Capítulo 11

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Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.

Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!

Boa leitura

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Todos se acomodavam nos cômodos da casa após o jantar.

Irene dormiria no quarto de Oliver, que por sua vez dormiria na sala. Já eu e meus pais, dormiríamos juntos no quarto dos meninos mais novos.

Papai arrumava sua cama enquanto eu ajudava a preparar onde eu e mamãe dormiríamos.

— Estão sentindo alguma presença? — ele perguntou, com uma ponta de preocupação na voz.

— Não, muito pelo contrário — mamãe respondeu primeiro.

— Eu também não sinto nada, apenas o medo sufocante deles — completei.

— Bom... Talvez seja um quadro de neurose histérica, isso explicaria as mudanças de múltiplas personalidades e alucinações — papai sugeriu, pensativo.

— Também não parece ser isso — mamãe disse com sua voz doce. — Meu coração diz para acreditarmos nela, e eu ouvi a voz com os meus próprios ouvidos, mas também não sinto nada além do medo deles.

— O que você acha, Anne? — papai perguntou, sentando-se na cama.

— Bom... Mesmo que eu também não sinta nada de anormal, não acho que eles estejam mentindo... O Oliver me mostrou alguns desenhos dele desde que tudo começou... São muito profundos para serem mentira.

O quarto ficou em silêncio por um momento, minha mãe se deitou na nossa cama, puxando-me para perto de si. Papai fez o mesmo, acomodando-se em sua cama.

— Sabe... — papai quebrou o silêncio — Acho que não consigo dormir longe de você, honey — disse, referindo-se à mamãe, que sorriu.

— Mas vai, assim terá um motivo para querer voltar para casa logo.

— Podem parar, não preciso ouvir mais essa melação — fingi indignação, roubando risadas de ambos.

Enquanto a noite avançava, a casa mergulhava em um silêncio profundo, interrompido apenas pelo som ocasional dos passos de Oliver na sala ou o ranger suave das paredes envelhecidas.

Deitada ao lado de minha mãe, eu olhava para o teto, pensando em tudo o que havíamos passado e nas histórias que Oliver e sua família haviam compartilhado. Senti um misto de apreensão e determinação. Estávamos em um lugar onde o medo parecia ter tomado conta.

Papai já roncava levemente, sua presença tranquilizadora enchendo o ambiente. Mamãe acariciava suavemente meus cabelos, uma maneira silenciosa de me reconfortar.

— Você está bem? — ela sussurrou, sua voz cheia de ternura.

— Sim. Só pensando em tudo isso... — respondi, virando-me para olhar nos olhos dela, tendo que encerrar os olhos para enxergar sua silhueta na escuridão.

— Sei que é difícil, querida. Mas vamos descobrir o que está acontecendo e ajudar no que pudermos— disse ela, beijando minha testa.

Suspirei, sentindo o peso das responsabilidades, mas também o conforto das palavras dela. Fechei os olhos, tentando me entregar ao sono.

Em algum momento no meio da noite, acordei com um som estranho. Um sussurro suave, quase imperceptível, parecia preencher o ar. Levantei-me devagar, tentando não acordar meus pais, e fui até a porta do quarto.

Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia Onde histórias criam vida. Descubra agora