Cap 44 - Família

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P.O.V João Vitor:

Estávamos em frente a casa dos meus pais e Pedro estava muito nervoso, muito mesmo. Eu não consegui o acalmar ainda, mas não vai ser preciso, ele vai ver com seus próprios olhos que está num lugar seguro

J- Amor, relaxa, vai dar certo!

P- Eu não consigo! Eu sou meio pessimista com essas coisas! E se eles não gostarem de mim, João? Se eles acharem que eu não sou uma boa influência

J- Eles vão gostar! Pode ter certeza disso, amor!

P- Eu tô causando uma boa primeira impressão?

J- Você sempre tá! Aquela "primeira" vez que eu te vi na praia, eu pensei " Como é possível ser legal, gentil, gostoso e engraçado?"

Ele riu e eu vi suas bochechas corarem levemente com o comentário

J- Posso tocar a campainha? Você tá pronto?

P- Pode, tô pronto! Ou pelo menos acho que tô

Eu toquei a campainha e minha mãe respondeu pelo interfone, Pedro me olhou, com medo e eu o olhei de volta, com um olhar mais relaxado e um sorriso

P- Tem certeza que vai dar bom?

Ele sussurrou e eu respondi da mesma forma

J- Tenho

Um tempo depois, dona Catarina, vulgo minha mãe, veio abrir a porta

C- Meu amor! Você chegou, como você tá?

Ela me puxou pra um abraço forte, como estávamos acostumados

J- Oi mãe, eu tô bem! Que saudades sua!

Assim que separamos do abraço, ela reparou em Pedro, que sorria meio vergonhoso

J- Mãe, lembra que eu falei que ia trazer alguém?

C- Lembro!

J- Esse é Pedro Augusto, meu...

Travei na hora, não sabia se ele já queria ser apresentado como meu namorado

J- Meu amigo, a gente de conheceu a um tempinho

Olhei pra ele discretamente enquanto minha mãe não reparava muito e ele só deu um sinal como se dissesse que estava tudo bem

C- Que menino lindo! Prazer Pedro!

Ela comprimentou ele com um abraço mais leve, com receio de o deixar desconfortável

P- O prazer é todo meu, dona... Catarina?

C- Sim! Mas me chame como quiser, fica tranquilo! Entrem meninos, não fiquem aí fora!

Ela foi na frente e eu logo olhei pra Pedro, e falei em linguagem labial: "Eu falei que ia dar certo!" Ele respondeu com um sorriso leve e mais animado

C- Meninos, eu passei café e fiz bolo. Você gosta, Pedro?

P- Sim, gosto sim!

J- Obrigado mãe!

C- Não precisa agradecer, fiquem a vontade, só vou pegar as xícaras e os pratinhos

Minha mãe sempre foi muito receptiva e entusiasmada, mas ela tentava controlar o ânimo quando não conhecia certas pessoas ainda, pra não deixar elas meio desconfortáveis

P- Você pretende contar que estamos namorando?

Ele disse baixinho e eu continuei no mesmo tom de voz do garoto

J- Pretendo... Só não sei como

P- A gente consegue!

J- Eu também acho

Escolhidos, pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora