Cap 47 - Festinha com o grupo

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P.O.V Pedro Tófani:

Eu estava tentando agir o mais naturalmente possível depois de saber da verdade, mas estava quase impossível ignorar o nó na minha garganta

Eu não sei como ainda não trovejava

Oque doía, além de saber que eu e ele tecnicamente não somos feitos um pro outro (o que eu duvido muito), é saber que eu não vou ter muito mais tempo com ele, e o pior, ele não sabe disso

Acho que nunca me doeu tanto do que quando ele falou que íamos ter a vida toda pra ficarmos juntos

Nós não íamos, eu não posso ficar

Mas voltando, eu estava tentando bater papo normalmente, sem demostrar nada além de ânimo

Mesmo que quase impossível, acho que até consegui, já que o cacheado não disse nada e sempre que ele vê que não estou bem, ele me pergunta oque tá acontecendo

O caminho foi até que tranquilo, só tivemos que ignorar as ligações da Malu e os celulares apitando com mensagens da galera

Chegamos na balada e antes mesmo de sair do carro, ligamos pra Fran, perguntando onde eles estavam

Segundo ela, tinha uma mesinha do lado do bar, e eles estavam todos lá

Jão estacionou o carro e nós descemos, ficando de cara com o local

Senti uma brisa leve e fresquinha de vento passando, bagunçado meu cabelo como se brincasse com ele, fazendo Jão rir, até eu ri um pouco também. Assim que terminei de admirar o sorriso do garoto a minha frente, meus olhos foram pro local onde estávamos preste a entrar

Era um lugar bonito, tipo uma boate mesmo. A fachada era com tons escuros e uma placa brilhante e com luzes coloridas

P- É bonito aqui, eu gostei

J- Eu também achei. Deve estar lotada, bem que a Malu disse que é muito popular

P- Pior que tá lotada mesmo, até porque já tá meio tarde

J- Eu me atrasei feio dessa vez. Mas enfim, vamos entrar, antes tarde do que nunca

Nós demos as mãos e entramos no local. Assim que pisamos ali, foi uma mudança de clima imediata. De um lugar calmo com vento leve foi pra um lugar lotado, com som alto e luzes fortes piscando. Fazia um BOM tempo que não vinha em festas dessas

Eu e Jão não soltamos as mãos um segundo sequer, com medo de nos perdermos no caminho, principalmente com aquela quantia de pessoas desconhecidas

Fomos nos enfiando em meio a multidão até achar nossa galera

Conseguimos achar todo mundo, e pra nossa surpresa, nenhum deles estava bêbado ainda, isso realmente me surpreendeu

Comprimentamos e abraçamos um por um, e como estavam todos sentados na mesa, nos sentamos também

M- Chegaram cedo pra festa de amanhã, divos

J- Haha, que engraçado Malu!

Jão fala em tom de deboche enquanto eu começo a rir, Malu ri e mostra a língua como resposta

R- Qual é a desculpa dessa vez?

J- Não é desculpa! O Pedro tá de prova! Acabou a ração dos meus filhos e eu não podia deixar eles sem por tanto tempo, aí eu ia comprar perto de casa, mas tava fechado, então eu tive que ir quase que do outro lado da cidade

G- Que mentira ruim, inventa algo melhor na próxima

J- Não é mentira! Te juro! É inusitado mas é verdade

Escolhidos, pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora