Cap 28 - Gotas de chuva

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P.O.V Story Teller (narrador):

Já tinham 2 semanas e 3 dias que tudo havia acontecido, que toda a verdade tinha sido revelada

Ambos os garotos confusos, confusos com literalmente tudo possível

Jão e Pedro queriam descobrir a verdade sobre a história dos dois, mas nenhum tinha conseguido digerir a situação direito

Só que isso não era a única coisa. Pedro, pela primeira vez, usou sua magia pra um ataque e pra piorar, num lugar lotado

Ele havia feito uma espécie de sombra, e só mandou pra praça mais movimentada da cidade, na intenção de criar um leve caos e anunciar sua chegada

Ele estava determinado a acabar com aquele profecia, nem que pra isso ele precisasse viver ela. Ele já estava decidido a tempos

Enquanto a Jão, ele também estava confuso sobre sua magia. Como ele tinha conseguido derrotar aquela coisa tão rápido e com tal facilidade?

Ambos se sentiam esquisitos, confusos, surpresos, e vários outros desses sentimentos complicados que temos

Eles queriam se ver de novo, mas Jão não conseguia ligar, não conseguia mandar mensagem e nem olhar na cara do garoto, o que ele pensava que com o tempo ia passar, não passou. Apenas piorou e aumentou. Ele sabia que se falasse com ele, ia desabafar em lágrimas, em sentimentos ruins e tudo só ia piorar. E Jão não conseguia saber o porque

Mas uma única coisa estava dando certo; seus pesadelos sumiram

Sem crises, sem choro, sem coração acelerado, sem faltas de ar e sem acordar de madrugada

Finalmente um pouco de sol depois da tempestade

O cacheado se sentia mais leve, como um peso tirado de suas costas

Já o moreno, não estava tão tranquilo assim. Estava com medo de ter deixado Jão com mais problemas, já que dês daquele dia, eles não haviam mais se falado

Jão estava aproveitando pra escrever algumas letras conforme o que seu coração sentia, e as vezes, ia no prédio, o lugar que tanto o aliviava o peito

Ambos não estavam indo até a praia, com medo de um possível encontro

E por que desse medo? Nem eles sabem

Eles só não se sentem prontos pra se encontrar de novo, por mais que queiram. E na verdade, é tudo que eles realmente querem

A rotina dos dois estava a de sempre, Jão gravava suas coisas, seus covers. Pedro procurava alguma forma de realizar seus sonhos, alguns cursos, algum serviço e estudando muito também

Pedro ficava o dia inteiro grudado no ursinho que Jão havia dado pra ele, e Jão não ficava sem a pulseira que estava junto da carta

Eles viviam com os moletons um do outro, que acabou ficando na casa do outro por acaso

De tanto usarem, já nem tinha mais um dono só

Eles queriam correr em direção ao mar, nadar sem rumo, apenas por diversão. Andar sozinhos por aí, sair às dez, sem hora pra voltar e com tempo pra perder

Queriam dançar juntos numa festa cheia,  esbarrar os olhares no canto de uma sala, beber um pouco mais, rir no andar de cima, longe de todo o barulho enquanto diziam coisas sem lógica no ouvido um do outro

Queriam andar por toda a cidade, rondar cada cantinho. Ir no prédio mais alto, se molhar com água salgada a noite, passar na locadora e sair andando pela praça enquanto aquela cidade inteira, tão sem graça e tão sem brilho apenas existia, eles estarão sendo um Clarão, e estarão vivendo de verdade, sem se importar com coisas que eles não conseguem controlar

Escolhidos, pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora