Traumas

65 8 1
                                        

Billy Loomis.

O imbecil maluco do Randy Meeks perdeu o sentido da realidade para nos seguir até outra cidade.
- Temos que matar ele, cara. - Comenta Stuart. - Vamos acertar na cabeça dele. - Conclui aumentando a voz de excitação.
- Dessa vez ele vai morrer. - Afirmo irritado.
As duas amigas haviam saído cedo para a aula que encerra no horário do almoço, após o término das aulas, elas começam a trabalhar na confeitaria Tatum, teríamos que esperar Randy Meeks sair da escola e o seguir para o pegarmos de surpresa. Quando Cordelia nos presenteou com um carro, esperávamos as meninas saírem para estudar, Stuart me acompanhava no carro até a cidade, testávamos dirigir durante o dia se seríamos reconhecidos, mas não havia nenhum cartaz, nenhuma pessoa parecia nos reconhecer, uma ótima oportunidade. Na manhã seguinte, acordo e dou um tapa na cabeça do Stuart para que acorde antes que as meninas notem que diferente de todas as manhãs, acordamos primeiro do que elas.
- Você me bateu de novo, imbecil. - Resmunga Stuart.
- Levanta, idiota!. - Mando.
  O idiota poderia aparentar ser um garoto esperto, mas era só um menininho assustado que utilizava das suas teorias malucas para esconder o quanto é fraco. Planejamos recriar as roupas do dia na festa na casa de Stuart, isso já o faria fazer xixi nas calças, retiramos todas as roupas de dentro da cômoda e para nossa surpresa, as duas amigas conheciam os nossos gostos para comprar os mesmos modelos, visto uma camiseta branca e uma calça jeans, Stuart veste uma camiseta cor de areia canelada e uma calça cinza mais solta, ambos calçávamos botina preta. Começamos a recolher as roupas do chão e moldamos os nossos corpos com elas colocando sobre o colchão da cama, cobrimos com o cobertor para fingirmos estar dormindo caso alguma das duas amigas entrem. Saímos de dentro do quarto e caminhamos com passos leves até a escada, descendo com cuidado até o imbecil do Stuart bater no quadro velho pendurado na parte que com sorte, ele conseguiu impedir de cair. Caminhamos para fora da casa e seguimos pelo o campo até o presente que Cordelia nos deu, entramos no carro e ligo o veículo, ajeito o retrovisor me encarando pelo o espelho, meu colega abre o porta luvas e confere nossa faca Bowie Light-Up que conseguimos comprar com o dinheiro das garotas em uma pequena loja na cidade semana passada.
- Espera, cara, precisamos de música para a nossa festa. – Stuart fala abrindo um grande sorriso em seu rosto. Ele liga a rádio e começa a tocar Youth of America de Birdbrain. 
Olho pelo o retrovisor o reflexo pequeno da casa, começo a dirigir pelo o campo em direção a cidade, estava começando a clarear o amanhecer do dia, não havia ninguém pela a estrada, a cidade está dormindo, como forma de evitar o mesmo caminho que as meninas usariam, dirijo por dez minutos a mais por um caminho mais longo até o centro, demorando cinquenta minutos para chegar ao destino, estava fazendo o retorno em uma rua cruzada quando percebo o nosso alvo caminhando sozinho, provavelmente fazendo uma caminhada matinal.
- Acorda, idiota. – Falo acertando um soco no braço de Stuart que estava adormecido no banco passageiro ao meu lado.
- O que foi, cara?. – Questionou.
- Olha quem está andando sozinho. – Digo sorrindo na direção do Randy.
Confiro olhando ao redor que não havia ninguém na rua, dirijo um pouco mais próximo e paro para Stuart descer, ele caminha agachado ao lado do carro fazendo a volta e segue um pouco distante o alvo, ligo o carro e dirijo parando na rua ao lado, desço do veículo e caminho devagar retornando e parando de frente com Randy que fica pálido ao me ver, faço uma expressão de surpresa com a boca aberta, arqueando as sobrancelhas, ele tenta virar para trás para correr mas bate contra o corpo de Stuart que estava parado atrás dele. Me aproximo enquanto meu amigo segurava nos ombros do nosso alvo, apoiando apenas os braços com pressão em seus ombros, mantendo seu rosto na nuca do outro, seguro na gola da camiseta do Meeks enquanto aproximo o rosto.
- Ouvi por aí que você me acha um filhinho de mamãe com a sexualidade oprimida, Randy. – Digo enquanto o encarava sério.
- Billy.. é mentira. – Ele mente assustado forçando um sorriso falso.
- Ainda não conseguiu transar com a vadia da Sidney?. – Pergunto e dou um leve tapa em seu rosto, começando a rir balançando a cabeça negativamente. – Até aquela vagabunda tem mais coragem que você. – Digo.
- Foram elas que contaram para vocês não foi?. – Perguntou Randy.
- Elas quem, cara? Seja especifico, não somos nerds como você. – Debocha Stuart entre risos.
- Lucy e Ane, não sou o único que sabe sobre elas. – Randy sugere fazendo eu e meu amigo nos entreolharmos. – Não sou tão idiota agora, não é?. – Zomba.
Inclino a cabeça apontando para a rua ao lado onde o carro está estacionado, Stuart cobre com a mãe direita a boca de Randy enquanto a esquerda segurava no pescoço, caminhamos até o nosso automóvel, abro a porta e empurramos o idiota no banco passageiro traseiro, sento no banco do motorista enquanto meu amigo acompanha nossa próxima vítima no banco traseiro. Ligo o carro e dirijo até a escola enquanto Stuart usava a nossa faca Bowie Light-Up acertando golpes no tronco do outro, espio pelo o retrovisor a expressão no rosto de Randy enquanto cuspia seu próprio sangue, sem forças para gritar. Estaciono o carro em frente à escola, desço do veículo e abro a porta do banco passageiro, ajudo Stuart a carregar o corpo e largar em frente a porta da escola, retornamos até o automóvel e percebo que havia um homem parado na cafeteria Tatum, ele não expressa nenhuma reação de susto ou pavor, desviou o olhar para o carro de Cordelia e novamente nos encara, pisco para ele e ponho o dedo indicador na boca. Stuart ao meu lado põe quatro dedos em frente a boca, desviando os olhos para ao lado enquanto forçava uma risada travessa. Entramos no carro e ligo o veículo, começo a dirigir de volta para a casa pelo o mesmo caminho, essa hora logo as meninas chegariam no centro da cidade, não poderíamos arriscar, não agora. Estaciono o carro na nossa garagem particular no campo, descemos do carro e caminhamos até a casa, adentramos o imóvel, estranhamente as meninas ainda estavam em casa, o carro de Lucy estava na entrada. Retiramos as roupas correndo e subo a escada carregando as peças, visto a primeira roupa que encontro de baixo do cobertor e pego uma para Stuart que estava na cozinha fingindo estar fazendo o café da manhã, desço a escada e caminho apressado até a cozinha e entrego as roupas para ele que vestiu agilmente, segundos depois Ane desce a escada alegremente e se aproxima de nós.
- Bom dia!. – Desejou sorrindo. – Estão fazendo café da manhã? Que fofos. – Exclamou animada. – É muito gentil, Lucy precisava, o nosso chefe continua assediando ela. – Contou ganhando minha atenção.
- Ele o que?. – Questiono arqueando uma sobrancelha.
Ane interrompe a conversa quando percebe a presença da amiga, a pequena corre até a segunda e a arrasta para fora, provavelmente deveria ser um segredo a importunação. Stuart me encarava com expressão de deboche com o rosto apoiado em sua mão, ignoro a gozação e caminho até a sala, ligo a televisão e está passando a notícia da morte do Randy com a repórter intrometida Gale Wheathers, logo atrás podemos ver Dewey no fundo do cenário, os dois intrometidos que continuam correndo atrás das suas mortes.
A tarde foi entediante após a excitação da manhã, martelava em minha mente o maldito do Xander, precisava me livrar dele, chegando ao anoitecer, levanto do sofá e encaro Stuart que bebia uma garrafa de cerveja.
- Temos outra festa. – Digo para a alegria de Stuart que rapidamente se posiciona em pé.
Caminho para fora da casa, sendo acompanhado do meu amigo até o carro estacionado no meio do campo, entro no carro e sento no banco do motorista, ligo o veículo e acelero dirigindo pela a estrada mais rápida sem me importar em encontrar as meninas no caminho retornando para a nossa casa, ao contrário da manhã, chegamos em trinta minutos em frente a cafeteria, pelo o vidro do estabelecimento podíamos ver apenas a Ane, meus olhos procuravam ao redor qualquer sinal do idiota até ver ele saindo de dentro de um carro Monza, saio do carro de Cordelia e caminho até o homem sem conferir se a rua estava vazia, Stuart me para atrás de uma árvore.
- Aqui não, eu tenho um plano. – Stuart diz.
Observamos dentro do nosso carro a Ane trabalhar, Stuart havia dito que ela e Lucy retornavam juntas para casa, a família Harris não era tão unida pois a esposa Buffy ficava com o filho enquanto o verme Xander não fazia nada, seria fácil pegar ele sozinho. Meia hora depois, a esposa chega e acompanha Ane até a casa da família, logo que elas entram, Ane e Lucy saiam da casa, entrando no carro e indo embora, minutos depois podemos ouvir gritos de dentro do imóvel e o filho do casal sair tranquilamente de dentro da casa sozinho.
- Segue o menino. – Mando Stuart. Ele me trazia recordações de mim.
Desço do carro e dividimos as funções, Stuart segue pelo o lado contrário acompanhando o menino enquanto eu adentro a casa que o garoto deixou a porta aberta, logo que entro encontro o corpo da esposa caído no chão em frente ao último degrau da escada, sem vida com sangue em seu abdômen, resultado de um golpe com faca. Subo a escada enquanto escutava o marido revirando os móveis no quarto do casal, ele parecia nervoso. Me aproximo devagar do homem que está parado em frente à janela, encarando a rua com a respiração ofegante, ele vira-se ao notar minha presença, Xander ergue a faca de cozinha que está em sua mão ensanguentada que acertou em sua esposa, seguro em sua mão e viro a ponta da faca apontando para o seu peito, enfiando a faca cravando em seu coração, arranco a faca jorrando sangue e me afasto, deixando o maldito caído agora como a sua esposa sem vida no chão. Saio de dentro do quarto e desço a escada com a faca na mão, logo saindo de dentro da casa e encontro Stuart em frente ao nosso carro.
- Vingou a sua namorada?. – Perguntou debochado.
- Cadê o menino?. – Pergunto.
- Ele estava indo até a delegacia denunciar o pai por matar a mãe. – Stuart responde.
- O pai dele teve seu castigo. – Afirmo.
Entramos dentro do carro e ligo o veículo, sirenes policiais começam a ecoa pela a rua, dirijo de volta para a casa e observo pelo o retrovisor viaturas estacionarem em frente à casa, mas o menino não parecia mais estar sozinho, ele estava abraçando em uma senhora que provavelmente era a sua vó. O caminho de volta para a casa foi bastante tranquilo, estaciono novamente no campo e fazemos a nossa caminhada cansados, o carro das meninas está estacionado em frente à casa, adentramos o imóvel exaustos, Stuart sobe a escada mas desisto no caminho e deito no sofá da sala, logo adormecendo.
- Billy.. Billy..BILLY!. – Chamava Lucy me acertando com um tapa no rosto. – De quem é esse sangue?!. – Questionou assustada encarando as manchas em minha camiseta clara, droga.

Scream MirrorOnde histórias criam vida. Descubra agora