03:45hr da manhã e a insônia me fazia companhia, acompanhada de perguntas, dúvidas se estou criando problemas para algo desnecessário, mas Billy Loomis e Stuart Macher não costumam limpar a casa, principalmente usando tanto produto de limpeza, até lavaram as roupas. Balanço a cabeça negativamente tentando afastar esses pensamentos para dar espaço para que o sono chegue. Sento-me na cama, confiro que Ane não acordou e levanto da cama, caminhando para fora do quarto, no corredor dou passos leves e espio pela a fresta na porta do quarto da dupla, conferindo se estão dormindo, Stu cobria total visão da cama pelo o seu excesso de cumprimento. Desço a escada e caminho até a cozinha sem ligar nenhuma luz, gostava do escuro. Abro a geladeira e apanho uma garrafa d'água, retiro a tampa e me inclino um pouco sobre o armário, tentando abrir a porta do armário acima da minha cabeça, fico sobre as pontas dos pés e até sentir duas mãos em meu quadril, subindo sutilmente um pouco a minha camisola baby doll, me arrepio e me encolho como reação, coloco a garrafa em cima do armário e viro-me para encarar o motivo da minha insônia.
- O que está fazendo?. – Questiono quando ele continua sem se importar, pressionando meu corpo contra o móvel, sentia a minha bunda sendo esmagada no armário.
- Não estou conseguindo dormir, meus pensamentos estão sem censura. – Respondeu Billy com o olhar fixo ao meu apesar da falta de iluminação.
- E achou que se me pegasse desprevenida, eu iria aceitar transar com você? Eu conheço as regras. – Repetia as palavras para eu mesma.
- Também tem a regra da calcinha?. – Perguntou.
- "Também?". – Questiono um pouco alterada.
Desvencilho-me dele e refaço o meu caminho, dessa vez pela a sala, antes que pudesse chegar ao corredor que fica de frente para a escada, Billy segura em minha cintura com firmeza e me puxa para trás, ele joga o meu corpo sem nenhum cavalheirismo no sofá, inclino meu peito para levantar, mas ele é mais rápido e põe a mão sobre o meu peito, empurrando meu tronco para trás no estofado enquanto se posiciona com o seu corpo por cima do meu. Meus batimentos cardíacos aceleram com a aproximação, engulo em seco e desvio o olhar, virando o rosto para ao lado, Billy aproxima o rosto, sentindo a sua respiração quente que me causa arrepios, ele passa a sua língua lentamente na curvatura do meu pescoço, mordendo logo depois colocando força em seus dentes cravados em minha pele, a sua mão esquerda desliza sobre a lateral da minha coxa, propositalmente por dentro da minha camisola, subindo o tecido, a sua mão direita ele posiciona no meio de minhas pernas, ele inicia na altura dos meus joelhos e sobe sua mão pelo o interior da minha coxa, afastando as minhas pernas, subindo pela a virilha e parando sobre a minha intimidade, ele acaricia com o polegar suavemente sobre a minha calcinha. Não conseguia me mover para afasta-lo ou sair, nem mesmo para toca-lo de volta. Ele aproxima o seu rosto novamente, ergue a sua mão direita e segura em meu maxilar, virando meu rosto para encara-lo de volta, esfregou os seus lábios sobre os meus e une os nossos lábios, iniciando um beijo, ele insere a sua língua em minha boca, inclinando o seu corpo sobre o meu, aprofundando mais o beijo, sentia a sua língua percorrer cada extensão do interior da minha boca, ele aperta com mais força a mão que segura meu maxilar, sentia um volume em sua calça crescer esfregando em minha coxa, até que um flash de luz forte reflete, Billy me solta para se sentar e encarar a pessoa responsável.
- O que estão fazendo?. – Questionou Ane.
Levanto rapidamente e caminho até minha amiga, quando me aproxima posso encarar melhor a aparência dela, não sabia se era a Ane ou Fantasma da Opera, ela está com uma máscara preta facial e o cabelo preso em um coque para trás, vestia a mesma peça de dormir que eu, uma camisola baby doll, mas a minha preta enquanto a dela é branca, sempre em contraste.
- Fantasma da Opera, pensei que só vivesse em teatros. – Brinco. – Obrigada por salvar minha vida. – Sussurro para ela. – Boa noite, Billy. – Digo mandando beijo para ele e acompanhando minha amiga de volta até o nosso quarto.
Felizmente após a pequena surpresa da madrugada, não tive problemas de ter um encontro com o meu sono. Desperto ás 06:00hr da manhã com o alarme do despertador, primeiro dia de aula na escola nova que suspeito ser um hospício. Viro-me no colchão e chuto a minha amiga que caí da cama.
- Hora de acordar. – Falo enquanto me sento no colchão.
Minha amiga levanta do chão com uma expressão de cansada, mas no automático ela já caminha até a cômoda onde havia deixado preparado a sua roupa para vestir, levanto e caminho até o armário, como está um dia quente, visto um short jeans de cós alto, uma blusa quase top por não cobrir nem o abdômen, ela é listrada em cores verde, azul claro, branco e azul marinho até a gola alta da peça, visto uma meia verde e calço um tênis branco. Caminho até o banheiro do quarto, ligo a torneira e lavo o meu rosto, escovo os dentes e penteio o cabelo, passo um pouco de creme nas mãos e massageio suavemente os fios do meu cabelo. Encaro minha amiga que estava ao lado finalizando de passar um brilho labial em sua boca, ela vestia uma saia jeans lilás, uma blusa branca com pequenas flores rosas desenhadas, a manga suavemente bufante, até mesmo os seus tênis são lilás com meias rosa pastel, o cabelo ela prendeu a apenas o topo em um rabo de cavalo, deixando o restante dos cachos soltos.
- É como acordar com uma Sailor Moon. – Resmungo.
- Eu sabia que você tinha lido o mangá! Vai sair uma adaptação em anime ano que vem, vamos assistir juntas. – Ane vibra com a sua ideia.
Caminho em passos apressados para fora do banheiro, logo do quarto antes que ela decida fazer colares e pulseiras coloridos. Descemos a escada e saímos da casa, trancando a porta atrás de nós, estávamos apenas as duas acordadas, seguimos até o meu carro e entro no veículo, sento do banco do motorista e resmungo quando o sol do raiar do dia refletia no caderno de rosa com glitter de Ane no banco passageiro traseiro, havíamos comprado ontem materiais básicos para começarmos o nosso primeiro dia, mas para o nosso dia começar não poderia faltar algo, estico a mão e ligo o rádio, quando começa a melodia que reconhecemos de imediato, nos entreolhamos e começamos a nos balançar nos bancos.
- Você pode dançar, você pode se esbaldar, aproveitar o melhor momento de sua vida. OOH.. – Cantávamos alto em sincronia e nos olhamos imitando a coreografia do clipe, apontando o dedo indicador uma para outra. - Veja aquela garota, observe essa cena, se divertindo com a rainha da dança. – Cantávamos entre risos e retorno o olhar rapidamente para a estrada.
Dirijo enquanto dançávamos na melodia da música que conhecíamos tão bem, duas amantes das músicas retro, um dos poucos diálogos que tive com a minha mãe e que mais gosto foi quando ela disse que nasci no tempo certo, pois aprecio músicas dos anos 70 e 80, também apaixonada pelo o nosso ano 90, foi quando percebi que do jeito dela, ela me observava.
Desligo o rádio com uma pontada de dor no peito, era o meu momento de conforto, agora pronta para iniciar a guerra na escola nova, mas congelo com uma lembrança viva da antiga escola.
- Randy?!. – Questiono quando vejo o garoto estranho de camiseta polo bordo e calça marrom. Virou-se caminhando na nossa direção com um sorriso falso. – O que faz aqui?. – Pergunto ainda surpresa.
- Eu vim visitar uma amiga e resolvi ficar um tempo, esse lugar é bem bonito. – Ele responde. – E vocês? Porque saíram correndo de Woodsboro para o meio do nada? Não me digam que estão se escondendo ou alguém. – Provocou.
- O estranho aqui é você. – Xingou Ane.
Felizmente o sinal dos inicios da aula toca, passamos por ele e o empurro suavemente para o lado, caminhando para dentro da escola, meus pensamentos novamente me atormentam, agora pela a presença questionável do Randy que obviamente nos seguiu de Woodsboro até aqui, ele está suspeitando, com toda a certeza. Viro-me para perguntar a minha amiga sobre a opinião dela mas ela estava ainda a reclamar consigo mesma sobre a falta de cor no colégio e que ela só precisava de algumas tintas e deixaria as paredes coloridas como ela. Balanço a cabeça negativamente e entro na sala. Sento na cadeira da mesa da primeira fila, Ane senta ao meu lado, Randy senta ao lado de minha amiga, ele realmente está querendo nos assustar. Ergo a minha mão direta e abaixo quatro dedos, mantendo apenas o dedo do meio para ele que faz uma expressão de surpresa irônica.
- Olá classe, meu nome é Eddie, sou o professor de física, bem vindos a minha classe. – Anuncia o professor bastante jovem adentrando a sala. Ele vestia uma calça social cor de areia em contraste com o cinto preto, uma camiseta branca de botões fechados até a gola, um casaco azul marinho por cima, realçando os seus fios castanhos chocolate, perfeitamente ajeitados para apenas o lado da direita.
A aula foi bastante tranquila apesar do stalker algumas vezes lançar piadas de acordo com cada matéria, na aula de física "Quão rápido uma bala de pistola viaja?", na aula de ciência "Por quanto tempo conseguimos resistir quando nosso coração para de bater?" até na aula de educação física "Como estar preparado para correr mais rápido?", garoto irritante. Finalmente o sinal anuncia o fim das aulas de hoje, caminho com Ane até a confeitaria Tatum, nosso primeiro dia também no trabalho, nosso dia de teste. Quando chegamos na confeitaria, Buffy estava regando as flores nos pequenos vasos em cima das mesas, ela está linda, vestia uma blusa lilás sem mangas e uma calça preta de couro, uma sandália na mesma cor que a blusa que vestia.
- Bom dia. – Desejamos entrando no estabelecimento.
- Bom dia, queridas. – Buffy responde alegre. – Stevo, venha conhecer nossas amigas. – A dona pediu para o seu filho que se aproxima correndo pelo o corredor. – Filho, essas são Lucy e Ane, a Ane vai trabalhar com a mamãe, Lucy vai cuidar de você, seja gentil com ela está bem?. – Pediu.
O menino tem cabelos castanhos, olhos azuis e pele levemente bronzeada, vestia uma camiseta azul clara, uma calça jeans e uma jaqueta preta, um fofo. Stevo se aproxima e me agacho na sua altura, ele me abraça e beija a minha bochecha, faço beiço automaticamente o cavalheirismo do pequeno. Seguro em sua mão e sussurro para a minha amiga "Boa sorte", caminho com o pequeno até uma mesa no fundo do estabelecimento, ele havia preparado vários papéis brancos e lápis de colorir para desenharmos, sento ao lado dele na cadeira e começamos a desenhar juntos, criamos uma conexão quase de imediato, estava tudo ocorrendo bem, alguns clientes chegavam e minha amiga com um belo sorriso gentil atendia a todos com eficiência, Stevo estava encantando com o desenho que fiz dele, o único incômodo era Xander na mesa ao lado me encarando fixamente, não era para observar o filho pois os seus olhos estavam fixos em mim, algumas vezes ele erguia o cardápio em frente ao seu rosto, na altura abaixo dos olhos, disfarçando quando sua esposa se aproximava dele. Me mexo desconfortável na mesa e retorno meu foco ao pequeno que me olhava genuinamente. Quando o pôr do sol começa a se aproximar, é hora de fechar as portas da confeitaria, Stevo estava dormindo no meu colo enquanto Buffy e Ane fechavam as portas sanfona do estabelecimento, levanto-me e entrego o menino no colo da mãe, nos despedimos e caminhamos até o meu carro, entrando rapidamente no veículo e sentando nos bancos, nosso primeiro dia foi ótimo apesar dos incômodos perseguidores em cada local. Ligo o carro e dirijo pela a nossa estrada de areia até nossa casa isolada, demorávamos trinta minutos para chegarmos, descemos do carro e entramos quase nos arrastando para dentro da casa. Arqueio a sobrancelha ao encontrar Billy e Stuart fritando batata fritas.
- Boa noite outra dupla. – Diz Stuart comendo uma batata. – Como foi o dia de vocês?. – Perguntou.
- Foi incrível, Xuxu. Mas o nosso colega estranho, o Randy Meeks, é nosso colega novo, até sentou do nosso lado. – Ane conta, droga.
- Randy Meeks?. – Perguntou Billy com uma sobrancelha arqueada e troca um olhar suspeito com Stuart, Ane parece não ter percebido, mas pode ter assinado a entrada do nosso perseguidor esquisito para o corredor da morte.

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Scream Mirror
FanfictionE se mudássemos apenas alguns segundos no massacre na casa da familia Macher em Woodsboro? O final de Billy Loomis e Stuart Macher ainda seria a morte por Sidney?