Scream Mirror

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Um ser humano pode correr 64,5 km/h por sua vida ou pela a vida de alguém importante, sentia meus pulmões doerem, cada parte do meu corpo está gritando por socorro, uma pausa, mas meus pés obedeciam o meu coração que os proibia de parar, não estava correndo por ser suspeita de assassinatos ou cúmplice, estava correndo pelo o assassino, também não estava correndo dele, estou correndo até ele.
- Paradas!. - Gritou Sidney nos encurralando dentro de uma sala de aula. - Virem!. - Mandou.
Eu e minha amiga viramos de frente para a Sidney que nos apontava uma arma, ela sai pela a porta e a tranca atrás de si com a chave pelo o lado de fora. Levanto apressada e tento chutar a porta diversas vezes, pegava impulso e batia meu corpo contra a porta inutilmente.
- Lucy, para, você está se machucando. - Ane pede. - Vamos sair de outro jeito, na verdade.. - Ela diz e olha para o troféu de metal do professor em cima da mesa. - Use a sua força com isso para quebrar a maçaneta. - Pede.
Apanho o troféu e retorno até a porta, começo a bater de cima para baixo na maçaneta que começa a afrouxar mas não o suficiente.
- Pensa na Sidney transando com o Billy. - Provoca Ane quando finalizo o último golpe com o troféu quebrando a maçaneta. - Caramba.. - Murmurou.
Abro a porta e saímos da sala, enquanto caminhávamos pelo o corredor, somos puxadas para dentro de um armário.
- Pega o troféu!. - Exclama Ane.
- Que troféu? Sou eu. - Fala Stuart retirando a máscara. - Vocês deveriam sair, estão liberadas do nosso trato, vamos inocentar vocês. - Ele pede.
- ⁠Não vamos deixar vocês aqui, xuxu. - Responde Ane. - Vamos encontrar o Billy e vamos embora daqui. - Conclui.
BANG-BANG-BANG Três disparos ecoam pelo o corredor, arregalo os olhos e viro-me para sair, mas Stuart me segura com sua mão direita em minha boca.
- Shh.. - Pede silêncio. - Billy não estaria tão em silêncio assim se fosse atingido. - Ele comenta.
Permanecemos os três em silêncio dentro do armário, podíamos escutar passos cuidadosos do lado de fora, Sidney deveria estar armando alguma emboscada para atrair Billy e Stuart para o seu fim.
- Billy.. estou vendo que fizeram amigos novos, vão matar eles como fizeram com os antigos também?. - Provoca Sidney.
As luzes da escola apagam, afasto a mão de Stuart de minha boca e ponho na boca de Ane.
- Cobre a dela que tem medo do escuro. - Conto.
Entreolhamos os três e decidimos apenas com os olhares que deveríamos aproveitar o oportunidade do apagão e sair de dentro do armário. Abro a porta devagar e começo a caminhar lentamente sendo seguida pelo os dois atrás de mim, seguíamos em direção ao final do corredor até que as luzes acendem. Viramos rapidamente e Sidney aponta a arma para Stuart, ela aperta o gatilho mas faltava munição pelo os disparos de distração anteriormente.
- Lucy! Ane! Não façam isso, eu já estive no lugar de vocês, mas eles são assassinos que estão manipulando vocês. - Sidney tenta nos convencer do contrário da fuga.
- ⁠- Um assassino que você adorou abrir as pernas, Sid. - Responde Billy caminhando pelo o corredor.
Sidney muda a expressão de nervosa para apavorada, ela não consegue virar de costas para encarar o seu ex namorado, ele parece se divertir com o pavor da garota e se aproxima com um sorriso enorme em seu rosto.
- Sentiu saudades, Sid?. - Perguntou.
Desvio o meu olhar para a Judy logo atrás dele, apontando a arma em sua direção.
- Você está certa, Sidney, somos parecidas. - Falo abaixando o olhar, me agacho no chão triste. - Mas não sou eu que está sendo manipulada. - Afirmo erguendo o rosto e retiro a minha arma de dentro da baía da calça, aponto para Judy e disparo um tiro em sua cabeça.
- Bem vindos ao ato três. - Falo.
Me posiciono em pé e aponto a arma na direção de Sidney e Billy, Stuart da um pulo para trás se afastando de Ane que se posiciona ao meu lado.
- Porque..?. - Perguntou Sidney com lágrimas escorrendo pelo o seu rosto, era claro pela a primeira vez as expressões em seu rosto, desespero e surpresa.
- Não consegue pensar em nada? Você pesquisou a nossa vida. - Respondo arqueando uma sobrancelha e forço um sorriso. - Ane, quer explicar?. - Pergunto.
Ane vira-se para trás e manda um beijo no ar para Stuart, a pequena vira-se novamente e encara Sidney.
- Nós gostamos. - Ane começa. - Lucy sempre gostou do prazer de quase perder a sua vida nas mãos de alguém, enquanto eu estava ansiosa para experimentar, Billy e Stuart apareceram na casa da Lucy por coincidência e foi fácil nos fazermos de ingênuas que seguiriam dois assassinos. - Minha amiga finaliza começando a rir. - Mas tem suas vantagens. - Comentou e pisca para Stuart.
Billy me encarava com um olhar inexplicável, mas com certeza não era medo, nem mesmo surpresa, uma incógnita.
- Vocês os trouxeram para cá propósito.. - Sidney diz começando a perceber a nossa intenção.
- Uma escapada "sem querer" de informação que o Randy chegou na cidade, comentar "sem intenção" que o Xander é um nojento, não fazem ideia do que Stevo passou com aquele pai, "esquecer" o contrato no carro de Cordelia para que ela nos entregue em casa, Billy não é o único que sabe manipular. - Conto orgulhosa. - Só precisávamos que não fossem as nossas digitais nos corpos. - Explico.
- Mas o professor Eddie e Dewey foram ideias dos dois. - Defende Ane.
- Vocês são malucas.. são iguais a eles.. – Murmura Sidney com lágrimas nos olhos.
Eu e minha amiga nos entreolhamos e jogamos o cabelo para ao lado, balançando fazendo charme com os elogios de nossa atuação. Desvio o olhar para o Billy e aponto a arma em sua direção. Billy me encarava fixamente, seus olhos estão como uma grande incógnita para mim, não expressavam medo ou surpresa.
- O que faz parado ai?. – Questiono.
Billy aproximou-se com o olhar o seu misterioso parando em minha frente, ele ergue a sua mão direita e acerta um tapa em meu rosto, logo segura o meu maxilar e vira novamente para si o meu rosto, juntando nossos lábios em um selinho demorado.
- Boa garota. – Elogiou-me como uma cadela.
Caminhamos os quatros pelo o corredor em direção a entrada da escola, paramos em frente a porta e viro levemente o rosto para trás, Sidney havia fugido com provável ajuda de Gale Wheaters, as duas que sempre sobrevivem, mas não teriam como ir longe em pouco tempo, ainda nos escutariam.
- Gale. – Chamo. – Estou ansiosa para o seu próximo livro. – Confesso. – Um final alternativo para Os Assassinatos de Woodsboro. – Sugiro.
Foco a atenção agora a minha frente, seguimos caminhando para fora da escola, logo indo até o meu carro, entro no automóvel e sento no banco do motorista, Billy senta ao meu lado no banco passageiro, Ane e Stuart sentam no banco passageiro traseiro. Acelero o veículo e começo a dirigir, espiando pelo o retrovisor a cidade que deixamos para trás.
- Para onde vamos agora?. – Perguntou Ane.
- Para casa. – Respondo surpreendendo aos três passageiros. – Vocês não os únicos que sabem fazer amigos. – Falo e ligo o rádio que anunciava notícias urgentes de ultima horas, fotografias enviadas para todos os programas de televisão de Sidney Prescott perseguindo duas estudantes do ensino médio, testemunhos de alunos confirmando que ela é uma lunática perseguidora de Billy e Stuart. – Não seremos nós que vamos precisar usar máscaras para cobrir os rostos. – Sugiro começando a rir.
As pessoas costumam criar teorias para julgamentos próprios para outras pessoas, tentando compreender o caráter do próximo, talvez por tentarmos entender tanto o que se passa na mente do terceiro que conseguimos a absorver os pensamentos dos outros, começamos a compreender e justificar os erros, uma auto manipulação, ou, alguns de nós apenas nascemos com um prazer diferente, o prazer pela a morte e pelo os Ghostface de Woodsboro.

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