Anne Warren, filha dos famosos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, vive atormentada por pesadelos recorrentes. Enviada para ajudar seus pais em um caso em Londres, Anne conhece Irene, uma freira com um passado enigmático, e Oliver, o fi...
Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.
Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!
Boa leitura
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Pov. Lorraine
Desperto dominada pelo medo. Minhas mãos tremiam decorrente ao "pesadelo", a bíblia em minhas mãos se encontrava rasgada, e percebo a intensidade em que apertava o lápis em minha mão.
Uma onda de preocupação maternal se faz presente assim que me recordo de forma clara do pesadelo, e que minha primogênita fazia parte dele.
Assim que lembro de Anne parada no corredor, o seu semblante aterrorizado, mas ainda sim decidido, me sinto impotente por não tê-la protegido como deveria, por não tê-la impedido de continuar. Os acontecimentos do escritório me assombra ainda mais, eu deveria tomar o seu lugar, deveria ter feito meu papel de mãe e a ter protegido... Mas falhei miseravelmente.
Por fim os momentos finais me tomam, e mais uma vez vejo Ed sendo morto, a mesma visão que me assombrou anos antes e que depois de tantos tempo sem sinal, havia retornado muito pior.
Eu afasto a bíblia de perto, e me levanto seguindo urgentemente para o quarto da mais nova. A porta se encontrava fechada, e o silêncio reinava dentro e fora do cômodo, sendo apenas interrompida por minha respiração ofegante.
_ Anne? — a chamo quando bato a porta, noto minha voz levemente trêmula e tento me recompor o mais rápido possível.
_ Mãe? - ela parece surpresa em ver quando por fim abre a porta.
É inevitável não suspirar aliviada por vê-la segura e bem. Eu a examino rapidamente segurando seu rosto em minhas mãos de modo delicado, por fim encarando seus olhos azuis, os mesmo que meus.
_ Ah, graças a Deus que você está bem... - eu a puxo para meus braços.
_ Por que não estaria?
_ Eu... - pondero antes de respondê-la, ela parecia não se recordar de nada, talvez tivesse sido realmente apenas um pesadelo - Eu só tive um sonho ruim... - respondo por fim.
Ela não diz nada, apenas concorda silenciosamente, mas não se afasta de mim. Eu agradeço a Deus por isso, era bom ter minha pequena (não mais tão pequena) comigo.
O som da porta da sala é fechada, Anne se afasta quando escuta os sons de sacolas e a voz de Ed.
_ Meninas? - meu amado nos chama.
_ Papai! - Escuto os passos de Judy
_ É melhor descermos - acaricio seus cabelos quase loiros - você sabe que eu te amo né?
_ Eu também te amo mãe
Eu beijo sua testa quando me afasto descendo as escadas e sorrio quando vejo a imagem de Judy agarrada às costas do pai. Era bom vê-los todos bem.
~*~
Pov. Anne
Mamãe se afasta me deixando para trás perplexa... Era impossível ela ter estado comigo no pesadelo, visão ou o que quer aquilo realmente fosse. Eu tinha certeza que estava sozinha com à criatura, e com certeza me lembraria de tê-la visto.
Ou talvez ela estivesse ali e só não poderia ser vista. Afinal, eu me recordava de sentimentos que não me pertenciam, mas que estavam ali junto a mim. Talvez fosse ela... Mas qual seria o motivo para não ter me dito a verdade?
A cada segundo que pensava sobre mais perguntas que não tinham respostas apareciam... Talvez até fosse melhor assim.
_ Anne, hoje é noite de pizza! - papai me chama da cozinha.
Eu não respondo, mas me encaminho para o recinto onde todos estavam.
Judy se lambuzava com um pedaço de queijo derretido, papai a encarava rindo com o quão atrapalhada ela podia ser. Já a mamãe estava em silêncio, ela parecida distraída, encarava o nada e sua mente aparentava estar o mais rápido possível.
Eu me sento em meu lugar logo me servindo.
_ Anne, por que você não tem um namorado? - a caçula da família indaga.
Papai parece engasgar com a pergunta, mamãe nos encara parecendo finalmente divertida com a situação e eu me pergunto como responder à pergunta sem mencionar que todos se afastavam assim que descobriam sobre meus pais e os seus trabalhos.
_ Ela não tem um namorado porque combinamos que ela não poderia namorar antes dos 30 anos - papai responde quando se recompõe.
_ Eu não me lembro de ter concordado com isso.
_ Claro que não, você ainda estava na barriga de sua mãe quando fizemos o acordo.
_ E eu disse que era contra essa ideia estúpida - mamãe rebate - e pelo que me lembro concordamos que quando ela conhecesse alguém que a fizesse feliz podíamos negociar.
_ Eu só lembro dela chutando quando ouviu minha proposta, claramente estava concordando - ele diz com um tom de vitória
_ Se me lembro bem, aquilo era claramente um protesto - ela sorri ao se lembrar do momento.
_ Acho que agora que eu posso responder por mim mesma, e com palavras- enfatizo - podemos fazer um novo acordo...
_ Que tal... Namoro só depois dos 29... É quase 30, mas não é - ele rebate quando eu o encaro séria.
_ Acho que sou mãe de três crianças, e o mais velho é o que me dá mais trabalho - a mais velha exclama.
Todos a mesa rimos. Aquele foi um bom momento, um que jamais gostaria de esquecer... Era bom sentir, nem que fosse por um minuto, que eramos uma família comum, e que por mais que o mundo sobrenatural nos rodeasse era possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se nos lembrassemos de acendera luz.
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