Capítulo 8

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Espero que gostem e aproveitem a leitura. Peço desculpas se encontrarem algum erro ortográfico ou de digitação.

Não se esqueçam de comentar e curtir, porque é o apoio de vocês que me motiva a continuar escrevendo esta fic!

Boa leitura

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Após a nossa breve conversa, Peggy levou papai e a irmã Irene para conhecer o segundo andar da casa. A voz dela podia ser ouvida ao longe, explicando cada detalhe com uma mistura de cansaço e esperança.

Enquanto isso, mamãe foi ao jardim dos fundos para conhecer a jovem Janet, que a aguardava com um olhar curioso e tímido. Eu observei por um momento enquanto mamãe se abaixava para falar com Janet, sua voz suave e reconfortante.

Assim, fiquei sozinha na presença de Oliver. O rapaz ainda estava em pé, apoiado no batente da porta. Seu olhar era distante e preocupado, refletindo a turbulência que sua família estava enfrentando. Ele parecia perdido em pensamentos, seu rosto sério contrastando com a leveza da juventude que deveria estar vivendo.

Ao observá-lo mais de perto, percebi a profundidade dos olhos castanhos de Oliver, que pareciam esconder um oceano de emoções. Seu cabelo escuro, ligeiramente bagunçado, lhe dava um ar despretensioso, mas era a preocupação em seu rosto que mais chamava a atenção, mostrando uma maturidade forçada pelas circunstâncias.

Eu me aproximei, tentando quebrar o gelo.

— Parece que todos têm algo para fazer — comentei, tentando soar casual.

Oliver voltou seu olhar para mim, esboçando um sorriso fraco que não alcançou seus olhos.

— Sim, acho que sim. — Ele deu de ombros, visivelmente desconfortável. — E você? Como é ser filha de investigadores paranormais? — perguntou de repente, tentando mudar o foco da conversa.

Houve um momento de silêncio. A casa, embora cheia de história e memórias, parecia agora um lugar de incerteza e medo. Eu refleti por um instante, tentando encontrar as palavras certas.

— É... interessante, para dizer o mínimo. Mas também pode ser difícil. Nunca sabemos o que esperar a seguir. — Olhei para ele, tentando mostrar empatia. — Deve ser muito assustador para vocês, tudo isso que está acontecendo.

Oliver suspirou, cruzando os braços. Seus ombros caíram um pouco, como se estivesse aliviado por poder falar sobre o que sentia.

— Mais do que você pode imaginar. Desde que tudo isso começou, nossas vidas nunca mais foram as mesmas. Janet... ela costumava ser tão alegre. Agora, parece que a alegria foi arrancada dela.

— Deve ser difícil para ela — concordei, sentindo a seriedade da situação.

Ele assentiu, olhando para o chão. Parecia estar carregando o peso do mundo nos ombros.

— E para todos nós. A gente só quer que isso acabe, sabe? Voltar a ser uma família normal. Ter noites tranquilas de sono, não ter medo de cada sombra que aparece...

— Entendo. — Fiquei em silêncio por um momento, depois tentei mudar de assunto para algo mais leve. — E você? O que gosta de fazer, quando não está lidando com... tudo isso?

Oliver pareceu surpreso com a pergunta, mas depois de um instante, um leve brilho apareceu em seus olhos.

— Eu gosto de desenhar. Ajuda a tirar a cabeça de todas essas coisas. — Ele olhou de volta para mim, com uma ponta de orgulho. — Tenho alguns desenhos no meu quarto, se quiser ver depois.

Sorri, contente por vê-lo se abrir um pouco. Notei como a luz suave da sala realçava seus traços, a força silenciosa em seu olhar e a sensibilidade que escondia por trás de sua fachada de preocupação.

Anne Warren e a Maldição de Santa Luzia Onde histórias criam vida. Descubra agora