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‒ O que você está fazendo aqui?

Senti vontade de bater na menina mas apenas respirei fundo e me abaixei no chão à sua frente.

‒ Acho que eu preciso de uma explicação, não acha?

‒ Sério, Billie, explicação pelo quê?

‒ Lu, olha, eu sei que deve ser complicado agora. Mas eu realmente acho que deveríamos conversar.

‒ Billie, eu não me sinto bem para conversar agora.

‒ Eu sei que não, mas eu preciso entender o que está acontecendo.

‒ Nada está acontecendo Billie, eu só não quero você aqui agora. ‒ Ela se virou para a parede novamente. Deus, dai-me paciência.

‒ Luiza, você simplesmente me ignorou por dias e não vai se dignar a me dar uma maldita resposta? ‒ Meus nervos já estavam à flor da pele, e eu senti a calma se esvair do meu corpo.

‒ Quem pediu pra você vir, a Drew?! ‒ Ela pergunta irritada ‒ Eu não preciso que ninguém se preocupe comigo, Eilish.

‒Mas eu me preocupo, inferno!

‒EU NÃO PEDI PRA VOCÊ VIR ‒ ela tapa a boca assim que termina de cuspir as palavras duras em mim.

As lágrimas beiram meus olhos, mas engulo em seco e travo a mandíbula antes de dizer, menos seca do que eu queria:

‒Certo. Se não tem nada que você quer me falar, então não tem mais nada que eu queira ouvir de você. ‒ Mentira. Eu queria ouvir, mas não vou me humilhar mais.

Luiza soluça atrás de mim, e quando vou sair do quarto, sinto ela se jogar nos meus braços e molhar minha camiseta com suas lágrimas.

Eu deveria ir embora. Deveria.

Mas não consigo.

As pernas da garota ficaram ao redor da minha cintura enquanto ela me abraçava apertado e soluçava sem parar.

Suspirei e me sentei em sua cama com ela ainda em meu colo.

Comecei a alisar suas costas enquanto tentava fazer com que ela se acalmasse. Eu não sabia se naquele momento seria uma boa eu dizer alguma coisa, nem sequer se eu saberia dizer algo, então apenas me calei enquanto sentia suas lágrimas molharem o meu pescoço.

Ela se afastou do meu pescoço e me olhou alisando minha bochecha, ela não soluçava mais, porém ainda caíam lágrimas.

‒ Eu... Eu tentei ser forte. ‒ Ela disse e eu franzi o cenho. ‒ Eu tentei dizer para mim mesma que você me queria assim como eu quero você. ‒ Ela passou a mão pelo rosto,  ofegante. ‒ Mas as palavras dela ecoavam na minha cabeça toda vez que eu tentava te ligar. ‒ Ela levou a mão até o pescoço e respirou fundo, ou pelo menos tentou.

‒ Respira comigo, tá? ‒ Olhei ela nos olhos. Fiz devagar o movimento da respiração e ela me imitou por várias e várias vezes até estar calma o suficiente. ‒ Melhor? ‒ Ela deu de ombros e mexeu no cabelo que caia no seu rosto. ‒ Continue, por favor.

‒ Eu tentei, eu juro que eu tentei ligar pra você nos dias seguintes. Eu tentei digitar apenas um "eu preciso de você." Porque eu sabia que você viria depois que visse aquilo, mas eu sou muito mais fraca do que eu imaginei. ‒ Ela riu em ironia e eu mais uma vez franzi o cenho. ‒ Você tem uma filha, Billie. Você tem uma família, você tem amigos e tem pais incríveis.

‒ E onde que isso se encaixa na nossa situação? ‒ Me pronunciei e ela suspirou.

‒ Se encaixa que se eu fosse você eu não iria querer ficar com alguém como eu.

‒ Certo, me explica uma coisa, Luiza. Quando você diz "alguém como eu". ‒ Fiz aspas com as mãos. ‒ O que exatamente você quer dizer com isso?

‒ Eu sou imatura demais para alguém como você, Bill.

‒ Luiza, eu te apresentei pra minha mãe sem nem ter te beijado. ‒ Comecei e a tirei do meu colo me levantando e ficando de frente pra ela. ‒ Eu te apresentei pro meu irmão. E você vem me dizer que é imatura demais pra mim? A gente nem se conhecia direito e eu saí correndo da minha casa na chuva, porque VOCÊ  pediu que eu fosse.

‒ Billie...

‒ Deixa eu falar! ‒ A interrompi e ela se calou. ‒ A questão aqui é, você deveria ter me ligado ou ao menos me mandado uma mensagem falando que não estava bem. Estou chateada e puta pra caralho com essa situação, porque desde o começo eu venho dizendo pra você que Vanessa ainda gosta de você. O que você respondia dizendo que não é isso, que é carinho de melhor amiga.

Paro e respiro fundo.

‒ Não estou te culpando, Luiza. Você tem todo o direito de se sentir chateada e insegura. Mas eu não sei mais o que fazer pra fazer você ver que eu te quero e que quero lutar por isso. ‒ Finalizei e ela me olhou por alguns segundos. ‒ Para fazer você ver que independente de eu ter uma filha, uma família e amigos. Eu quero que você faça parte disso, porque nada faz sentido se eu não tiver o teu sorriso comigo.

Ela se aproximou de mim e me beijou com rapidez.

Levei minhas mãos pra sua nuca e subi uma das mãos até seu cabelo enfiando a mão ali. Alisei a região sensível ouvindo seu suspiro e me afastei respirando fundo.

‒ Por favor. Não some de novo. ‒ Pedi e encostei nossas testas.

‒ Nem vou sonhar com isso. ‒ Ela respondeu, sorrindo pra mim pela primeira vez desde que essa bagunça começou.

‒ Tava morrendo de saudade desse sorriso ‒ sussurro perto do ouvido dela, deixando beijos em seu pescoço até chegar perto dos seus lábios ‒ deixa eu sentir o gosto?

Ela puxa meu rosto em sua direção e gruda a boca na minha em um convite. Chupo sua língua em resposta sentindo meu sangue ferver.

Luiza arrasta as unhas pelo meu pescoço e tira todo o meu controle. Puxo ela para o meu colo, querendo sentir seu corpo no meu depois de tantos dias sem ver minha namorada.

Ela inclina o pescoço e deixa ele exposto pra mim, que solto um riso baixo antes de beijar o ponto de pulsação, sentindo seus pelos se arrepiarem. Dou uma mordida leve, puxando a pele entre os meus dentes e sentindo ela se remexer inquieta no meu colo.

Quando passo a ponta da língua pela mordida, Luiza começa a rebolar em cima de mim, e eu solto um gemido baixo com o atrito.

‒ Lu, eu não vou conseguir parar se você continuar fazendo isso… ‒ aviso, ofegante.

‒ Ninguém pediu pra você parar.

Deito ela na cama, e sinto seus dedos puxarem minha blusa pra cima, até ir parar no chão. Faço o mesmo com a sua, puxando até deixar os peitos livres.

‒ Linda pra cacete. ‒ Levo minha boca até um dos bicos, sugando e sentindo seus dedos no meu cabelo. Quando raspo minhas unhas no outro, ela arqueia as costas em minha direção. Seu peito cabe quase que inteiro em minha boca.

‒ Porra, Bill.

– Senti tanto a sua falta, puta merda. - Sussurrei subindo os beijos para o pescoço da garota. – Eu quero te foder tão forte. - Palavras foram sussurradas e ela gemeu baixinho puxando meu lábio de baixo.

– Então me foda.

A olhei por alguns segundos, porque mesmo que eu queira isso, é a nossa "primeira" vez e tem que ser com calma.

– Mas é a primeira vez..

☆☆☆☆☆☆

Demorou mais veio aí glr

𝙰 𝚌𝚊𝚕𝚕 - 𝙱.𝙴 𝚏𝚊𝚗𝚏𝚒𝚌𝚝𝚒𝚘𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora