SALVAÇÃO

CAPÍTULO 6

PERIGO

   Acordo com o despertador e são 4:20h da manhã, vejo que o sol já está nascendo, hoje é dia de missão, pego o celular e mando mensagem para o Th e o Calão.

Áudio - tudo certo? Já estão preparados?

Vejo a notificação subir e um joinha dos dois, vou até o banheiro, tomo um banho rápido, visto uma calça preta e um casaco preto, um tênis e vou até o celular pegando e botando no bolso com zíper.

Saio de casa deixando a Camile com a doida da Lívia, a mina tem surtado direto, eu e Carlão, queríamos manda-la embora, mas a Camile insistiu que estaríamos fazendo a maior merda de nossas vidas, e jurou que ela vai conseguir ajudar a garota.

Além de tudo isso a maluca ontem veio com ideia de trabalho, segundo ela chamaram ela para trabalhar em um escritório no asfalto, não sei para que quer trabalhar, tem tudo que quer, mas como ela sempre nos dá um rodeio, ela me convenceu de que é bom ela ir.

Carlão: Tudo pronto, saímos às 5:00h, assinto vendo os homens que vão nos acompanhar.

Vamos assaltar um banco, vamos entrar assim que o banco abrir.

Descemos o morro, em três carros, cada um com quatro homens, entraremos no banco em seis e seis ao lado de fora.

Em outro carro a algumas quadras dali, o técnico de computador ficará cuidando do trânsito.

Logo estamos lá dentro, encaro o Carlão disfarçadamente e assinto, ainda só estão os funcionários, ninguém entrou.

Começo a abordagem e mando todo mundo levantar as mãos e sair de trás dos caixas, e mesas, estão todos assustados, mas obedecem, os dois seguranças da porta, tentam pegar nas suas armas, mas o Carlão já mete o fuzil na cara deles e pega as pistolas.

Th: é o seguinte.- começa a falar.- quero código de acesso de cada caixa.- fala autoritário com cada menina que está a atrás dos caixas. A primeira abriu o bico e já deu a informação, as outras logo soltaram com medo.

Ele pegou as notas que estavam ali, mas não viemos atrás somente disso.

Perigo: prossegue parceiro.- falo com o Carlão que botava uns explosivos nos caixas eletrônicos, teríamos que ser rápidos, depois dos barulhos, seria questão de minutos até os polícias chegar aqui.

O barulho foi feito, os meninos começaram a saquear os caixas, enchendo suas malas pretas.

Logo teríamos que sair.

Carlão: bora irmão.- fala e eu o encaro.

Mas por um descuido e me distraio e um disparo acaba sendo feito.

Encaro meu abdômen ferido e logo o rosto do segurança, que em questão de segundos estava no chão com um tiro disparado pelo th.

Perigo: Lais, Martina, Rebecca,Carlos, Silvana, espero que não falem nada que aconteceu aqui.- digo depois de citar o nome de alguns deles.- sei quem é cada um de vocês, onde cada um mora, qualquer pista que leve os canas até qualquer um de nós eu os caço tá o inferno.- digo sério e vejo o desespero enquanto me olham e vêem o amigo ensanguentado no chão.- tá certo? Manda um beijo para dona Cássia, martina.- saio apressado dali.

Do lado de fora tudo é um caos, os caras estão entrando no carro, olho para a direita e a polícia já está chegando.

Não dá tempo de atravessar, e com a dor que estou sentindo, chamaria bastante atenção.

Perigo: vazem.- falo indo na direção contrária dos canas, ando apressado e desesperado, entro em algumas ruas buscando me distanciar o mais rápido possível.

A dor é horrível, mas a adrenalina ainda me deixa em pé, olho alguns camelôs, do outro lado da rua e vou andando entre eles com a mão no abdômen a essa hora eu já estou sem o pano no rosto, tiro o moleton e pressiono ainda mais na ferida.

Paro em uma banca e me sento, a senhora me encara preocupada.

Xxx: tudo bem rapaz?- pergunta a senhora de cabelos crespos e grisalhos.

Perigo: tomei um tiro, tentaram me assaltar a algumas quadras daqui e eu acabei reagindo e tomei um tiro.- tiro a mão da ferida mostrando a ela.

Xxx: e por que não chamou polícia, emergência.- fala preocupada.

Perigo: sabe como é né dona...- ela me encara.

Xxx: Leda.- diz seu nome.

Perigo: dona Leda, eu sou preto, as chances de ser botado na linha de frente é grande.- ela assente.

Leda: vamos, eu te levo.- diz preocupada pegando o celular.- Antelmo, toma conta aqui até a Alicia chegar?- grita com o moço do salgado e ele assente.- venha o carro está logo ali.

Ela me leva até o carro, entro no banco da frente, a dor está forte e eu solto um gemido abafado.

Ela dirige até um hospital e me encara diversas vezes.

Perigo: tenho plano de saúde, me leva para uma emergência particular.- claro que é k.o, mas manipular médico burguês com grana é bem mais fácil que médico concursado para está em Hospital público.

Leda: chegamos.- diz depois de alguns minutos. - qual seu nome mesmo?- pergunta.

Perigo: Samuel.- falo o nome da identidade falsa que eu trouxe.

Ela entra comigo e logo me levam para dentro do lugar.

Me deitam na maca e examinam o ferimento.

Médico: um tiro.- me olha e olha para a ferida.

Perigo: é o seguinte senhor..- encaro o crachá.- Marcedo.- polícia não, tem homens meu lá fora primeiro barulho de Cirene e entram para meter bala no senhor.

Ele me olha assustado e assente.

Médico: vamos precisar operar.- diz serio, mas o olhar também tinha medo.

Perigo: preciso fazer uma ligação.- falo firme e ele assente saindo.

Aperto o contato da Camile e ela logo atende.

Camile: onde você tá? Carlão não sabe de você, tá nervoso, que porra tá acontecendo?- pergunta tudo de uma vez.

Perigo: estou no hospital, vão me operar, preciso que venha para cá e traga dinheiro.- falo e ela concorda do outro lado da linha.

Mando a localização para ela e logo o médico entra novamente, diz qual vai ser dos procedimentos e os riscos da cirurgia.

Médico: não sabemos onde a bala está alojada, vamos fazer alguns exames, para operar o mais rápido.- assinto.

Perigo: só não vão me apagar.- falo e ele me encara.- sem me fazer dormir.- digo.

Médico: não posso te operar acordado.- eu repito o que disse antes.

Perigo: resolve tu, mas dormir eu não vou.- ele assente nervoso e sai.

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