Capítulo 9

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- Quem está aí, Wendy? - perguntou Tay, que ainda estava dentro do carro, atrás do volante. Sua cabeça estava para fora do carro pela janela.
   - Helena... - disse Wendy.
Wendy, quando viu Helena, esboçou uma expressão de total horror. Em seus olhos, Helena era apenas um fantasma, mas então ela acordou de seus sonhos quando ouviu Backy dizer:
- Como...?
Cami desceu e correu para junto de Helena.
- O que aconteceu com você? - perguntou Cami a Helena.
- Eu não sei - disse Helena. - Quando acordei, eu estava em uma sala amarrada à uma mesa de pedra.
Todas desceram do carro.
- Cadê a Bia? - perguntou Helena.
Isabela caiu no choro.
- Helena - disse Wendy -, Bia morreu.
- O quê? - espantou-se Helena.
- Sim - continuou Wendy. - Bia se foi.
Todas ficaram em silêncio. Cada uma das 5 amigas olhando fixamente para o rosto sujo e amedrontado de Helena.
- Precisamos sair daqui, agora - disse Helena. - Tem alguém, ou alguma coisa que não quer vê a gente viva.
- É isso que estamos tentando fazer - afirmou Tay.
- Íamos ligar para a polícia, mas os celulares sumiram - disse Wendy.
- Não importa agora - disse Isabela. - Vamos todas morrer.
Helena olhou para Isabela com um ar de confiança. Pousou as duas mãos, uma em cada lado do ombro de Isabela, e fixou seus olhos nos de Isabela e disse:
- Nós não vamos morrer, Isa! Vamos todas embora e sair vivas deste lugar imundo.
Neste momento, uma névoa densa pairou por sobre o chão, espalhando-se por todo lugar, cobrindo os pé de todas.
As amigas ficaram olhando para aquilo, procurando uma razão daquilo ter acontecido tão de repente, então um cheiro ruim entrou dentro dos narizes de cada uma.
- Que cheiro ruim é esse? - indagou Backy botando a mão no rosto para tampar o nariz.
Todas cobriram seus narizes. Um cheiro de gente morta se fundiu com um cheiro de morfo e animais em decomposição. Estava realmente horrível. A névoa continuava densa. Nenhuma conseguia ver seus pés. Parecia que o cheiro vinha da névoa, da floresta, de dentro da casa, mas o que, realmente, estava exalando o cheiro era a névoa.
- Vamos entrar para dentro - disse Tay. - Isso aqui está insuportável.
- Vamos - disse Backy.
Todas rumaram para a porta de entrada. Tay foi a primeir a entrar na casa, seguida por Helena, depois Wendy, prosseguida de Cami e logo depois Isabela, faltando apenas Backy.
Backy caminhou devagar. De repente ela parou. Olhou para baixo e caiu no chão, alguma coisa pegou seu pé e começou a puxá-la.
Backy gritou alto, enquanto puxavam seu pé. Tentou segurar-se em alguma coisa, mas só tinha terra. Então alguém pegou sua mão. Backy olhou para frente. Helena estava puxando-a de volta.
- Não me solte, Helena. Por favor, não me solte.
- Não vou soltar você. Segure-se forte a mim.
A coisa puxava o pé de Backy com mais força. Backy gritava alto, enquanto era puxada mais e mais. Tay foi para ajudar, mas na hora que ia segurando a mão de Backy para poder puxar de volta, a coisa segurou-se mais forte à perna de Backy e a levou, adentrando na floretas e sumindo na escuridão. O grito alto de Backy foi sumindo conforme ela era puxada para dentro da escuridão.
Helena ficou no chão, caída com a mão estendida para frente. Suas lágrimas se juntava à terra fria conforme seu choro ficava denso. Helena foi inútil ao tentar salva sua amiga. Não servia para nada. Esse pensamento juntou-se com os que ela já tinha, o de ser mais corajosa e fazer coisas mais altruísta. Ser uma pessoa proativa, mas estava sendo apenas uma menina medrosa, que nem ao menos consegue salvar sua amiga de uma coisa que nem pode ver.
- Helena, levante-se - disse Tay. - Vamos entrar. Aqui fora é perigoso.
Helena levantou, segurando-se em Tay.
Ambas caminharam até a porta. Quando chegaram perto, Helena olhou para trás, sobre o ombro e disse:
- Vamos salvar você, Backy. Eu prometo.

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