Terapia de Paciência!

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Passou a crise, passou a crise, eu tô bem! 

Oi sextinhas! Apesar de não termos mais sextas obrigatórias, vocês sempre vão ser minhas surtadas por sexta, os iguais se atraem né? 

Espero que estejam gostando da história, tô notando que cada vez mais tenho reduzido o angst no que escrevo, mas não se iludam! Essa história é longa e as oportunidades de chorar e querer comer meu fígado ainda vão surgir 

Será que o Kelvin vai aguentar a chatice do Ramiro? 

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Kelvin nunca tinha estado na casa de Diego. O ruivo evitava de trazer amigos ou outras pessoas em casa porque apesar de seu pai ser doce consigo, com os outros era sempre ranzinza, até antes do acidente, mas agora...


Geralmente era o Neves que ia até a casa do Santana, Kelvin já morava sozinho há alguns meses, sua mãe Pricila havia voltado para o Rio Grande do Sul. Recebia sempre o amigo em sua casa, para jantarem, jogarem vídeo game ou apenas conversarem. Tinha outra coisa que fazia também: socorrer Diego em crises de ansiedade que tinha. Tanto pela faculdade estar sendo puxada, como por não conseguir se abrir pro pai e contar seu segredo. Era nesses momentos que kelvin pegava Diego em seu colo e o abraçava, cantava, aconselhava e as vezes só ficava quietinho sendo apoio para o amigo


A casa deles era impecável de dar dó. Tudo tão organizado que dava tédio. Mesmo sendo soldado do exército, Kelvin sabia separar as coisas, e quando não estava trabalhando, era apenas um homem jovem e comum


Já Ramiro fazia de seu lar um quartel general, e claro, ele quem mandava ali.


- Espero que você não perca seu tempo. Já tentaram de tudo e nada funciona, eu não vou voltar a andar - O moreno o despertou de sua inspeção pela casa organizada


Kelvin sabia lidar com gente assim. Estava se especializando em trauma, só atendia pacientes assim, e sabia que não estavam machucados somente fisicamente. Para ele, Ramiro tinha acima da perna machucada, o coração.


- Eu não sou de desistir. Vamos fazer sessões três vezes na semana até que você esteja andando!- Abriu sua maleta, retirando alguns equipamentos


- Eu sinceramente prefiro que você vá embora. Posso assinar o formulário dizendo que você veio aqui, não vou te causar problemas. - Ramiro sabia que o filho ficaria furioso, e estava até sendo educado com o amigo de Diego


Baixinho, loirinho, tão delicado para um soldado...


Kelvin usava coturno, calça e blusa tática, com um jaleco também verde e boina. Seu cabelo raspado, a barba feita de forma impecável, mas por baixo daquela armadura militar existia um homem tão doce que poucos tiveram a oportunidade de conhecer. Ele se escondia bem. Apesar de não nutrir aquela velha forma de agir que os militares tem. Não era machão, não tinha o mínimo interesse em parecer ser o que não é. Só queria cuidar do seu trabalho em paz. 


Entrara pro exército por vontade, era verdade. Mas sempre dizia a si mesmo: militar sim, militarista não!


- Pois vai ficar querendo sargento, eu vim aqui com uma missão e vou cumprir! - Não seria Ramiro que o impediria de trabalhar - Onde você pode deitar pra iniciarmos?

Feridas de Combate - AU Kelmiro/DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora