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– E você e a Drew? – Perguntei para Zoe que deu de ombros.

– Não sei, às vezes ela parece me querer e às vezes ela me odeia mais que qualquer coisa. – Deixei um riso baixo escapar e neguei com a cabeça.

– Sai dessa, Z.

– Você sabe que não é tão fácil assim, eu gosto dela, infelizmente.

A garota revirou os olhos e mexeu no celular.

– Pede ela em namoro. – Falei e ela me olhou rapidamente.

– Claro que não. Se ela rejeitar eu vou ficar de coração partido e sem dinheiro.

– Mando mensagem pra ela agora perguntando isso.

– Não.

– Sim.

– Billie, cala a boca e vai pedir você a sua mulher em namoro, que já tá na hora.

Fui até minha mochila tirando de lá a caixinha preta e mostrei pra ela que arregalou os olhos.

– E eu vou mesmo. Diferente de você. – Mandei um beijo no ar pra ela que me deu o dedo do meio. – Ó, eu vou conversar com a Lis e dependendo da resposta eu te digo se vale a pena ou não.

– Você faria isso?

– Lógico que faria, tudo que eu mais quero é ver você feliz, assim como eu também estou.

– Aí você tá tão gay que me dá vontade de vomitar. – Revirei os olhos mandando o dedo do meio pra ela e me levantei.

– Se você me der licença, irei pedir minha garota em namoro. – Mandei beijinhos pra ela e saí do seu apartamento.

Entrei no meu carro começando a dirigir até minha casa.

Eu queria que fosse algo só nosso, um pedido de namoro em que só eu e ela estivéssemos ali, sendo felizes.

Já tinha conversado com Finneas e com a mamãe para que hoje o restaurante só funcionasse até as 18.

Eu mesma fiz o nosso jantar e estava mais nervosa que nunca.

Minha cabeça estava uma tremenda confusão de como eu faria se caso ela não aceitasse.

Sai do carro dando uma pequena corrida até a porta e a abrindo.

- FILHA? MAMÃE CHEGOU.

Gritei pois sabia que a garota já estava em casa e que se ela estivesse transando com aquela feia da Karla ela poderia parar na hora, eu não precisaria me traumatizar vendo esse tipo de coisa.

Ela desceu as escadas com as mãos entrelaçadas na da garota e eu revirei os olhos.

– Olá. – Karla acenou e eu acenei de volta me sentando no sofá.

As garotas me olharam por alguns segundos e eu arqueei a sobrancelha.

– Que foi?

– Mãe, promete não surtar?

– Eu não vou perguntar se você está grávida, porque claramente dedos não engravidam ainda. – Falei e revirei os olhos mandando elas sentarem. – O que foi?

– Então, senhora Billie...

– Pelo amor, me chame só de Billie, você beija minha filha a meses e continua me chamando assim.

– Desculpe.

– Fala logo Karla. – Alicia apressou e eu quis dar risada.

A garota claramente queria me pedir a mão de Alicia mas estava nervosa demais para fazer aquilo e eu não iria apressar, porque aquilo estava sendo meu divertimento.

𝙰 𝚌𝚊𝚕𝚕 - 𝙱.𝙴 𝚏𝚊𝚗𝚏𝚒𝚌𝚝𝚒𝚘𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora