CAPÍTULO 18

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PERIGO

   Encaro o porta do escritório da boca principal pensando nas merdas que eu falei ontem, não esqueci de absolutamente nada, e eu acho que lembrar é ainda pior.

Carlos encheu minha cabeça quando eu acordei, já não bastava está com ela quase que explodindo, eu falei merda, sei que falei, não justifica nada do que eu fiz, mas ódio me consumiu quando vi ela ali na sala, talvez se eu não tivesse visto, não teria dito nada, iria para meu quarto, ia dormir e acordar no outro dia bem, mas não, o diabo plantou ela na minha frente as 3h da madrugada.

Fui um babaca, usei de uma fraqueza dela e sei que devo ter magoado ela, quando acordei pensei em bater na porta do quarto dela para pedir desculpas, mas o orgulho me fez desistir.

Emprego, era só uma entrevista de emprego e eu fiz aquela merda toda.

Carlão: ainda pensando nas suas merdas?- pergunta entrando na sala.

Perigo: fiz merda nenhuma mão.- falo não baixando a guarda.- a mina é minha, ninguém vai tocar nela até que eu diga o contrário.- falo ríspido.

Carlão: ela não é um objeto para você chamar de seu.- meu irmão diz e eu sei que não é, mas pensar na possibilidade de outro homem toca-la me sobe um ódio do caralho.- você vai perder ela por causa do seu orgulho besta, tu tá afim da mina, assume isso porra.- fala irritado.

Perigo: não tô afim de ninguém, só não quero ninguém mexendo no que é meu, chatice do caralho.- me irrito e saio da sala.

Carlão: o cérebro de camarão, tem uma cobrança para tu fazer, não vou conseguir ir não.- grita da porta.- aproveita para descontar essa raiva aí que tu tá.- da risada.

Perigo: manda o papo.- encaro ele de cima da moto.

Carlão: playboy do asfalto, aquele que pediu uma grana, vou passar o endereço no whatsapp.- eu assinto e vou saindo com a moto do beco.

Desço a rua observando as crianças indo para escola nesse sol de 12h, calor do caralho.

Vou em direção a saída do morro e sinto meu celular vibrar. Paro na barreira pegando o aparelho e vendo que é o endereço que o Carlão me passou.

Perigo: Teko.- grito o cara que tá na barreira.

Teko: fala patrão.- Fala vindo na minha direção.

Perigo: arruma um capacete aí, vou dá um pulo no asfalto.- fala e ele assente.

Pego o capacete com ele e vou em direção as ruas movimentadas, junto de dois seguranças em uma moto apaizana.

Sigo as instruções do GPS indo até o local indicado, é maior casarão, portão grande de grades pretas, encaro o lugar olhando bem o que tem em volta, só casas bonitas.

Ainda com o capacete na cabeça vou até a campainha e pressiono.

Xxx: quem é?- pergunta uma voz feminina.

Perigo: tô procurando o Matheus, ele está?- pergunto.

Xxx: é o Joel, o amigo da faculdade?- pergunta a moça.

Perigo: sim, ele mesmo.- minto.

Xxx: pode entrar.- ouço o barulho do portão destravando.

Abro o portão e vou entrando no jardim da casa, vejo a grande porta se abrir e uma moça magra de cabelos compridos aparece no meu campo de visão

Xxx: prazer te conhecer, o Matheus estava te esperando, que bom que veio, sou a Sara.- diz simpática e eu tiro o capacete.

Perigo: prazer é todo meu.- falo simpático.

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