- Estamos perdidos. – Reclama Stuart.
- Stuart, não estamos perdidos porque não temos uma opção de escolha de nova cidade. – Respondo sem paciência.
Estava quase parando o carro para cometer o primeiro assassinato quando minha amiga começa a vibrar, pulando no banco passageiro ao meu lado, sinalizando uma grande placa de madeira no meio de um campo.
- Napa Valley?. – Leio em voz alta.
Viro o volante dando entrada com o carro em uma pequena entrada de rua sem asfalto, apenas areia e ao redor a visão do campo. Nunca pensei que veria tanto verde assim ou que encontraria civilização nessa cidade, continuo dirigindo por mais alguns minutos até encontrar o centro do lugar, os estabelecimentos coloridos, até os postes de luz são coloridos, havia muitas arvores floridas e cheias de vida em cada área que passávamos, as pessoas nos encaravam enquanto passávamos de carro.
- Vamos continuar dando voltas?. – Pergunta Stuart.
Ane se inclina no banco e apanha rapidamente a faca, garrafas, qualquer objeto que eu pudesse usar como arma para agredir o seu preferido. Estaciono o carro em frente uma cafeteria "Tatum", desço do veículo e viro-me para os dois no banco de trás.
- Fiquem aí e coloquem os óculos. – Digo e entrego ao Billy os óculos dele que antes estava usando.
Caminho com minha amiga em direção a cafeteria, logo na entrada havia um cartaz pendurado em um poste, um anuncio de uma casa para alugar com preço baixo, normalmente esses descontos é quando estão desesperados ou porque a casa tem uma imagem ruim após um assassinato no local, mas já estamos com dois assassinos no carro. Retiro o cartaz e dobro guardando no bolso, não havia percebido que Ane tinha entrado no estabelecimento até ela voltar com quatro croissant. Retornamos até o carro e entramos no veículo, Ane entrega os salgados mas segura o meu, dirijo até uma placa com um mapa da cidade e suas ruas, me inclino e abro o porta luvas, pego meu caderno e uma caneta começando a anotar o caminho até a casa no folheto, Ane aproximava o salgado até minha boca para eu dar mordidas enquanto traçava um pequeno mapa.
- Os passageiros estão confortáveis?. – Pergunto em deboche por estarem apenas parados esperando que fizemos algo enquanto eles comem.
- Poderia estar melhor. – Responde Stuart.
Ligo o carro e acelero, mas logo freio sem sair do lugar, fazendo os dois se inclinarem pra frente e o Stuart sendo estapeado pelo seu próprio croissant.
- Desculpa, foi por querer. – Zombo.
Acelero o carro novamente, agora dirigindo em direção a casa do cartaz. Vinte minutos depois e ainda estava dirigindo, não havia mais casas por ali, o lugar poderia ser um cenário perfeito para um filme de terror, aproximando da casa as cercas com galhos de árvores pontudos começam a crescer a quantidade ao redor, um pouco distante podemos enxergar finalmente a casa de tijolos, era notável que a propriedade é antiga e excêntrica, a família Addams devia morar ali. Estaciono o carro no gramado, descemos do veículo todos os passageiros, uma mulher que parecia ser a corretora estava se despedindo de um casal que pela a sua expressão não haviam gostado da casa. Caminhamos até a corretora, ela é linda, vestia uma saia marrom de couro com uma pequena fenda na lateral, uma blusa social branca com a gola aberta, as mangas arremangadas para cima, um coleto da mesma cor e tecido da saia, uma meia calça preta fina que realçava suas pernas, sapatos pretos boneca, o seu cabelo está solto bem escovado, o sol refletia nos seus fios castanhos. Ela expressa um sorriso enorme quando nota a nossa presença, o sorriso é retribuído por Billy e Stuart que pareciam gostar da visão a sua frente da beleza bronzeada segurando uma pasta.
- Olá! Meu nome é Cordelia, vieram ver a casa?. – Perguntou sorridente.
- É uma bela casa. – Elogia Stuart em duplo sentido. Ane puxa o croissant de sua mão que havia lhe comprado antes.
- Por favor, entrem. – Convida dando espaço para passarmos na porta.
- Damas na frente. – Responde Billy e sorri. SORRINDO?
Reviro os olhos e passo na frente dele, empurro ele com o meu ombro fazendo ele cambalear e batendo com seu corpo na parede. Caminho com Ane ao meu lado seguindo a corretora dotada de beleza, deixando a dupla de idiotas no final da fila. A casa é antiga, alguns tijolos estavam gastos com o tempo, felizmente haviam móveis antigos de madeira, tapeçarias feitas à mão, o lugar inteiro deveria ter milhões de anos, uma verdadeira relíquia. Há casa é bem espaço, dois andares, a escada de madeira rangia quando pisávamos nos degraus fazendo-me sorrir, os dois quartos presenteados com uma janela espaçosa com uma bela visão do campo, todos os acolchoados e cortinas em cores de areia, uma simplicidade extraordinária.
- É lindo.. – Elogio encantada sem conseguir focar o olhar em apenas uma parte da casa.
- Vamos ficar!. – Afirma Ane animada.
- Espera. – Peço e balanço a cabeça negativamente. – Aceita qualquer valor de entrada e o restante parcelamos com contra cheques? Somos novos na cidade. – Pergunto.
- É claro, sou aberta a qualquer proposta. – Cordelia responde e empurro Billy para fora do quarto quando entra animado ao ouvir a resposta da corretora. – Novos moradores? Vocês já tem um emprego por aqui? Minha irmã precisa de uma babá, ela e o meu cunhado tem um programa fixo de saírem juntos nos finais de semana e precisam de alguém para ficar com o meu sobrinho. Durante os dias de semana também na verdade, eles estão abrindo uma confeitaria na cidade, Tatum, precisam de uma garçonete, posso indicar vocês. – Sugere gentil.
- Você seria a nossa salvadora. – Respondemos juntas.
- Vocês estão com tempo? Posso levar vocês até a confeitaria e apresenta-los, já podemos assinar os papeis do contrato da casa. – Perguntou prestativa.
- É claro, precisamos ir até a cidade pedir transferência de escola, seria perfeito. – Respondo.
Abro a porta do quarto e arqueio a sobrancelha ao ver Billy e Stuart na porta. Reviro os olhos e empurro os dois. Ane e Cordelia descem acompanhadas de Stuart, antes que eu pudesse seguir, Billy segura em meu braço com firmeza e me puxa para trás, pressionando meu corpo na parede, a sua mão esquerda desliza pelo o meu corpo enquanto mantém a direita segurando o meu braço, seus olhos fixos aos meus, indecifráveis. Engulo em seco sem conseguir esboçar alguma reação, fecho os olhos e viro o rosto para ao lado, posso sentir o seu rosto se aproximar e sua respiração quente em meu pescoço, a sua mão esquerda percorre a lateral de meu peito, cintura e parando no quadril.
- Não precisa ter ciúmes, você ainda é minha vitima preferida. – Billy diz em meu ouvido, me causando arrepios.
Ele se afasta e desce a escada, novamente me provocando e agindo naturalmente. Acerto alguns tapas em meu rosto tentando me despertar daquela hipnose e desço a escada, nesse exato momento vejo Billy conversando com Cordelia na porta, enquanto Stuart estava atrás de Ane que conversava ao telefone com os seus pais, o mais velho mantinha as mãos em suas costas, provavelmente querendo fazer uma surpresa para ela. Sigo até a porta para acompanhar com a corretora até a cidade, alguns minutos depois minha amiga se aproxima com uma faca antiga nas mãos, dizendo que Stuart encontrou e deu de presente para ela, seria uma faca que ele segurava atrás dela enquanto estava distraída?
A confeitaria Tatum parecia ainda mais aconchegante no interior do estabelecimento, os detalhes das mesas cor de rosa, tolhas em tom de amarelo pastel, as paredes de madeira envernizadas com luminárias penduradas em formatos de lampião, a cada mesa havia um jarro com flores, o local cheirava a doce, perfeito para minha amiga trabalhar. Cordelia se aproxima da mesa que estamos com sua irmã e seu cunhado. A mulher é tão bonita quanto a irmã mas com traços diferentes, a dona da confeitaria vestia uma blusa rosa com um casaco na mesma cor que realçava seus fios loiros na altura dos ombros e embaixo uma calça jeans clara de cós baixo, mas como a irmã haviam olhos verdes claros. O esposo vestia um moletom cinza escuro e uma calça jeans escura, seu cabelo castanho escuro com excesso de gel e olhos escuros, os olhos deles são sombrios como os de Billy, mas ao contrário do assassino, o jeito que ele me olha me causa desconforto.
- Buffy, essas são Lucy e Ane, as novas proprietárias da casa do campo. – Cordelia nos apresenta com um belo sorriso. – Meninas, essa é minha irmã Buffy e seu marido Xander. É sobre eles que contei para vocês. – Insinua.
- Olá. – Respondo sorrindo singela. – É um prazer conhecer vocês. – Afirmo.
- Com certeza, eu amei a sua confeitaria, é tão linda. – Ane elogia sincera olhando ao redor encantada, notada pela a dona.
- Temos uma vaga de garçonete, seria de muito bom gosto alguém tão apaixonada quanto eu para me ajudar. – Buffy sugere. – Se quiser fazer um teste, pode começar segunda. – Convida.
- Eu vou amar. – Ane responde animada. – Estarei aqui ansiosa. – Afirma.
- Maninha, exatamente para isso que trouxe elas, estão procurando emprego e Lucy me contou que era babá. – Cordelia conta animada, empenhada em nos ajudar, é difícil sentir raiva dela pelo os dois idiotas.
- Você pode segunda? Vamos estar ocupados aqui na confeitaria e não tenho ninguém para cuidar do meu filho Stevo. – Pergunta Buffy, rapidamente assenti concordando.
- Eu posso sim. Obrigada pela a oportunidade. – Agradeço.
- Eu que agradeço a disposição de vocês. – Responde Buffy, as irmãs parecem ser boas pessoas, mas o marido Xander, ele mantinha uma expressão séria e fixa em mim.
Cordelia abre a pasta e nos mostra o contrato da compra da casa, abro a minha bolsa e pego um envelope com uma quantia em dinheiro para dar de entrada na casa. Leio o contrato com atenção e após conferir que está tudo correto, assino e Ane faz o mesmo, aperto a mão da corretora que nos entrega as chaves. Levantamos e nos despedimos, seguindo em direção ao novo ponto: Escola. Entramos no meu carro e dirijo até a escola próxima da confeitaria, "Napa Valley School", a escola é toda pintada na cor branca, poderia ser facilmente confundida com um hospício, alguns alunos ainda estão sentados no gramado ao redor da escola. Descemos do carro e os olhares são todos direcionados para nós duas, provavelmente todos se conheciam e seriamos "carne fresca", caminhamos pelo os corredores procurando a sala de direção, algumas luzes piscavam, as portas da salas são todas de metal realmente aparentando ser um hospício e não uma escola. No final do corredor havia uma placa de metal pendurada em uma porta "Sala do diretor", batemos na porta antes de entrar, um homem de meia idade com os cabelos em degrade de loiro e grisalho está sentado em uma cadeira estofada de couro.
- Boa tarde, meu nome é Anthony Head, como posso ajuda-las?. – Perguntou o diretor.
- Oi.. meu nome é Lucy, queremos nos matricular. – Respondo.
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Scream Mirror
Hayran KurguE se mudássemos apenas alguns segundos no massacre na casa da familia Macher em Woodsboro? O final de Billy Loomis e Stuart Macher ainda seria a morte por Sidney?