Cap 23 - Em casa novamente

205 17 31
                                    

P.O.V Maria Luísa:

Assim que estacionei o carro na frente da casa de Pedro, ele me entregou a chave, e eu fui abrindo a porta enquanto ele pegava Jão nos braços e corria pra dentro de sua casa

M- Conseguimos! Graças a Deus!

P- Sim! Pelo menos algo deu certo!

M- Pe, ele tá tremendo?

P- Tá sim, tá muito frio, o moletom que ele tá é muito fino, da pra sentir só de tocar no tecido. Eu vou colocar um moletom quentinho nele, aí fica melhor

M- É bom mesmo, tá frio pra caramba, e do jeito que ele tava, é melhor não arriscar

O garoto concorda com a cabeça, coloca Jão no sofá, vai até o quarto e volta com um moletom daqueles peludinhos por dentro

P- Eu vou tirar esse e por pra lavar, tá fedendo a álcool

M- Típico de Jão quando está mal

Digo nada surpresa com a situação

P- Ele bebe quando fica mal?

M- Bebe não né? Ele enche a cara, vira alcoólatra, enche o cu de cachaça. Se depender até em coma alcoólico ele entra. Quando ele tá mal em balada, a gente pisca o olho e ele tá bebendo uma garrafa de whisky no bico e olhe lá se já não é a segunda garrafa

O garoto começa a gargalhar e eu começo a rir junto dele

P- Ai meu Deus! Só você pra me fazer rir num momento desse Malu!

M- Eu tenho esse dom!

Ele ri de novo, tira o moletom do garoto, e coloca o que ele havia pego no lugar

Ele penteia o cabelo de Jão com os dedos, num tipo de carinho, enquanto o admira, com os olhos brilhando

Impossível eles não ficarem juntos

É literalmente a maior conexão que eu já vi! É tão nítido o amor e carinho dos dois. Seja lá oque tiver sido essa "briga", provavelmente vai passar rapidinho

Quando o Jão parou de tremer, Pedro me ofereceu um capuccino, e fomos tomar

Encostamos no balcão de sua cozinha e bebemos o café

P- Ele tem alergia a algum medicamento?

Pedro disse enquanto terminava um gole de seu café

M- Não tem não, por que?

P- Vou separar um remédio pra ressaca. Assim que ele acordar, eu dou o remédio pra ele

M- É verdade né? Pelo que parece, eu acho que amanhã é capaz de acordar sem lembrar de nada e varado de dor de cabeça

P- Eu também não duvido disso não...

Terminamos nosso café, Pedro pegou o remédio e deixou separado, encima da mesa da sala

O garoto que estava visivelmente acabado, pega Jão nos braços de novo, vai pra um corredor -eu o sigo-, entra em um quarto, deita Jão em uma cama de casal, pega uma coberta de dentro do armário que tinha no quarto e cobre ele com a coberta

P- Prontinho, agora ele descansa, confortável, e quentinho!

M- Sim, aí amanhã ele acorda bem!

P- É...

A voz do garoto estava embargada

M- Ei, o que foi em?

P- Nada demais Malu, fica tranquila, eu tô bem

Escolhidos, pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora