CAPÍTULO 24

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PERIGO

  Fiquei meio puto com o que ouvi, mas não posso tirar a razão dela de pensar isso de mim, não tenho interesse meu interesse não é transar com ela, eu não queria que ela tivesse saido lá de casa, ela tinha um quarto grande espaço, mas infelizmente compactuei com isso, quando entrei na kitnet ontem, achei legal bonita e aconchegante, mas ouvir ela dizer que iria dormir em um colchão no chão e que só teria uma geladeira e um fogão me deixou meio sei lá.

Ajudei ela sair da rua, botei ela em cima de uma cama, para ela voltar a dormir no chão, ela não me deixou dormir todo fodido no sofá, ela deu o jeito dela de me acomodar no quarto improvisado, ela me ajudou no banho, me alimentou por dias, só sendo muito filho da puta para ter a conta bancária recheada feito a minha deixar minha mulher dormir no chão.

Hoje quando acordei, acordei mais de boa, eram 8h da manhã quando subi na minha moto, desci o morro indo na padaria comprar pão, pão quentinho e fresco, passei também um pão doce, presunto e queijo e uma barra de chocolate, passei no sacolão e também comprei algumas frutas. Não sei a que ela gosta, mas optei por uma ao leite.

Fui até a porta da casa e bati, ela não ouvi então tentei abrir a porta que para minha surpresa estava aberta.

Botei as coisas na mesa e fui até o quarto ela não estava, ouvi barulho no banheiro então voltei para arrumar, ajeitei as frutas na fruteira que compramos ontem, botei o queijo e o presunto em uma vasilha com divisória, ajeitei os pães e fui passar o café.

Ela saiu do banheiro somente com uma toalha na cabeça e quando me viu deu um grito de susto.

Lívia: que susto perigo, porra.- põe a mão no peito e lembra que está nua e tenta se cobrir com as mãos, mano que visão, eu deveria vir aqui mais vezes sem avisar.

Perigo: trouxe café, aliás não é legal deixar a porta aberta, pode entrar estranhos.- ela me encara incrédula, se enrolando na toalha que está no cabelo.

Lívia: deu para perceber.- fala revirando olhos.- trouxe morango.- encara a mesa animada.- vou me vestir, já volto.

Perigo: pode sentar assim, não precisa se incomodar, você tá em casa.- Falo com um sorriso no rosto e ela nega batendo a mão na testa.

Lívia: vc é impressionante.- nega e sai do meu campo de visão entrando no quarto.

Ela volta em alguns minutos, o cabelo molhado e um baby Doll, com estampa do piu piu.

Me perco no corpo dela olhando dos pés a cabeça, quando chego em seu rosto, ela está me encarando negando a cabeça, essa mulher só sabe fazer não.

Lívia: vamos comer?- eu assinto com um sorriso de lado e ela senta na mesa.

Pego as duas canecas pretas e boto um pouco do café que já estava com açúcar.

Lívia: obrigada.- ela me encara comendo.- Mas tá me acostumando muito mal.- ela rir botando um pedaço do pão doce na boca.

Perigo: é involuntário.- ela me encara.- eu não consigo evitar.- ela fica sem jeito.- prometi para mim mesmo que cuidaria de você.- ela me olha e passo a mão em seu rosto.- vamos tentar fazer da certo, eu tentei negar para mim mesmo, mas é mais forte do que eu imaginava, eu tentei ficar longe, tentei evitar tudo isso, mas meu corpo te deseja, minha mente te deseja.- ela abaixa o olhar totalmente tímida.- tô todo dia no 5 contra 1, meu pau só sobe pensando em você.- ela da uma risada alta me deixando até sem jeito.

Lívia: tava muito fofo para ser verdade.- ela continua rindo.

Perigo: fofo o caralho, eu tava sendo verdadeiro, eu não sou fofo não, sou bandido porra.- ela se desaba em rir.

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