Capítulo 12

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O coração de Helena batia acelerado. Sua expressão era de total horror, assim estava Tay, também.

Helena queria dizer alguma coisa para chamar a atenção da mulher, então Tay disse:

- Olá...

A mulher levantou a cabeça lentamente. Seus olhos mostravam uma expressão de terror imutável.

- O que houve com você? - disse Tay novamente.

Mas a mulher respondeu com mais silêncio. Estava toda suja, e sua roupa estava coberta por sangue. Sangue seco. Ela continuou encolhida no seu canto.

- Fale alguma coisa para podermos ajudar você - insistiu Tay.

A mulher abriu a boca. Com certeza ela queria falar algo, mas sua voz não saiu. Simplesmente abriu a boca e ficou mexendo, mas nada saía de seus lábios.

Helena saiu de seu transe de horror, e caminhou devagar até o canto onde a mulher estava. Quando chegou bem perto, agachou-se e ficou bem ao lado dela.

- Fale algo - disse Helena num sussurro.

- Ele... Ele quer me... me matar - disse a mulher com a voz embargada. Sua voz saiu bem lenta.

- Ele quem? - perguntou Helena.

- Eu não sei.

- Tem mais alguém aqui com você? - Helena perguntou novamente.

- Minha amiga... ela não conseguiu fugir comigo. Ela morreu.

Helena pareceu novamente assustada, mas não deixou aquilo oprimí-la. Pegou na mão da mulher e disse:

- Como você veio parar aqui?

- O pneu do meu carro furou enquanto nós passávamos por aqui, na estrada aqui perto e, então, apareceu um velho querendo ajudar eu e minha amiga. Nós aceitamos - a mulher pausou um pouco sua voz e continuou. - Ele nos levou para uma casa velha. Lá ele nos deu água e do nada nós apagamos. Quando eu acordei, estava amarrada a uma mesa de pedra. Minha amiga estava morta em um canto...

A mulher não continuou mais; começou a chorar subitamente. Helena, porém, levantou-se.

- Vamos - disse Helena. - Você está salva agora. Nada vai acontecer com você.

- Mentira - disse a mulher em tom mordaz. - Ele vem pegar cada uma de nós.

- Como você sabe? - perguntou Tay.

- Eu apenas sei.

- Levante-se - disse Helena, pegando no braço da mulher e ajudando-a a levantar.

- Precisamos sair daqui - disse a mulher.

- Qual o seu nome? - disse Helena.

- Você não entende. Ele vem nos pegar. Vai nos matar.

A mulher pegou nos ombros de Helena e continuou falando:

- Ele sabe como nos pegar. Ele sabe onde estamos. Vamos todas morrer.

- Por favor, diga seu nome - insistiu Helena. - Se acalme. Fale-me seu nome.

A mulher parou. Ela observou Helena atenciosamente. Sua expressão mudou repentinamente. Sua voz não estava mais embargada. Pareceu até mais calma. Então disse lentamente:

- Nicole.

- O.K. - disse Helena. - Vamos descer.

Helena caminhou rumo à porta. Tay já estava esperando ao pé da mesma. Nicole as seguiu.

- Será que podemos confiar nela, Helena? - disse Tay, enquanto desciam as escadas.

- Não sei. Mas devemos confiar nela sim, já que todas nós nos encontramos no mesmo lugar e na mesma situação.

- É. Até que você têm razão - disse Tay. - Vamos ver o que o destino nos reservou.

Está , Helena. Um capítulo para você, novinho.

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