24. Entrevista

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S/n pov:

Sábado fui ao cinema com Zoe, assistimos o filme que ela tanto queria, e nesse nós duas choramos, incrível que filmes infantis sempre despertam esse lado mais sensível. Chegamos oito e meia em casa, fui ajudar Zoe se arrumar para o banho e fiquei brincando com ela na banheira. Haviamos comprado uma bomba de espuma, uma rosa e outra roxa, foi divertido.

Depois de brincar com ela e tomar banho, finalmente peguei meu celular, e nele havia duas chamadas perdidas de um número desconhecido feitas há vinte minutos. Decidi retornar a ligação.

- Alô? - Falo.

- S/n!? - Uma voz masculina pergunta.

- Sim, quem fala?

- Ah, graças a Deus. Sou eu, Charlie. - A voz dele estava diferente, talvez ele estivesse gripado, não sei. Apenas sei que quando ele se revelou pude sentir milhares de borboletas no estômago, e era como se o tempo tivesse parado. - S/a?- Ele fala.

- Ahh, o-oi. - Me repreendo por gaguejar. - Acho que você me deve algumas explicações, não? Depois de meses bloqueada você me vem e me liga absolutamente do nada? Eu simplesmente não consigo te entender, e aquela carta? Não significou nada!? Por que você me iludiu, me deu falsas esperanças, e depois sumiu!? - Digo querendo chorar. - Me responda, Bushnell.

- Calma, deixe me falar. Pode parecer bobo, ou até mesmo improvável, mas não fui eu que a bloqueei, fui em uma festa e sai, deixando meu celular num balcão, e uma garota mexeu nele, bagunçando muitos contatos. O seu se perdeu, achei que você havia me bloqueado, pois eu não estava conseguindo encontrá-lo, e quando consegui a mensagem não ia.

- E quem era essa garota? A sua namorada?

- Não! Credo, ela é horrível, no sentido de caráter. Não namorei ninguém nesses últimos meses, até conheci gente nova, mas eu já estava adorando outra pessoa... E acho que você sabe quem é... - Ele diz a última parte em um tom mais baixo, como se estivesse com vergonha de dizer em voz alta, minhaa buchechas queimaram com tal
prosa. - E sobre a carta... Ela ainda vale. As duas ainda não perderam o significado para mim, entendo se você não quiser mais conversar comigo. Eu só queria resolver as coisas entre nós.

Fiquei alguns segundos em silêncio, pulando em minha cama, eufórica, era real.

- Quando ela falou que era sua namorada, era como se meu mundo tivesse caído perante meus pés. Acho que não precisamos mais de joguinhos, e nem de cartas... Eu gosto de você, Charlie Bushnell, gosto desde o dia em que te vi atuando no "diário de uma futura presidente". Nunca consegui te esquecer, mesmo nesses quatro meses e meio sem nos falarmos, meu coração sempre foi seu. - Vomito essas palavras e ele fica em silêncio.

- Desde o dia em que te vi no restaurante com seus pais, não consegui te tirar de minha mente, S/n Goodjohn, não queria assumir esse sentimento de primeira, mas quando vi que iria ficar meses sem te ver, conclui que eu amava você, e nesses meses sem te ver todos os dias, e sem falar com você, achava que esse sentimento iria partir, mas eu estava errado, a cada dia que passava eu sentia mais e mais sua falta. Não poder falar, te ver e te sentir doía e ainda dói.

- Eu te amo, Charlie Bushnell.

- Eu te amo, S/n Goodjohn.

Falamos em um unisom. Eu mal conseguia expressar minha alegria, ele me amava! E eu o amava, o triste é que vamos ficar quatro meses sem o ver, mas agora não restava dúvidas sobre meus, nossos sentimentos. Me sentia mais leve ao saber que ele também gostava de mim.

𝑱𝒖𝒔𝒕 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒉𝒆𝒂𝒗𝒆𝒏  - ✮⋱𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐢𝐞 𝐁𝐮𝐬𝐡𝐧𝐞𝐥𝐥⋰✮    Onde histórias criam vida. Descubra agora