Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.
Não se esqueçam de comentar e curtir, pois é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!
Como esse é um capítulo bônus e menor do que os capítulos normais, postarei mais um capítulo para "compensar".
Boa leitura!
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Março de 1960, 17 anos antes
Lorraine lia calmamente em seus aposentos, envolta em almofadas macias e uma manta aconchegante. Desde o diagnóstico de uma gravidez extremamente complicada, seguido pela recomendação de um descanso absoluto, a leitura passou a ser sua melhor companhia em momentos como aquele. Os dias eram longos, mas ela encontrava consolo nas páginas dos livros e nas doces expectativas de um futuro próximo.
O casal de investigadores paranormais havia dado uma pausa nos casos desde a descoberta do bebê que a jovem mulher carregava em seu ventre. Desde então, Ed passou a trabalhar em um escritório perto o suficiente da nova casa que haviam conquistado depois de tanto suor e trabalho. A pequena distância proporcionava a oportunidade de Ed ir para casa no horário de almoço verificar suas duas bênçãos, ou prestar auxílio caso ela precisasse. A cada retorno, Ed trazia consigo um sorriso, um carinho, uma palavra de conforto, fortalecendo ainda mais o laço entre eles.
Já era noite, e Lorraine parecia entediada à espera do marido que já deveria ter chegado. Ela acariciava seu ventre murmurando uma melodia romântica, sentindo a conexão com o bebê. A luz suave do abajur iluminava seu rosto sereno, enquanto ela sonhava acordada com o futuro que aguardava sua pequena família.
A porta no andar de baixo se fechou e, em poucos segundos, Ed apareceu em seus aposentos. Lorraine sorriu ao vê-lo. O jovem Ed segurava uma caixa de pizza em uma das mãos, e na outra, um lindo buquê de tulipas, as preferidas de Lorraine. Seus olhos brilharam ao ver as flores, e seu coração se encheu de alegria.
Ele se aproximou da esposa, depositando um beijo suave em seus lábios macios e avermelhados, que sorriram ainda mais.
— Como foi o dia de vocês duas, honey? — ele perguntou com um sorriso caloroso e um olhar carinhoso.
— O bebê se comportou muito bem... Ficou adormecido a maior parte do dia — ela respondeu, cheirando o buquê e colocando-o sobre o criado-mudo.
O aroma das tulipas preenchia o ar, trazendo uma sensação de tranquilidade.
— Tenho certeza de que ela será uma garotinha calma e de uma beleza indescritível, assim como a mãe — ele disse, beijando a cabeça de Lorraine com ternura.
— Já pedi para parar de chamar o bebê de menina, e se for um menino? Ele se sentirá excluído — ela respondeu com uma risadinha suave.
— Não se preocupe com isso, eu tenho certeza de que é a nossa menina aí dentro — Ed disse com convicção, seus olhos brilhando de amor e expectativa.
Lorraine não discordou, apenas ficou em silêncio enquanto se servia com uma grande fatia de pizza, sentindo-se abençoada por aquele momento simples, mas cheio de significado.
Ed se aproximou ainda mais, levantando um pouco a camisola que a esposa usava, deixando a barriga descoberta. Seus olhos se suavizaram ainda mais ao olhar para o ventre arredondado.
— Oi, minha pequena... Aqui é o papai de novo... — ele começou como todas as noites. — A mamãe ainda não acredita que você é uma menina... — A mão que estava sobre a barriga foi agraciada por um leve chute. — Viu só, ela concorda comigo...
Lorraine riu, a felicidade evidente em seu rosto.
— Você já parou para pensar que se realmente for uma menina, um dia ela irá crescer, conhecerá alguém, e você terá um genro? — Lorraine indagou, vendo a expressão de Ed mudar drasticamente.
— Isso... Isso vai demorar para acontecer. E outra, ela só poderá namorar depois dos 30. Escutou, linda? — ele perguntou para a barriga, a voz cheia de falsa seriedade.
No mesmo instante, o bebê se agitou, divertindo seus pais.
— Ela concorda comigo — Ed disse, sorrindo.
— Isso é claramente um "não". E quando aparecer alguém que a faça verdadeiramente feliz e a cuide como nós vamos... Eu não vejo problema em ela namorar — Lorraine disse, acariciando o rosto de Ed.
— Você diz isso agora, quero só ver quando o momento chegar... — ele murmurou, com um sorriso cético.
Lorraine riu, acariciando o rosto de Ed com ternura.
— Vamos ver, meu amor. Vamos ver...
E assim, a noite passou rapidamente. Lorraine e Ed conversaram mais sobre o futuro de sua filha, imaginando determinadas possíveis situações que poderiam acontecer. Eles falaram sobre o primeiro dia de escola, as brincadeiras no parque, e até sobre os possíveis encontros e namorados. Cada ideia parecia trazer uma nova emoção, um novo sonho.
De longe, Lorraine e Ed jamais esqueceriam aquele momento. Era um momento de sonhos e expectativas, um prelúdio de uma nova jornada que começava a se desenrolar, unindo-os ainda mais como família. A sala, iluminada pela suave luz do abajur e preenchida pelo aroma das tulipas, parecia um pequeno refúgio de amor e esperança, onde o futuro prometia ser brilhante e cheio de felicidade.
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Após concluir o capítulo anterior, eu não consegui parar de imaginar essa cena entre o nosso querido casal. Por isso, não me contive e tive que escrever esse capítulo extra.
Não se esqueçam de comentar caso tenham gostado.
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Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia
Teen FictionAnne Warren, filha dos famosos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, vive atormentada por pesadelos recorrentes. Enviada para ajudar seus pais em um caso em Londres, Anne conhece Irene, uma freira com um passado enigmático, e Oliver, o fi...