Houve um leve trovejar no céu e levantei a cabeça, ele riu dando tapinhas em meu rosto sujo de terra, o sol ainda brilhava, mas estava sendo ofuscado pela chegada das nuvens escuras, deitei de volta entre seu pescoço e o abracei, seu corpo junto do meu naquele montante de terra, éramos como dois animais esponjando-se à natureza, eu estava sentindo o ambiente de olhos fechados, em cima do Cadu.
Então escutei Cadu rir do nada, ele estava rindo sim uma leve gargalhada.— Do que está rindo, foi tão ruim assim?
— Não — disse ele em minha orelha — Foi inusitado, eu... merda, nunca pensei que fosse assim. Então era isso? Tipo todo esse tempo era apenas isso?
— Como assim, apenas isso? — ergui a cabeça novamente, e novamente ele olhando em meus olhos passou a mão na lateral do meu rosto batendo a terra.
Ele riu, e me mordeu sutilmente após me limpar.
— Eu achava que seria como cometer o maior pecado do mundo, que o mundo meio que acabaria, seríamos arrebatados na mesma hora, mas... eu não senti isso, não me sinto tão arrependido quanto eu imaginava, não é?
Eu fiz um bico dobrando o lábio inferior o olhando e dei de ombro ele riu segurando meu rosto.
— Nunca pensei nisso Cadu — disse eu sendo sincero. — Eu só tinha medo de gostar... e bom... sabe como é quando gostamos de algo, sempre queremos de novo, e de novo, acho que eu tinha medo de me viciar, não ter controle sobre o sentimento, só isso...
— E não gostou?
— Eu me apaixonei — falei baixinho e lhe roubei um beijo
— Espera só até ser minha vez de te comer.
Eu ri.
— Não, nem vem de graça.
— O quê não pode?
— Não, eu até topo suave cê me comer e tal, mas não vem querer na brutalidade. Sou virgem — falei rindo sem parar.
Ele caiu na gargalhada e eu também.
— Nah, brutalidade combina mais com você, não comigo. Mas... essa sua bunda é muito bonita, seria horrível passar uma vida e não tê-la para mim.
Cadu gargalhou e deu um tapa nela.
— Está falando sério? Vai deixar eu te comer? — disse Cadu
— Por que não? Mas se tu contar para alguém eu nego tudo até o final.
Ele riu mais ainda e me deu um tapa no ombro.
— Bobo.
— Como você imaginava que seria? — perguntei
— Sem muita terra, e que fosse no banho, ou no quarto, talvez na piscina, no carro, certamente no carro. Que seria tudo planejado na nossa primeira vez...
— Talvez seja na minha — respondi e ele riu.
— E você?
— Bom, eu... — dei um beijinho nele — Sabia que te comeria, não importa onde fosse, eu comeria você, é eu gosto da palavra comer, então eu te comeria em qualquer lugar.
Ele riu, senti o pau dele começar a subir novamente entre as pernas.
— Tô te sentindo safado — falei baixinho.
— O seu nem mole ficou, tá falando o quê?
Dei um risos ele também, a chuva começou a cair mais intensa sobre nós, girei meu corpo de cima dele para a terra molhada e já levemente grudenta, virado para cima olha só para as nuvens no céu e um novo trovejar, ele ergueu a cabeça, olhou para o meu pênis. Riu novamente, dessa vez gostei ainda mais de seu riso.
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Amor Azul Centáurea
RomansaAlerta de gatilhos história para +18 Suas pernas encaixaram-se em minha cintura e eu estava muito apressado, eu queria muito explorar o seu corpo, mas também queria muito tirar o atraso de algo que queríamos e nunca tivemos, eu queria comer ele ali...