Feridas de Combate - AU Kelmiro/Dimaury

Tem Que Ser de Fundamento!

Oi leitoras e leitores! 

Vamos tomar um susto com o Diego? Tava demorando né? 

Esse capítulo é feito por mim gabrielafonso96 e em homenagem á gaúcha mais chata do mundo: a Roberta. 

Se vocês a amam, esperem ela começar a fiscalizar o churrasco da casa de vocês. 

Beijo Rio Grande do Sul! 

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O sábado foi leve para Diego, apenas ajudou a madrinha a limpar a piscina enquanto o pai quis ir sozinho no supermercado. Essa era a principal mudança que via da terapia de Ramiro, apesar dele ainda ficar todo o tempo na cadeira de rodas, desde que Kelvin chegou na vida do moreno, ele simplesmente tinha vontade de fazer tudo: sair de casa, ocupando finalmente o carro adaptado para ir ao batalhão, supermercado, até em shopping já tinha ido. Ramiro antes não saía de casa pra nada!

Então por mais que não voltasse a andar, mas só de estar aproveitando um pouquinho mais a vida e tendo independência, Diego já agradecia o quanto o amigo estava ajudando seu pai. Era dolorido demais ver Ramiro viver amargurado daquele jeito. E por incrível que pareça, nos últimos dias ele estava até que bem sociável, nem brigou com Roberta e sorriu quando Diego avisou que Kelvin viria

A animação pro churrasco foi tão grande que decidiram usar uma parte da casa que nunca usavam em muito tempo: a área externa. Atrás da casa, tinha um vasto gramado, com uma piscina de fibra e piso antiderrapante bege circulando a mesma. Um ombrelone e no lado direito, a churrasqueira com uma pequena área de festas.

Quando o pai falou em fazer churrasco, pensou que ia só assar rapidinho na churrasqueira e comerem na sala de jantar. Mas não, o Neves parecia querer fazer um evento! O fim de semana estava tão quente, que Diego agradeceu por usarem aquele espaço. Precisava demais relaxar na piscina, o corpo não saía da tensão das suas cobranças pessoais, sentia que a qualquer momento quebraria

No domingo, pelas onze da manhã, a campainha tocou. O coração de Ramiro parecia que batia nas mesmas badaladas do sino. Correndo, Diego foi recepcionar o amigo e a mãe, uma morena baixinha, de óculos e cabelo cacheado até o ombro. Gaúcha mesmo, já veio com a cuia na mão, a água do mate era quente! 

- Bom dia, sargento! - Kelvin se aproximou de Ramiro que preparava a grelha, trazendo algumas sacolas

- Pode só me chamar de Ramiro, soldado. E o que é isso aí ein? Não precisava trazer nada! - Estava sendo tão cordial que se assustava!

- Então me chama só de Kelvin - O loiro lhe sorriu, e podia jurar que o sorriso iluminava a vida mais que o sol - Trouxe ovelha, cê vai ver o que é churrasco!

- Você vai me roubar a grelha? - Um crime, mas Ramiro estava tão caído que deixaria Kelvin lhe roubar tudo o que quisesse. Inclusive o coração.

- Que tal assarmos juntos? O Diego já fez amizade com minha mãe e estão lá na piscina, eu não tô a fim de água hoje. - Ele estava dizendo que queria estar com Ramiro?

Ok. Isso socou realmente seu peito. Alguém por vontade própria querer estar consigo... Estava em choque!

- Claro, você é do Sul né? Vai querer me ensinar a fazer churrasco por acaso? Porque todo sulista que eu conheço, diz que churrasco mesmo, só o de lá! - Passou a ajudar o loiro a retirar as coisas das sacolas, assim como a preparar o fogo

- Não que o nosso jeito seja o único. Mas é o único certo e só minha opinião importa. Sim, sou do Sul, de Passo Fundo - Preparou o carvão numa forma de pirâmide com espaço em baixo para o ar circular e em segundos o fogo já consumia o carvão