Capítulo 27 (Final)

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Por mais que Isabella forçasse os olhos para ver quem estava ao pé da porta, ela não conseguia distinguir, mas por um minuto imaginou alguém, porém era impossível já esta pessoa devia estar morta.

Devia estar, mas ninguém sabia ao certo se realmente estava.

ᅳ Receba! ᅳ Isabella gritou com uma voz alta. Seus olhos brilharam, mesmo que ninguém pudesse vê-los; eles estavam brilhantes ali, grudados ao crânio de Isa.

Rebeca rapidamente correu ao encontro de Isa. Com uma faca, cortou as cordas que prendiam Isabella; esta agradeceu e levantou-se, admirando o rosto da amiga, que até então estava desaparecida. Porém Hally e Mason ainda estavam ali.

ᅳ Ora, ora. Quem resolveu aparecer. Finalmente! ᅳ disse Hally com u a voz mais sarcástica possível.

ᅳ Eu não tenho tempo para conversas, senhora! ᅳ Com um ímpeto de força, Becky levantou a faca e atirou em Hally. Em menos de um segundo, a faca estava cravada no peito da velha.

Hally caiu no chão como uma pedra velha, que estava cansada da vida que levava. Ela não deu nenhum pio, apenas caiu morta. Mason agachou-se rápido ao lado da esposa.

ᅳ O que você fez, sua maldita? ᅳ Mason não teve mais força para falar, desmanchou-se num choro sem fim. Isabella sentiu alegria ao ver Mason chorando pela primeira vez; e mais alegria ainda por ver Hally caída ao chão morta.

ᅳ Vamos, Isa ᅳ sussurrou Becky para a amiga.

Ambas saíram do quarto sem fazer nenhum barulho. Subiram as escadas que levavam para uma espécie de cozinha e foram para a sala. Sentiram-se felizes por não dar de cara com Jackson.

ᅳ Vamos rápido, antes que... ᅳ Becky parou subitamente. Caiu no chão. Em suas costas uma faca estava fincada. Isa gritou. Olhou para traz e viu seu pior pesadelo. Jackson estava bem próximo das duas. ᅳ Corra... ᅳ Becky conseguiu dizer antes de ir embora.

Ela nem pensou duas vezes. Fez o que foi dito e saiu em disparada, porém paralisou subitamente. Algo invisível a fez parar e ficar estátua como uma pedra e quando novamente se sentiu livre, seu corpo pesou, fazendo-a cair. Jackson caminhou até perto dela, apontando um facão enorme em seu rumo. Quando Jackson investiu contra Isa, esta fechou os olhos e ouviu um barulho muito alto.

Sentiu um peso cair sobre as suas pernas. Jackson estava morto. Ela espantou-se ao ver isso. Um tiro bem certeiro o matou quando atingiu sua cabeça. Virou o rosto para o lado e viu Tay segurando uma arma.

Isa lutou para poder tirar o morto de cima de si. Não sabia o que imaginar. Mil coisas passavam por sua cabeça. Um medo tremendo lhe fez tremer o corpo. Olhou para cima. O céu já estava clareando. O dia já estava amanhecendo. Ela torceu para que aquilo fosse somente um pesadelo, mas infelizmente não era. Era tudo verdade. Deparou-se, então, com Tay caminhando para seu encontro, a arma apontada para si.

ᅳ Tay, o que está fazendo? ᅳ Isa tremeu a voz quando perguntou.

ᅳ Eu mesma quero matar você. Não aceito que ninguém fique com a última. Isso tudo saiu de fora de ordem.

ᅳ Mas porquê? ᅳ Isabella segurou-se para não chorar. Uma nostalgia perpassou seu corpo, uma vontade de chorar horrível. Só queria poder dormir naquele exato momento. Estava muito exausta.

ᅳ Porquê? Não existe porquê!

Tay mirou Isa com uma fúria tremenda. Estava visível nos seus olhos. O dedo no gatilho podia separar Isabella entre a vida e a morte. Então, sem esperar nem mais um segundo, apertou.

Um barulho correu por toda floresta. Pássaros voaram pelo ar, gritos ecoaram de dentro da floresta. Mais Isabella ainda estava viva. Ela rapidamente jogou seus pés em Tay, fazendo a garota cair. A arma voou para não muito longe.

Isa foi rápida: engatinhou e pegou a arma. Levantou-se e mirou em Tay.

ᅳ Tchau, amiga falsa! ᅳ Apertou o gatilho. Tay morreu com uma bala na cabeça.

Isabella caiu de joelhos. O chão frio a recebeu como uma cama quentinha e bem confortável. Ela olhou para Jackson caído perto do corpo de Tay. Pensou em cada coisa que lhe acorrera. Pensou nas mortes. Pensou em como a sua vida foi bela, mesmo que com poucas coisas que tinha feito. Sentiu um aperto no coração. Lembrar que aquilo realmente aconteceu a deixou traumatizada. Como conseguiria viver com uma coisa dessas na cabeça. Nunca esqueceria o terror que passou, jamais teria amigas como Bia, Camila, Helena, Rebeca, Wendy. Teve momentos maravilhosos juntas. Momentos inesquecíveis. Ela tentou segurar a lágrima que quis descer, porém foi inevitável. Lágrimas caíram como as águas de uma cachoeira.

Isabella pensou e pensou. Isso seria bom para ela. Nunca teria uma vida de paz depois daquilo. Era o melhor a se fazer.

Ela levantou a arma até a própria cabeça. Deixou o metal ainda quente tocar a pele, então respirou fundo e apertou o gatilho, tirando a própria vida. Foi a melhor decisão que Isabella tomou na vida.

The End!

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