nele, mas apenas baguncei o cabelo dele. — Você não costuma vir na minha sala antes do intervalo, o que você quer, hyung?

— Quero te fazer uma pergunta. — falei vendo ele cruzar os braços e fazer um biquinho, com aquele olhar curioso. — Hongjoong gosta de mim? Romanticamente…?

— Devia perguntar para ele.

— Não posso. Eu vi suas mensagens para ele, preciso saber se você estava implicando ou se ele gosta mesmo de mim. — Wooyoung revirou os olhos, se ajeitando na cadeira antes de inclinar o corpo na minha direção.

— Pergunta. Para. Ele.

— Wooyoung! Qual é, eu não posso chegar no cara sem mais nem menos por causa de uma piadinha sua.

— Você gosta dele. — Não era uma pergunta, mas eu assenti assim mesmo. Provavelmente só de ficar perguntando isso já me entregava. — Hm… há quanto tempo?

— Sei lá desde que eu conheci ele. Por Deus, só me fala.

— Ele gosta. — Ficamos em silêncio, e Wooyoung tinha um sorrisinho cínico na cara, provavelmente pensando em todas as vezes que eu menti sobre gostar ou não do irmão dele. — Vai falar com ele agora?

Eu estava de pé agora, sentindo minha cabeça girar.

Ele gosta de mim. Hongjoong gosta de mim.

Puta merda, ele gosta de mim.





Notas finais

a única surra que o hongjoong vai levar é de bunda daqui uns meses mas aí são outros 500 e muita vergonha alheia☝🏻😚

𝐖𝐎𝐎'𝐒 𝐁𝐑𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 • seongjoong Onde histórias criam vida. Descubra agora