José colocou Cadu contra a parede, segurando sua cabeça como se fosse uma bola maciça e oval.
Cadu se agitava tentando se desvencilhar do irmão mais velho, sua agitação parecia como um bicho pequeno sendo recém engaiolado, não tinha força, não conseguia afastar.— Zé que merda esta fazendo?
— O que eu devia ter feito há muito tempo — respondeu afobado.
José lascou um beijo nos lábios de Cadu, que tentou o empurrar a todo custo. Naquela cena caótica onde Cadu era espremido contra a parede do seu quarto e beijado a força não houve nenhum Tchan do universo, nada que fizesse com que Cadu correspondesse ao beijo. Então o beijo se tornou algo confuso onde somente José o beijou.
Envergonhado e constrangido pensou ter confundido sentimentos pelo seu irmão e o soltou o olhando perdendo a cor pelo seu ato escrupuloso. Cadu se encolheu contra a parede e depois correu para o mais distante dentro daquele quarto pequeno e tão único aos dois.— Sabe que não podemos. — pausa para respirar — Não de novo...
Os olhos do homem se encheram. Cadu sempre, desde pequeno foi o mais chorão. E agora em sua vida adulta isso não mudava muito.
— Então me diga que nunca sentiu nada, e deixarei você em paz.
— Isso não muda as coisas
— Diz então! — esbravejou José.
— José nós não podemos fazer isso eu sou seu irmão mais novo
Houve um silêncio.
Nenhuma resposta.
José deixou o quarto irritado. O que José poderia responder? Ambos era irmãos e José estava terrivelmente apaixonado por Cadu, e mesmo que Cadu negasse, ele sentia o mesmo, mas temia que aquilo fosse não um, senão o maior pecado do universo....
1- interlúdio.
Anastácia cuidava de José que tinha quatro anos, ele era terrivelmente agitado, escapava pelos braços, sempre aprontando coisas terríveis pela casa, parecia um pequeno furacão por onde passava, era na verdade um endemoniado e atentado, nada parava aquele pequeno projeto de capeta quando estava a solta pela casa
— Renê me ajuda aqui! — gritou ela segurando José . — AGORA RENÊ!
Perdeu a paciência. Renato cruzou a sala irritado e ajeitando seus óculos, tomou José dos braços de Anastácia que tentava falar ao telefone com alguma enfermeira, mas naqueles 40 segundos de ligação mal entendeu o que a moça ao outro lado da linha queria.
— Me perdoa, a senhora pode repetir? — perguntou olhando feio para Renato que levava o pequeno José dando piti em seus braços.
— Conhece a senhorita Isabel dos Anjos?
— Ah... Bom... Sim, há muito tempo que não nos falamos mas... Sim... Amiga de infância.
— Ela deu o seu nome aqui na recepção, disse que era a única familiar que ela tinha aqui. Perguntei a ela se havia outro familiar em outro estado, ela apenas disse de você e um tal de Rene Pacheco Albuquerque.
Anastácia estranhou o fato.
Isabel e ela haviam parado de se falar a mais de cinco anos por conta de um mal entendido.— A senhora poderia comparecer ao hospital regional de São Paulo, com o senhor Renê caso o conheça?
— Claro, aconteceu algo? Digo, algo grave?
— Não posso dar a você essa informação. Mas se puder vir o mais rápido é de extrema urgência.
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Amor Azul Centáurea
RomantizmAlerta de gatilhos história para +18 Suas pernas encaixaram-se em minha cintura e eu estava muito apressado, eu queria muito explorar o seu corpo, mas também queria muito tirar o atraso de algo que queríamos e nunca tivemos, eu queria comer ele ali...