Em questão de segundos Cadu saiu com a toalha enrolada na cintura. Tossiu um riso bêbado.
— Olha você ai, sempre cuidado de mim, né?
— É, por que não vestiu a roupa que coloquei em cima da tampa do vaso sanitário? — disse José num tom paciente
— Roupa onde? — disse Cadu andando e rindo pelo corredor.
José se irritou entrou dentro do banheiro pegou as roupas dobradas, e observou as roupas que tirou de Cadu, mais precisamente sua calça no chão, não quis investigar pois no fundo ele já sentia algo muito estranho. Se guiou atrás de Cadu que caminhou em passos tortos e sinuosos até seu quarto e ao chegar se jogou na cama, nem havia se secado direto, estava ensopado de água a própria cama. José se deu conta que não pegou uma cueca para Cadu, Cadu usava cuecas, já José preferia calções de banho ou viver sem. Olhou ao canto e viu que Cadu ainda não havia esvaziado totalmente as bolsas, vasculhou a mesma e encontrou um calção seu que havia sumido há semanas. Analisou o mesmo, era realmente o calção de José, e o pior estava um tanto sujo, José mesmo quem sujou durante uma noite de sono pesada na qual teve algum sonho que o manteve excitado por um longo tempo fazendo seu pênis babar, tirou o calção molhado de sêmen e suor de madrugada e o jogou no chão dormindo nu e no outro dia o calção sumiu, pensou que seu pai tivesse colocado para lavar mas não, acabara de descobrir que estava com Cadu. Notou novamente uma excitação descontrolada em imaginar o que Cadu fez com aquele calção, cheirou talvez? Usou? Decidiu ignorar e pegar uma cueca ao irmão.
— Vista isso. — jogou no garoto risonho e bêbado.
Se vestiu rápido enquanto José fingia olhar os objetos da estante sem muito interesse para não ser invasivo vendo o irmão nu.
Embora estivesse curioso pois nunca mais havia visto seu irmão nu depois de grande, ele não podia fazer aquilo, não com ele naquele estado.
Cadu se jogou na cama de novo, José pegou a toalha molhada do chão.— Cadu, coloque a roupa está frio.
— Não quero..
— Ao menos se cubra então...
Jogou o cobertor em cima de Cadu que já estava de olhos fechados, certamente seu mundo estava girando em uma velocidade descomunal.
— Ei não vai antes de me dar um beijo de boa noite — brincou Cadu.
— Cadu, vá dormir e amanhã a gente vai ter uma conversa sobre tudo isso, ok?
— Diga para para mim então — abriu um dos olhos — Diga que não vai embora. Não quero ficar sem você... Você é incrível José Albuquerque, queria ser tão bom quanto você.
— Você só diz essas coisas quando está bêbado.
— É duro admitir. Mas amo você. — resmungou
Cadu se virou se embalando na coberta e adormeceu, José saiu do quarto e disse baixinho quase que para si mesmo.
— Também o amo.
Jose não hesitou sua cabeça estava fritando e mudou de ideia rapidamente, foi até o banheiro e pegou a calça do Cadu, vasculhou todos os bolsos temendo o pior e não achou nada, apenas a carteira de Cadu, segurou a carteira e jogou a calça no cesto para lavar de modo aliviado - nada de drogas. Ao sair do banheiro fechamdo a porta algo escapou da carteira, um pacotinho vazio e transparente que flutuou no ar caindo no chão, ainda era possível ver restos de um pó branco dentro da embalagem de plástico. José respirou fundo ao pegar o mesmo, olhou para o teto inclinando a cabeça totalmente irritado. De novo não...
O sol havia nascido no horizonte verde, acordar aqui era como acordar no céu, tudo tranquilo, eram seis da manhã, José tomou o leite quente na caneca de alumínio, mal dormiu noite passada ao flagrante que fez, quem procura acha, e ele achou. Estava com os cabelos molhados do banho, uma camisa ralé xadrez. Ele gostava muito do sitio, por ele moraria aqui sem pensar duas vezes, pensou que ao invés de ir embora podia apenas se mudar para essa casa afinal já era praticamente sua, mas sabia que isso não o afastaria Cadu de fato. Pegou seu chapéu de cowboy, as galochas na porta, desabotoou um pouco a camisa na região do tórax, se dirigiu até o estábulo colando sua caneca já vazia em cima de um suporte de madeira.
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Amor Azul Centáurea
Roman d'amourAlerta de gatilhos história para +18 Suas pernas encaixaram-se em minha cintura e eu estava muito apressado, eu queria muito explorar o seu corpo, mas também queria muito tirar o atraso de algo que queríamos e nunca tivemos, eu queria comer ele ali...