Capítulo 10

101 9 4
                                    

Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.

Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!

Boa leitura

🤍🤍🤍

---

Após o breve interrogatório, a sala havia sido tomando por um clima pavoroso de tensão e incertezas. O fato de Janet, ou melhor, Bill ter pedido privacidade para se manifestar, levantava mais dúvidas sobre a viracidades do caso.

Nenhum de nós queríamos acreditar no que aquilo poderia significar. Mas, a possibilidade de tudo não passar de uma brincadeira de criança ou um transtorno psicológico, se tornava realidade.

Oliver me guiava até seu quarto, andava a minha frente com a cabeça tombada para frente. Sua expressão causava pena em quem o via. Estava claro que independente da verdade, Janet não era a única a ser assombrada.

Sou tirada de meus pensamentos, assim que Oliver para ao fim do corredor.

- Seja bem vinda ao meu mundo secreto - ele abre a porta gasta marcada pelas memórias quem outrora, uma família feliz.

O quarto de Oliver era um espaço simples e precário, refletindo sua vida modesta e sua criatividade resiliente. As paredes estavam nuas, com alguns pequenos furos visíveis onde quadros anteriormente pendurados haviam sido retirados. O piso era de madeira desgastada e rangia levemente a cada passo. Uma única janela com cortinas finas permitia a entrada de luz natural, revelando a falta de acabamento nas bordas da moldura.

A cama estava no canto do quarto, uma estrutura simples com um colchão fino e uma colcha desbotada. Ao lado, um pequeno criado-mudo de madeira desgastada continha um abajur de luz fraca, um livro e um copo de água pela metade. Uma pilha de cadernos e folhas soltas se amontoava ao pé da cama, evidenciando a paixão de Oliver pela arte. Ao outro lado do quarto, uma beliche de madeira escura para os irmãos.

Conversando sobre seus desenhos, Oliver puxou uma cadeira velha e desgastada para que eu pudesse se sentar enquanto ele pegava alguns dos seus trabalhos para mostrar.

- Eu sei que não é muito, mas é o meu cantinho - ele disse com um sorriso, enquanto organizava os desenhos em cima da cama.

- Não importa se é simples, é o seu espaço criativo, e é incrível - eu respondi, admirando a determinação e a paixão que ele colocava em suas obras.

Oliver pegou um dos desenhos e o estendeu para mim. Era uma cena familiar de um parque tranquilo, com uma árvore frondosa ao centro, e crianças brincando ao redor.

- Este é um dos meus favoritos - ele explicou, um brilho nos olhos enquanto observava o desenho. - É um lugar que costumava frequentar quando criança. Sempre me trouxe uma sensação de calma.

Eu sorri, tocada pela ternura e pelo significado por trás daquele desenho.

- É lindo, Oliver. Você conseguiu capturar a essência do lugar de uma forma incrível - eu disse, admirando os detalhes meticulosos que revelavam a paixão de Oliver pela arte.

Ele agradeceu com um aceno de cabeça.

Enquanto continuávamos nossa conversa, Oliver me mostrou mais desenhos. Um em particular chamou minha atenção: era uma cena sombria e enevoada, com sombras sinistras se contorcendo ao redor de uma casa antiga.

- Isso é... impressionante - comentei, sentindo um arrepio percorrer minha espinha ao observar os detalhes sombrios do desenho.

Oliver assentiu, sua expressão sombria.

Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia Onde histórias criam vida. Descubra agora