7. A dança

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Charlie pov:

Eram 16:55 quando eu terminei de arrumar as coisas em casa, estava ajudando minha mãe. Quando vi o horário entrei um pouco em desespero, fui tomar banho e pegar uma roupa não muito social, era uma festa, não um casamento afinal.

O problema é que eu ainda tinha que fazer a barba, e eu sou meio desastrado então precisava fazer com calma para não aparecer com a cara cheia de esparadrapo na festa e também fiquei muito indeciso com qual roupa eu iria pegar, nada parecia se adequar a situação. Nada muito arrumado pra não parecer que eu passei minutos pensando na roupa mas também nada muito desleixado para não dar a entender que não me importo.

No final, coloquei um all black, só com o tênis branco para dar um destaque, uma corrente dourada, ah, e um perfume também, né?

- É, acho que dá pro gasto. - Disse eu me olhando satisfeito pro espelho. Quando fui checar o relógio já meio que tinha se passado umas duas horas talvez? Enfim, me despedi de minha mãe e fui até a festa com meu carro.

Por algum motivo estava ansioso para aquela festa, não curto muito festas, traumas do passado, colegas.

Quando cheguei ao local, que o loiro havia me passado, entrei com um pouco de receio, afinal, não sabia onde meus amigos estavam.

Até que avistei um rosto conhecido, era S/n, e ela estava com um copo de refri na mão, fiquei aliviado e não pude evitar de sorrir, ela estava mais linda do que o habitual. E aquele vestido estava a deixando mais atraente do que costuma ser quando está com as roupas da academia ou com a blusa laranja do acampamento meio-sangue.

Quando a vi pela primeira vez naquela mesa de restaurante, com aquele vestido vermelho, não parei de pensar um sequer minuto nela. Como alguém consegue ser tão lindo até bebendo um refrigerante? Deus realmente tem seus preferidos.

Estava andando até (cor do seu cabelo), até que sou parado por uma garota ruiva, o nome dela era Maia, eu já havia conhecido ela, só não me recordo da onde, talvez da escola no primário. Ela me cumprimentou com um beijo na bochecha, confesso que me deixou bem desconfortável, não gosto muito de abraçar quem não tenho muita intimidade, a gente não se via há anos e ela me cumprimenta assim?

Ela tentou puxar um assunto, mas não estava muito interessado em seu papo, não estava interessado nela. Como consequência disso, estava observando o lugar ao invés de prestar atenção em sua fala. Até que parei meus olhos na cozinha, S/n estava lá, junto de um garoto loiro, ele estava olhando ela como se fosse um predador e ela uma presa indefesa, o que me deu raiva, só de imaginar alguém fazendo algo contra a vontade de S/n já sinto minha respiração mudar.

Não sei ao certo qual é o meu sentimento em relação a essa garota, mas tenho certeza de que é um sentimento bom. Estar perto dela me faz bem, confesso que no início não ficava muito confortável ao lado dela, mas isso mudou, com o passar dos dias, com o passar do tempo que passei com ela, bem voltando a festa.

Aparentemente não era só eu que estava desconfortável, pois quanto mais o garoto se aproximava dela mais ela ia a direção oposta.

- É, sim, a gente se fala depois, Maia, tchau. - Digo apressadamente sem esperar a resposta da mesma.

Cheguei ao lado da mais nova e perguntei se o garoto estava incomodando, seu corpo me dizia que sim, mas antes da mesma responder o garoto responde

𝑱𝒖𝒔𝒕 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒉𝒆𝒂𝒗𝒆𝒏  - ✮⋱𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐢𝐞 𝐁𝐮𝐬𝐡𝐧𝐞𝐥𝐥⋰✮    Onde histórias criam vida. Descubra agora