𝓥𝓲𝓰𝓲𝓷𝓽𝓲𝓭𝓾𝓸

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ANO 114 D.C.

Daemon estava sentado ao lado da cama onde Daenerys descansava. O príncipe estava inquieto, aguardando a princesa acordar. Assim como ele, Viserys e Rhaenyra também estavam no quarto.

A briga entre Criston Cole e Joffrey acarretou a morte do companheiro de Laenor, fazendo com o que Laenor estivesse recluso e lamentando copiosamente a morte dele, assim como estava preocupado com o estado que Daenerys estava.

Enquanto Daenerys estava apagada em sua cama, com Daemon acompanhando a sua amada junto aos meistres que cuidavam da mesma, Viserys fez com que o casamento de Rhaenyra e Laenor acontecesse, ao meio de sangue, tristeza e caos.

_ Quando ela irá acordar? – Rhaenyra pergunta, se aproximando do outro lado da cama onde a tia está deitada.

Os meistres não tinham resposta.

Daenerys estava respirando, estava viva.

Lágrimas escorriam pelo seu rosto, mas não acordava.

Daemon levanta da cadeira ao lado da cama com raiva e sai do quarto, sem falar absolutamente nada com as pessoas ao seu redor. Estava atordoado, não conseguia mais ver Daenerys naquela posição. Sabia que tinha ido até o meio do salão provocar Rhaenyra em relação ao seu casamento, sabia que tinha estigado a menina para ela não deixar de ter malícia em seus olhos, mas não significava que estava interessado nela. No fundo, Daemon se culpava pelo que tinha acontecido com sua amada, se Daenerys não tivesse saído do seu lugar na mesa para o meio do salão, nada disso estaria acontecendo. Se Daenerys não tivesse visto ele conversando com Rhaenyra, ela estaria agora em seus braços.

Daemon caminha sem rumo pelo castelo, encontrando o jardim, onde seus filhos estavam com Agnes. As crianças pareciam quietas demais, como se estivessem conectadas com a mãe, mesmo sem saber o que tinha acontecido.

Baelon avista Daemon caminhando para perto dele e esboça um pequeno sorriso.

_ Pai. – Alyssa fala baixo ao ver o homem perto deles.

Daemon se senta ao lado deles, dispensando Agnes, que fica mais distante, ainda na parte do jardim, dando privacidade ao pai com seus filhos.

_ Onde mamãe está? – Baelon pergunta. O menino sempre foi próximo da mãe, sempre era mais aberto com Daenerys e estava sentindo falta da companhia da mulher.

_ Ela está descansando. – Daemon pergunta e Alyssa vem em direção ao colo do pai, sentando-se na perna do homem.

_ Podemos descansar com ela? – Alyssa pergunta para o pai.

Daemon engole seco, sem saber o que responder.

_ Podemos visita-la, o que acham? – Daemon arrisca, pensando que talvez a presença dos filhos possa melhorar a situação que Daenerys está.

_ Vamos levar Aemond! – Alyssa levanta rápido, animada com a possibilidade de se encontrar com o primo, fazendo Daemon ficar desconfiado e um pouco irritado. O menino era fruto de Alicent, mesmo sabendo que Aemond era próximo demais de seus filhos e de Daenerys, ainda não tinha total confiança nele.

_ Vamos chama-lo. – Daemon cede ao ver a menina alegre. Faria tudo para ver sua filha feliz, mesmo tendo que conviver com quem considerava seu inimigo.

Os três caminham pelo castelo. Agnes ficou encarregada de chamar Aemond, que logo se juntou aos três na porta do quarto onde Daenerys estava. Aemond parecia acuado, nervoso. Alyssa pegou na mão de seu primo e esboçou um sorriso que fez com que Daemon ficasse mais em alerta sobre a relação de proximidade dos dois.

𝙳𝙴𝙰 𝙸𝙽𝙲𝙰𝚁𝙽𝙰𝚃𝚄𝙼 - 𝙳𝚊𝚎𝚖𝚘𝚗 𝚃𝚊𝚛𝚐𝚊𝚛𝚢𝚎𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora