Capítulo 13

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Quando Tay e Helena desceram finalmente as escadas, contaram toda história sobre Nicole. Todas ficaram assustadas, já que isso era inevitável, mas resolveram acolher Nicole.

          — Devemos ir atrás da Backy — disse Helena subitamente depois de uns minutos de silêncio.

          — Você sabe que isso não está em cogitação no momento — proferiu Tay.

          — Eu sei, mas você sabe que tem possibilidades de a Backy estar viva.

          — E as probabilidades que afirmam o contrário são maiores, Helena — disse Tay. — O assunto agora é arranjar um meio de sair daqui.

          — Eu não vou sair daqui enquanto não achar a Backy, viva ou morta! — disse Helena firmemente.

          — Ao contrário de você, eu vou embora — disse Tay. — Tenho a plena certeza de que se a gente for atrás de uma pessoa que já está morta, vamos morrer também, aí tudo estará acabado. Já não basta a Bia ter morrido?

          Pela primeira vez, Tay deixou escapar uma lágrima por sua face pálida e suja.

          — Eu também sinto muito pela Bia, mas temos de tentar salvar a Backy — disse Helena.

          — Mas Helena...

          — Parem com isso agora, vocês duas! — gritou Wendy subitamente. — Vocês não vêem que isso não vai adiantar em nada. Parecem duas crianças brigando por um brinquedo.

          — Exatamente! — disse Cami. — Olhem para vocês. Parem com isso. Helena, eu também acho que a Backy deve está morta, mas conte comigo.

          — Obrigado, amiga — agradeceu Helena.

          — É óbvio que ela está morta — sussurrou Nicole de um canto do sofá.

          — Como você sabe? — perguntou Helena olhando Nicole com repulsa nos olhos.

          — Eu mesma vi minha amiga sendo morta antes de eu apagar novamente momentos depois — disse Nicole.

          — E como foi? — perguntou Cami.

          — Foi horrível — começou Nicole. — Eu estava jogada num canto de uma sala pequena. Tinha uma mesa de pedra. Rafaela, minha amiga, estava amarrada a esta mesa. Ao redor da mesa estava um homem com roupas pretas e um chapéu, uma velha e outro velho...

          — O homem de chapéu deve ser o mesmo que me pegou — interrompeu Helena.

         — Então — continuou Nicole — a velha levantou uma faca no ar e jogou bem no local onde o coração fica. Eu fechei os olhos. Não quis ver aquilo. Quando os abri novamente, eu vi a velha segurando algo, com a mão coberta de sangue. Era o coração de minha amiga.

          Nicole pôs-se a chorar. Sua lágrimas eram densas e desciam rápidas.

          — Então você quer dizer que estas pessoas sacrificaram sua amiga? — perguntou Wendy.

          — Eu nao sei — disse Nicole entre soluços. — A velha também dizia umas coisas que não consegui ouvir direito.

          — E depois? — perguntou Cami.

          — Eles viram que eu estava acordada e me fizeram cheirar uma coisa e depois não vi mais nada. Quando eu acordei novamente, eu estava amarrada à mesa. O corpo de minha amiga estava jogado em um canto. No local onde ficava os seios, tinha apenas um buraco grande. Mataram minha amiga como verdadeiros psicopatas!

          Todas ficaram caladas. A única coisa que se ouvia eram os soluços altos de Nicole. Seu horror era visível. Isabela mantinha uma expressão ilegível. Seu medo só crescia a cada momento. Escutar aquilo foi como colocá-la no próprio inferno.

          — E depois... como você conseguiu fugir? — perguntou Tay.

          — Eu me remexi forçando a corda até que elas cederam.

          — Exatamente como eu fiz — disse Helena. — Foi horrível!

          — Eu só quero sair daqui e nunca mais voltar — disse Nicole.

          — Mas o que eu não entendo é como você veio parar no quarto e a saída da no meio da floresta — disse Helena.

          — Eu não saí pela porta. Fugi por uma pesagem por um canto da sala. Estava um pouco aberta e eu consegui ver. A porta estava fechada, então procurei outra saída e achei a pequena passagem. Tem vários corredores depois, que, acho eu, dá para outros cômodos da casa. A que eu segui deu para um dos quartos.

          — Tive uma ideia! — disse Helena. — Podemos ir por essas passagens procurar pela Backy.

          — Achei uma péssima ideia — proferiu Tay.

          — Concordo com a Tay, Lena — disse Wendy.

          — Por mais péssima que eu ache essa ideia, vou estar contigo, Helena — disse Cami.

          — Ótimo ter você como amiga, Camila.

          — Já eu vou ficar aqui — sussurrou Isabela. — Não vou sair nem para fora, nem para de dentro. Vou ficar aqui sentada esperando o dia amanhecer e tentar pedir ajuda.

          — Acabei de lembrar que eu vi o celular da Tay — disse Helena.

          — Onde? — perguntaram todas em uníssono.

          — Na sala onde estive presa. Mas se eu não achar a Backy lá, posso pegar o celular e voltar rapidinho.

          — Bem, como eu já disse, vou embora daqui, mesmo se for caminhando — disse Tay.

          — Eu também — falou Wendy.

          Novamente o silêncio predominou. Tay levantou-se rapidamente. Wendy fez o mesmo.

           — Por favor, Tay. Não vá, antes de eu voltar com o celular — disse Helena.

          — Nem sei se você voltará — disse Tay. — Vamos, Wendy. Não vou ficar aqui nem mais um segundo. Se for para eu morrer hoje, que seja tentando.

           Tay caminhou atá a porta. Wendy a seguiu. Antes de Tay abrir a porta, olhou para trás e disse:

          — Tchau!

          E sumiu, com Wendy ao seu calcanhar.

          Deixou suas amigas para trás, mas nem sabia o que lhe esperava pelos caminhos da floresta.

Se tiver erro, o que é provável que sim, digam para eu consertar.

Sejam bonzinhos e leiam todinho


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