Being Alive

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Naquela manhã, Jerry despertara com um propósito inabalável: retomar a sua rotina de exercícios matinais. O cobertor abraçava o seu corpo cansado da longa viagem de regresso a Londres, mas a sua mente vibrava com a energia da antecipação. Havia uma semana e meia que as suas pernas não se lançavam numa corrida pelas ruas de Stepney Green, um período de tempo que parecia ter sido impiedosamente estendido como um elástico, esticando cada segundo numa eternidade de ausência física e mental.

O pequeno pulmão verde de Stepney Green, com a sua colecção modesta de árvores e arbustos, chamava por ele, oferecendo uma promessa de renovação. Jerry sabia que ali, entre os pássaros cantantes e a brisa matinal, encontraria um refúgio para a sua alma inquieta. A corrida não era apenas um exercício físico, era uma busca por clareza mental, uma oportunidade de respirar fundo e reencontrar-se consigo mesmo.

Enquanto os seus pés batiam ritmicamente no solo, a sua mente dançava entre memórias e expectativas. Uma sombra pairava sobre o seu coração ansioso: a noite que se aproximava trazia consigo a possibilidade de um reencontro com Carol. O pensamento dela era como uma correnteza turbulenta, agitando as suas emoções e testando a resistência do seu coração.

Jerry perguntava-se se ela o receberia de braços abertos ou se o olharia com a frieza de uma estranha. A incerteza pairava sobre ele como uma névoa densa, obscurecendo a sua visão do futuro. Mas uma coisa era inegável, uma verdade indomável que pulsava no seu peito: o seu amor por Carol permanecia inabalável, como uma rocha resistente às tempestades da vida. Uma semana e meia sem vê-la havia transformado o tempo numa dimensão elástica, distorcendo a percepção do tempo e tornando cada segundo uma eterna saudade. Cada respiração era um eco do seu nome, cada batida de seu coração uma prece silenciosa pela reconciliação.

Enquanto o sol despontava no horizonte, iluminando o caminho à sua frente, Jerry sabia que enfrentaria o desconhecido com coragem e determinação. Seu corpo estava cansado, mas sua alma estava incandescente com a promessa de um novo começo. No ritmo constante de sua corrida, Jerry sentia seu coração bater em sintonia com seus passos. Cada batida era um eco do seu desejo ardente de reconquistar o amor perdido. Ele ansiava por abraçar Carol, por sentir o seu calor contra o seu peito, por mergulhar nos seus olhos e encontrar a redenção que tanto buscava.

A culpa pesava nos seus ombros como uma âncora, puxando-o para baixo nas profundezas de seu próprio remorso. Ele sabia que tinha errado, que suas acções haviam ferido Carol profundamente. O arrependimento misturava-se com a ansiedade, formando uma tempestade perfeita dentro da sua alma atormentada. Mas mesmo no meio dessa tormenta emocional, Jerry encontrava uma faísca de esperança. Uma crença inabalável de que o amor verdadeiro poderia superar qualquer obstáculo, mesmo aqueles erguidos pelas suas próprias falhas. Ele rezava para que Carol pudesse sentir a mesma intensidade dos seus sentimentos, que pudesse encontrar no seu coração um refúgio seguro para depositar a sua confiança.

No entanto, o medo ainda o assombrava. O medo do desconhecido, do que o futuro reservava para eles. Ele temia as palavras não ditas, os sentimentos não expressos, os olhares de reprovação que poderia encontrar. Mas, apesar de todas as incertezas, uma certeza permanecia imutável em sua mente: ele estava disposto a enfrentar qualquer desafio, suportar qualquer tormenta, desde que pudesse tê-la de volta nos seus braços.

 Mas, apesar de todas as incertezas, uma certeza permanecia imutável em sua mente: ele estava disposto a enfrentar qualquer desafio, suportar qualquer tormenta, desde que pudesse tê-la de volta nos seus braços

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