Capítulo 7

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Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.

Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!

Boa leitura

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A viagem para Londres havia transcorrido de maneira tranquila. O trajeto, que durou cerca de oito horas, foi preenchido por longas conversas entre meus pais e a irmã Irene, que se acomodara no assento ao lado no avião.

Agora, nós quatro estávamos confortavelmente acomodados no carro de Vic Nottingham, o vizinho da família. Eu observava atentamente tudo através da janela do automóvel, maravilhado com a arquitetura da cidade. O céu estava cinzento, e de tempos em tempos, uma fina garoa nos envolvia.

Mamãe segurava minhas mãos sobre meu colo, aparentemente perdida em seus pensamentos; irmã Irene fazia o mesmo que eu, admirando a paisagem, enquanto papai conversava animadamente com o motorista.

Os olhos azuis da mais velha das Warren, aflitos, examinavam tudo ao redor, absorvendo cada momento da nova experiência com uma preocupação evidente.

Aproximadamente trinta minutos após nossa aterrissagem, chegamos à casa da família Hodgson.

O lugar era simples, uma casa de dois andares, pintada de cinza com detalhes em tijolos de cor ferrugem. O quintal frontal estava desprovido de plantas ou flores, destacando apenas uma grande árvore sem folhas, cujos galhos alcançavam as janelas do segundo andar.

Assim que descemos do carro, mamãe parou e analisou a casa com cuidado, seu semblante continuava sério. Eu me aproximei e segurei sua mão com cuidado.

- E então... O que você acha? - ousei perguntar.

- Não sei se é apenas o clima... Mas temo que aja algo aqui - concluiu.

Peggy, a matriarca da família, nos aguardava em frente à porta de madeira de carvalho escuro. Sua figura estava debilitada; a pele, pálida, contrastava com os cabelos negros presos em um coque desgrenhado. Extremamente magra, ela vestia uma saia lilás desbotada e um sobretudo preto. Seu abalo diante dos acontecimentos que assolavam sua família era evidente.

Ao seu lado esquerdo, um senhor baixinho com óculos nos observava atentamente. Ele parecia curioso e animado, apesar das circunstâncias atuais. Seu cabelo grisalho estava bem penteado, e ele usava um suéter de lã e calças de tweed, conferindo-lhe um ar acolhedor e amigável.

Entretanto, quem realmente chamou minha atenção foi um jovem que abraçava Peggy pelos ombros. O garoto, da mesma altura da matriarca, tinha a pele pálida e cabelos castanhos escuros, levemente bagunçados, que caíam sobre a testa de forma despretensiosa. Seus olhos castanhos, grandes e expressivos, nos fitavam com certa desconfiança. Ele tinha um semblante sério e traços faciais suaves, com um queixo ligeiramente proeminente e sobrancelhas bem definidas. Vestindo uma jaqueta escura e jeans surrados.

Vic seguiu em direção aos três que nos esperavam, e papai foi o primeiro a acompanhá-lo enquanto nós o seguíamos.

- Estes são Maurice Grosse, Peggy Hodgson e seu filho mais velho, Oliver.

Apertamos as mãos dos recém-apresentados enquanto papai nos apresentava.

- Eu sou Ed Warren, esta é minha esposa Lorraine, nossa filha Anne, e nossa acompanhante... Irmã Irene.

- Bom... Acho que meus serviços não serão mais necessários - disse Vic, começando a se afastar.

- Mande lembranças às crianças... Diga que estou com saudades e que as amo - pediu Peggy.

Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia Onde histórias criam vida. Descubra agora