Oi leitoras, leitores e sextinhas (Cadê as surtadas por sextas?)
Não queiram comer nosso fígado, nem peçam nossa cabeça numa bandeja de prata!
Esse capítulo escrevemos juntinhos gabrielafonso96 e eu, chorando, odiamos machucar nossos meninos, mas é necessário pro desenvolvimento da história.
Confiem em nós e sempre se lembrem: Final Feliz sempre!
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Sua cabeça ainda doía, assim como se sentia um pouquinho torpe, apesar de ter consciência de onde estava. Não era difícil de imaginar, com cortinas fechadas, algo engatado na veia e uma pequena ardência, sabia que recebia alguma medicação forte. O escuro do quarto denunciava que provavelmente já tinha passado da hora de ir embora, perdeu provavelmente mais uma aula na semana, teria depois que compensar no fim de semana estudando. O fim da faculdade se resumia agora á provas finais e TCC, mas a falta de receber conteúdo era substituída pela corrida pela perfeição.
Nunca ninguém exigiu isso de Diego, mas sentia que devia isso ao pai. Isso somado ao seu segredo, era necessário para que se sentisse menos pior pelo que sabia e escondia da família.
- Como você está? - Teve a atenção chamada por um Amaury que descansava em uma poltrona no pé da maca
Ele já estava sem uniforme, usando apenas uma calça jeans e uma blusa comprida preta, definindo mais ainda seu peito e braços, porém a sensação de estranheza de Diego era tanta naquela situação que ele mal pôde observar melhor o estado do médico
- O que você tá fazendo aqui? - Não queria o olhar, não conseguia sem se sentir magoado
Agora que estava mais calmo e provavelmente dopado dos remédios, não conseguiria brigar com o médico. Mas conseguia chorar, e não queria fazer isso em sua frente. Doeu mais do que pensou ao imaginar que ele tivesse alguém. Não era somente por ter usado Diego, mas saber que provavelmente alguém já ocupava um espaço oficial e importante na vida do moreno como uma esposa ou marido, lhe doía sim.
E ele sabia o porquê. Diego estava apaixonado.
- Você desmaiou no corredor hoje a tarde - O relógio analógico da parede indicava agora 20 horas. Seu pai devia estar indo pro encontro nesse momento - Te trouxe pra emergência e te coloquei num quarto pra ficar mais confortável
- Obrigado, Doutor Lorenzo. Pode deixar que após a medicação acabar eu saio, pode ir embora - Já tinha dado o expediente do médico também, por isso talvez ele não estivesse mais com o uniforme tático e nem o jaleco, apenas com uma bolsa de couro marrom escuro que descansava ao lado da poltrona
- Não, você vai ficar de observação hoje. Quando essa medicação acabar, tem outras ainda pra tomar e eu vou te fazer companhia, imagino que não queira avisar seu pai - Amaury não conhecia a relação familiar deles, mas imaginou que Diego fosse dos que não deixava ninguém da família preocupado
- Não quero avisar ninguém. E eu sou adulto, pode ir embora, consigo ficar aqui sozinho, vá lá aproveitar sua família - Virou o rosto, não queria se deixar levar pelo que sentia
A solidão naquela cama de hospital estava sendo esfregada na sua cara, e combinando com a melancolia do quarto em penumbra, Diego só queria poder ficar sozinho e desaguar.
- Tão adulto que mesmo sendo da área da saúde, fica se entupindo de café e energético? Eu observo você Diego, quando foi a última vez que tirou horário pra almoçar? - Amaury estava furioso com o ruivo contribuindo para sua degradação
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Feridas de Combate - AU Kelmiro/Dimaury
FanfictionÉ o primeiro dia de Diego como enfermeiro do Hospital Central do Exército, vaga conseguida por seu pai, o primeiro sargento do batalhão do Rio de Janeiro, agora afastado devido á um acidente em combate que o deixou numa cadeira de rodas. No trabalho...