Capítulo 6

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Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.

Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!

Boa leitura

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Era hora do jantar. Mamãe terminava o mesmo enquanto a irmã Irene me auxiliava a organizar a mesa. No cenário noturno, a luz suave das velas criava uma atmosfera acolhedora na sala de jantar, destacando os detalhes da decoração vintage.

Mamãe se encontrava em completo silêncio desde a nossa chegada ao cômodo e a saída do papai do mesmo. Eu e a nossa convidada, estávamos visivelmente incomodadas com tal situação, sentindo a tensão pairar no ar como uma névoa densa.

_ E então? Você e o papai conversaram sobre o caso? — tentei iniciar uma conversa, quebrando o silêncio que se estendia desconfortavelmente.

_ Sim, não chegamos a uma conclusão — ela respondeu com um tom pesaroso, enquanto mexia o molho em uma panela, do qual emanava um delicioso aroma que se misturava ao ambiente.

_ Mamãe... Eu sei que você tem seus motivos para não querer aceitar o caso... Provavelmente há alguém possivelmente em perigo, talvez nós possamos apenas recolher essas provas que a igreja quer... - tentei transmitir meu apoio e compreensão, esperando ajudá-la a superar suas hesitações.

_ Você não entende, Anne. — ela me olhou com uma expressão carregada de preocupação e medo — Lembra-se da vez no exorcismo de Morrice? Eu vi algo que me assombra até hoje... Vi você e seu pai, mortos. Os dois.

Por um minuto, ficamos às três em silêncio, absorvendo as palavras sombrias de mamãe. A chama das velas dançava em reflexos tremeluzentes, criando sombras dançantes pelas paredes, adicionando um toque de mistério ao ambiente.

_ Nós estamos aqui... Talvez aquilo só tenha sido para te assustar e... - tentei oferecer conforto, buscando dissipar o temor que se instalara em mamãe.

_ Eu não penso que seja só isso... Eu vi a imagem recentemente, alguns dias atrás... Eu só não posso permitir que nada aconteça. - ela murmurou, revelando suas preocupações mais profundas.

_ Me desculpe a intromissão... — Irene começou, sua voz suave e tranquilizadora — Eu entendo o seu lado, o medo que te domina, afinal, é o seu marido e filha... Talvez, ela tenha razão, talvez seja um espírito que apenas queira te enfraquecer, criando essas imagens. Eu sei que você tem mais conhecimento e experiência nessa área, e sabe como esses espíritos malignos são manipuladores, e como utilizam nossos maiores medos para nos debilitar...

Mamãe escutou atentamente, seu olhar começando a suavizar diante das palavras reconfortantes de Irene. As sombras dançantes pareciam diminuir, como se a própria sala respondesse ao alívio que começava a se instalar.

_ Eu só não posso ficar tranquila sabendo dessa possibilidade... - mamãe confessou, deixando transparecer sua vulnerabilidade diante das ameaças sobrenaturais.

_ Você não precisa passar por isso sozinha... Esse é o maior erro das pessoas hoje em dia. A ajuda de quem você ama pode facilitar o processo de superação do trauma adquirido... Além, é claro, da fé em nosso Deus. Tenho certeza que a morte, tão prematura nesse caso, não é da vontade Dele. - Irene ofereceu conforto e esperança, suas palavras ecoando no ambiente como uma prece silenciosa.

_ Talvez você tenha razão... — mamãe falou após um tempo em silêncio, suas palavras carregadas de uma nova determinação — Julgo que se apenas recolhermos essas provas que a igreja precisa, nós possamos ajudar essa família. - sua voz, agora mais firme, ecoou pela sala, dissipando o último resquício de medo que pairava ali.

Eu agradeci a Irene com um sorriso silencioso, sentindo um profundo alívio ao ver mamãe encontrar um novo fôlego diante dos desafios que se apresentavam.

~*~
 
  A noite da primeira estadia de Irene havia se passado tranquilamente. Mamãe havia avisado papai sobre sua decisão, por isso todos estavam arrumando suas malas para a viagem que se aproximava.

Judy havia chegado pela manhã após pernoitar na casa de Mary. A pequena estava em minha cama me observando enquanto eu tentava decidir qual dos dois suéteres, azul e vermelho, levar.

_ O azul combina mais com você... — ela aponta para a roupa em minha mão esquerda.

_ Acredito que você tem razão... — guardo a peça na mala — Saiba que serão poucos dias e a vovó logo estará aqui para ficar com você.

_ Mas vocês irão voltar antes do Natal? — seus olhos castanhos brilhavam.

_ Ao que tudo indica, sim, papai nunca deixaria de passar o Natal longe de você — explico.

_ E se algum imprevisto acontecer?

_ Nesse caso, acredito que não poderemos fazer nada... olha — me aproximo baixando-me em sua frente — não precisa se preocupar com isso. Eu prometo que farei de tudo para voltarmos quanto antes.

Ela não parece acreditar muito em suas palavras, mas aceita a minha promessa.

_Na verdade, eu tenho algo para te entregar... — vou até o meu roupeiro tirando uma pequena caixa de veludo rosa-claro — como eu não sei se voltaremos antes do Natal, aqui está o seu presente.

A menina pega o embrulho com curiosidade. Ela o leva à altura dos ouvidos e o balança na tentativa de descobrir do que se trata.

_ Uau! — ela exclama ao ver um pequeno relicário em formato de coração.

Em cada face interna do mesmo, se encontra uma foto. Uma da mamãe e do papai, juntos, e outra fotografia de quando éramos bem pequenas.

_ Eu pensei que essa seria uma boa maneira de você se sentir próxima a nós quando não estivermos por perto... — explico enquanto ela examina as figuras mais atentamente.

_ É tão lindo... Obrigada, Anne.

Nos abraçamos por um breve instante. Era bom tê-la em meus braços, eu sentia poder fazer diferente com ela, que poderia ajudá-la a lidar com os momentos em que nossos pais não estivessem por perto. Algo que não aconteceu comigo.

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Peço desculpas pela demora, mas ser vestibulanda e estudante do 3⁰ão tá ocupando todo o meu tempo 🥲

Peço desculpas pela demora, mas ser vestibulanda e estudante do 3⁰ão tá ocupando todo o meu tempo 🥲

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Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia Onde histórias criam vida. Descubra agora