Escolhidos, pejão

Cap 35 - Fraco, frágil, estúpido

P.O.V Story Teller (narrador):

Os garotos foram o caminho como sempre, cantando, conversando, rindo e brincando. Hoje o trânsito,  por algum milagre, estava vazio, então foi mais fácil de rodar grande parte da cidade

João estava pensativo, ele finalmente estava conseguindo planejar o que queria fazer a tempos

Ele queria pedir o mais novo em namoro

Não naquela noite, mas o mais breve que conseguisse. Ele queria que fosse perfeito e mágico pros dois, algo bem organizado e bem arrumado

O garoto ficava eufórico só de pensar, então tentava não pensar nisso no momento

Eles foram até o prédio, pegaram as coisas do porta malas, João conversou um pouco com o porteiro, pra eles botarem o papo em dia e logo depois foram pro elevador

P- Você já viu o prédio em si?

J- Nunca, nunquinha mesmo. Eu só venho aqui pra ficar no térreo. As vezes me pergunto como é o resto

P- Deve ser bonito, pelo menos por fora é

J- Por fora realmente, por dentro a gente ainda descobre

P- É, uma hora a gente descobre

J- Sabe, eu lembro da primeira vez que a gente veio aqui juntos, eu tava com um medo de te beijar!

O moreno riu, fazendo com que João risse em seguida, só por conta de sua risada

P- Por que tanto medo? Eu não mordo não!

J- Nem eu sei, só que foi mesmo com medo mesmo

Ambos voltaram a rir mais ainda

P- Ai meu Deus, só você mesmo, baby!

J- Fazer o que né?

Assim, o elevador chegou até o térreo do prédio, e os garotos se olharam e sorriram

Saíram de dentro do elevador sentindo o vento fresco do local

J- Meu Deus! Como eu amo esse lugar!

P- Olha, realmente traz uma paz imensa!

J- Sim! É muito bom ter alguém pra compartilhar esse lugar

João disse enquanto colocava seu violão apoiado na parede do lado de fora do elevador e foi se sentar na beira do prédio

Pedro foi em seguida, deixando o cigarro no bolso de sua jaqueta e o vinho ao lado dos dois mas mesmo assim um pouco afastada, pra não ter muito risco de acidente

O mais novo sentou do lado do cacheado, apoiando a cabeça em seu ombro

P- Sabe, é incrível passar meu tempo com você, baby

J- Meus dias com você são mais felizes

P- Os meus também, pode apostar

Jão afagou sua mão nos cabelos do garoto e fez carinho. Eles só curtiam os momentos de paz que tinham, pois eles sabiam que não seriam eternos, por mais que eles quisessem

J- Eu senti saudades, Pepê, dês dos 5 anos

O cacheado olhou pro rosto do garoto ao seu lado

P- Eu também, baby, muita saudade

Eles não tinham palavras suficientes pra descrever a saudade que sentiram todos esses anos. Ambos foram uma das primeiras memórias de afeto, carinho, amor e amizade um do outro. Pra ambos, ainda era esquisito pensar que eles tinham se reencontrado, aquilo era um sonho dos dois, eles nunca imaginariam que iam se ver de novo