Capítulo 13

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Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.

Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!

Boa leitura

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A tarde seguia tranquila, com as crianças brincando animadamente na sala, matando a saudade acumulada durante os dias separados. Margareth e Oliver estavam sentados juntos no sofá, rindo e conversando, preenchendo o ambiente com uma sensação acolhedora e familiar.

Eu me sentia um pouco deslocada, observando-os de longe. Irene, sempre atenta aos sentimentos dos outros, notou minha quietude e se aproximou, tocando meu braço com um gesto gentil.

— Anne, você está bem? — perguntou ela, com um olhar preocupado.

Forçando um sorriso, balancei a cabeça.

— Sim, estou bem. Só um pouco cansada, acho.

— Cansada? — Irene repetiu, levantando uma sobrancelha. — Às vezes, um pouco de distração ajuda. Se precisar de alguém para conversar, estou aqui.

Enquanto conversávamos, meu olhar voltou para mamãe, que estava animada conversando com as crianças. Algo na maneira como ela interagia com todos me fez pensar nas palavras de Irene.

Irene, percebendo meu olhar dirigido a Lorraine, comentou de forma contemplativa:

— Você já reparou como algumas pessoas podem nos lembrar outras, mesmo sem uma ligação direta? Às vezes, essas semelhanças vão além das meras coincidências.

— Coincidências? — perguntei, intrigada. — Como assim?

Irene olhou para Lorraine com uma expressão pensativa.

— É algo no olhar, talvez — disse tentando manter um tom vago. — O jeito como ela vê as pessoas, o calor no olhar... Há algo familiar nisso.

— Familiar? — perguntei, tentando captar o significado.

Irene sorriu enigmaticamente.

— Às vezes, pequenas semelhanças podem ser o começo de algo maior. Não estou dizendo que há uma ligação direta, mas certos traços podem despertar lembranças e sentimentos inesperados.

Sua resposta deixava uma sensação de mistério no ar.

— Interessante — comentei, mais para mim mesma. — Às vezes, notamos essas semelhanças, mas não entendemos o real significado.

— Sim, é realmente curioso — confirmou Irene, com um olhar ponderado. — Como, por exemplo, o jeito que sua mãe olha para as pessoas. Me lembra um pouco a minha mãe... O tom dos olhos, a maneira como ela transmite uma sensação de cuidado e compreensão.

Suas palavras e a comparação com a mãe dela deixaram uma inquietação em mim. O tom enigmático e a comparação final fizeram com que eu me perguntasse se havia algo mais por trás daquela semelhança.

Enquanto conversávamos, Margareth se levantou do sofá e se aproximou de nós, com um sorriso acolhedor.

— Ei, Anne, você quer se juntar a nós para um jogo de cartas? — perguntou ela, com entusiasmo.

— Que tal? — Oliver acrescentou, olhando para mim. — Pode ser divertido. E quem sabe você não se dá bem no jogo, assim como no Monopoly.

Eu ri, sentindo a gentileza da oferta.

Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia Onde histórias criam vida. Descubra agora