Contrato

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- "Vocês fiquem aqui", "Fiquem longe da Cordelia", a sua bichinha de estimação está cheia da razão, cara. – Stuart resmunga. Incomodado com as exigências de Lucy.
Billy parecia não estar dando atenção aos comentários do amigo, ele caminhava angustiado de um lado para o outro, seus passos pesados ecoavam pela a sala da casa antiga, o primeiro assassino parecia angustiado, como se algo tivesse o incomodando, seria abstinência da falta de assassinatos? Os dois não cometeram mais crimes após o massacre de Woodsboro.
- Billy?. – Chamou Stuart tentando chamar a atenção do parceiro. – O que foi, Billy?. – Questionou se posicionado em pé, caminhou até o amigo que de repente para os passos inquietantes. Virou-se e revelou segurar uma faca em suas mãos, provável que encontrou pela a casa, está enferrujada.
- Vamos matar alguém. – Respondeu o assassino com um sorriso travesso.
A dupla é atrapalhada, mas trabalham bem juntos de alguma forma, principalmente quando se trata de matar alguém, a ficha criminal dos dois é um pouco extensa, mas eles cometeram certos crimes separados para evitar raciocínio de terceiros que descobrissem ser uma dupla de assassinos. A primeira vítima foi Maureen Prescott, os dois cometeram o crime juntos, Billy a culpava pela a partida de casa da mãe, a segunda foi o casal Cassey e Steve, a jovem trocou Stuart por Steve, o ego ferido do assassino resultou no ato criminal de vingança, Stuart matou o seu inimigo e Billy matou a garota que feriu o coração de seu amigo. Como uma desculpa para despistar alguns alunos da festa na casa da família Macher, Billy matou o diretor de sua antiga escola, retornando a casa, Stuart matou o Kenny, cameraman de Gale, Billy novamente matou outra parceira de Stuart, a Tatum. Agora, quem será a próxima vítima?
Billy e Stuart aproveitaram a saída de Lucy e Ane para o centro da cidade para planejarem a sua próxima vítima, poderia ser mais fácil matar as duas outras ocupantes da casa, mas perderiam a facilidade de locomoção, alimento e a comodidade que as duas amigas excêntricas proporcionam para eles, todavia, é melhor encontrar uma vítima do lado de fora da casa, na verdade, encontrarem o alvo escolhido, pois eles já haviam selecionado a sua próxima vítima. Lucy e Ane levaram o carro, então, o que restava para eles é esperar, pois sabiam que a sua vítima iria retornar a casa para trazer os papeis para as garotas após oficializados no cartório. A noite começou a aparecer, o sol se despedindo, o som dos grilos do lado de fora criava um clima suave para os assassinos até ouvirem o som do motor do carro em seu jardim, ansiosos os dois levantam desesperados do sofá e caminham até a janela que oferecia uma boa visão do gramado, eles reconheceram o dono do veículo de imediato. Billy e Stuart se entreolham e trocam sorrisos, caminhando juntos até a porta mas se dividem, Stuart sobe pela a escada para o andar de cima, Billy continua até a entrada para receber a vítima, o primeiro assassino e manipulador líder, abre a porta e muda a sua expressão, um olhar ingênuo e um leve sorriso tímido.
- Cordelia. – Chamou o manipulador. – É tão bom ver você aqui, pensei que não te veríamos tão cedo outra vez. – Mentiu e abre espaço para ela passar na porta.
A mulher parecia gostar da atenção e assente, passando pela a porta e corando seu rosto com o olhar do homem encantador sobre ela. Billy guia a corretora até a sala, ela senta no sofá e o assassino ao seu lado, um pouco mais próximo do que devia, Cordelia parece notar a aproximação mas não recua.
- Eu vim trazer os papéis do contrato assinados e registrados no cartório. Desculpe, o seu nome é..? Falei apenas com as meninas mais cedo. – Perguntou a corretora.
- Brian Ulrich. – Mente Billy. – Nossas irmãs são bem independentes. – Mente novamente.
- Irmãs? Pensei que fossem casais, elas pareciam bem incomodadas com a minha presença perto de você e o outro rapaz alto. – Cordelia se interessa pela a conversa, colocando a pasta no estofado. – Onde está o outro? Lembro que apenas as suas irmãs foram comigo. – Ela questiona.
- Matthew está dormindo, foi uma longa viagem. – Mentira.
A televisão de tubo liga sozinha, fazendo Cordelia dar um pequeno pulo no sofá de susto, mas Billy não se importou, pelo contrário, ele escondia um sorriso no canto dos lábios com a prévia de medo da corretora. Começa a passar um filme de terror no canal, Halloween, o manipulador toca no ombro da mulher que acaba piscando os olhos com mais um pequeno susto.
- Gosta de filmes de terror?. – Pergunta Billy e aponta para a televisão, ela assente. – Qual é o seu filme de terror preferido?. – A voz dele se torna mais rouca e sombria com a pergunta.
- Carrie a estranha. – Ela responde e levanta do sofá um pouco encolhida. – Eu preciso ir. – Cordelia avisa e caminha em direção a entrada, ela abre a porta e é surpreendida com um golpe de faca em seu abdômen.
A corretora encarava a faca cravada em seu abdômen e ergue o rosto para olhar o seu agressor que mantinha uma expressão de excitação em seu rosto, o sorriso largo provava.
- Estava procurando por mim?. – Perguntou Stuart que começa a rir com o sofrimento da mulher.
Cordelia se afasta do homem que não se esforça em perseguir ela, caminha com dificuldade e com as mãos segurando a faca apunhalada em seu abdômen, ela se esforça para se aproximar de Billy e pedir ajuda do desconhecido. Unindo o pouco de força que lhe restava pelo o desejo de viver, endireitou sua postura e apoia a sua mão no ombro de Billy, os olhos da mulher fraca se enchem de lágrimas quando nota a expressão do homem mudar de inocência para olhos sombrios, um sorriso assustador revelador, Billy segura com sua mão direita a faca no abdômen, arrancando para si e novamente apunhalando na mulher que não conseguia mais gritar, saindo apenas sangue escorrendo de sua boca. A mulher fraca quase inconsciente pela a quantidade sangue perdido, sente as suas pernas fraquejarem e cair no chão, engasgando e se afogando um pouco com o próprio sangue em sua boca. Billy e Stuart gargalhavam com a mulher lutando por sua vida.
- Cadê o seu lindo sorriso, Cordelia? Você adora sorrir. – Pergunta Billy.
- Acho que devemos ajudar ela, Billy. – Sugere Stuar entre risos.
  Os dois se entreolham trocando sorrisos maliciosos, Stuart segura a faca que estava novamente no abdômen de Cordelia, pegando para si e passa a mão esquerda sobre a lâmina, limpando o excesso de sangue na faca pelo os golpes na corretora.
- Me dá a faca. – Manda Billy.
Sem questionar, Stuart entrega a faca para o parceiro, o "Matthew" inquieta sentia seus dedos tremerem como um tic de excitação, a sensação de ter uma vida em suas mãos e agora uma quase morte.
Billy se agacha próximo a mulher caída no chão, ele segura com a sua mão direita o maxilar da corretora, ela sussurra tão baixo que ele quase não consegue ouvir o que pronuncia em sussurro. "Por favor..".
- Não se preocupe, eu vou te devolver o seu sorriso. – Billy responde e pressiona a lâmina da faca no rosto de Cordelia, fazendo um corte grande de uma ponta a outra de seu rosto, passando pelo o meio da boca dela, os lábios dela não conseguiam mais se manterem fechados pelo o tamanho do corte.
- Seu sorriso está lindo, corretora. – Zomba Stuart entre gargalhadas.
As pupilas da corretora trocavam o foco de Billy e Stuart, como se tivesse tentando memorizar os olhos dos criminosos até pararem completamente assim como o seu coração que parou de bater. Billy se posiciona em pé, os dois assassinos encaravam fixamente o corpo sem vida em seus pés, admirando o ato que cometeram. Os dois suspiram ao lembrar que teriam que limpar o cenário de terror. Billy se agacha novamente e pega a chave do carro no bolso de Cordelia, entregando para Stuart.
- Agora temos um carro. – "Brian" afirma animado.
Stuart se agacha e pega o corpo da mulher, jogando sobre os seus ombros com facilidade, ele caminha para fora da casa, dando a volta na propriedade e caminha pelo o jardim, revelando uma cova recém escavada, era o que ele estava fazendo do lado de fora, tinha aberto uma pequena cova para a vítima deles. Stuart joga o corpo da mulher, dobrando um pouco para caber, não teve muito tempo de cavar um buraco muito fundo, após encaixar o corpo de uma forma que pudesse cobrir, ele começa a repor a areia que retirou com uma pá, cobrindo a cova, após concluir o pequeno enterro, ele segue até o carro da corretora, abre a porta e adentra no veículo, o perfume dela quase o intoxicava com aroma tão doce, o motorista usa a chave para ligar o carro e dirigir em direção para dentro do campo, até ficar em uma distância que não poderia ser percebido sem um binóculo. Logo que desce do carro, Stuart se arrepende de não ter pego uma lanterna, o seu caminho agora a pé até a casa seria difícil no escuro. Billy no interior da casa, limpava com água sanitária e esfregão o sangue espalhado pela a sala, essa era a parte difícil de um assassinato para os dois, cobrirem os seus rastros, "Brian" caminha até a cozinha para limpar a faca e esconder quando escuta o barulho da porta sendo aberta, seguindo de risadas altas.
- Billy? Stuart?. – Chamou Lucy.
Billy ainda estava com as roupas sujas de sangue, ele rapidamente tira as peças de roupas e as enrola nas mãos, embrulhando. Vira-se rapidamente quando encontra as duas garotas baixa o encarando com expressões confusas.
- Eu estava limpando a casa. – Mentiu.
- Sem roupas?. – Perguntou Lucy.
- Eu manchei, vou ir limpar. – Billy respondeu e passa pela as duas, seguindo até a sala e sobe a escada, entra no banheiro e se tranca.
- E o Stuart?. – Pergunta Ane.
- Estou bem aqui. – Responde Stuart também sem roupas, mas ele estava do lado de fora da casa.
As garotas continuam com expressões agora ainda mais confusas com a cena dos dois, apenas de cuecas com comportamentos estranhos, mas havia algo incomodando ainda mais, o cheiro forte de produto de limpeza.
- Que cheiro é esse?. – Pergunta Lucy.
Um barulho alto de gases ganha a atenção das garotas, assim como o cheiro de ovo podre. Stuart começa a rir e põe a mão sobre a boca como uma criança travessa.
- Desculpe. – Pede entre risos.
- Que nojo. – Resmungou Lucy. – Você vai usar o vaso sanitário e depois o casal põe uma roupa, trouxemos pizza, devem estar com fome após o sexo. – Zombou a jovem.
Ane fazia beiço só de imaginar não ser ela tendo relações sexuais com o Stuart, seria pior ter perdido ele para a Cordelia ou para Billy? As duas garotas começam a guardar os alimentos que compraram, arrumando a mesa para o jantar, sem nenhuma ideia do que aconteceu alguns minutos atrás. O dia delas foi exaustivo para resolverem tudo para oficializar a nova vida delas na cidade, enquanto Billy e Stuart começavam o novo início de assassinatos na nova cidade.
- Olha, a Cordelia deve ter passado e deixado o contrato. – Ane comenta erguendo a pasta que estava sobre a mesa.
A corretora havia passado pela a casa, deixando o contrato e a sua vida para trás.

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