CAPITULO 28

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PERIGO

  encaro o filho da puta com a arma apontada para todos nós, qualquer que se mexesse ele disse que iria atirar.

Encaro os pontos da sala buscando uma alternativa, para que esse cuzão não atirasse em ninguém, ou que levasse minha mulher daqui.

Mouse: Bora Lívia, bora comigo.- fala apontando a arma com uma mão e chamando ela com a outra.

Lívia: não faz isso Moisés, nós nunca demos certo juntos, por que isso agora.- fala nervosa com os olhos lavados em lágrimas.

Perigo: Mouse.- tento levantar a mas a arma é apontada na minha direção.

Lívia: eu vou, eu vou.- encaro ela que parece nervosa, talvez com medo do que ele possa fazer, respiro fundo olhando ela sair com ele da sala, pego meu celular e mando um alerta para meus seguranças.

Perigo: não deixa esse filho da puta sair com minha mulher.- falo no rádio indo até a porta, as pessoas parecem assustadas, tem homens dele pela sala, as mulheres acompanhantes e até mesmo minha irmã estão com armas apontadas para elas, e agora também tem armas apontadas para a porta em que estamos.

Ouço barulho de tiro e todos olhamos assustados, algo estava muito estranho, logo seguiu de mais rajadas, os homens dele apontaram para a porta, do uma engravatada em um fazendo o mesmo desmaiar e tomo o fuzil que está na sua mão.

Rádio: Os canas, os canas.- diz baixo quando o tiro ao lado de fora se intensifica.

Encaro o Carlão que pega a Marceli e a Camile puxando ambas para o fundo do local, vou até as escadas indo para o andar de cima, entro nos quartos vendo se tem saída por alguma janela.

No último tem uma janela grande que dá de frente para a mata, encaro vendo a distância até o morrinho que deve ter uns 2 metros até a janela, se eu cair riscado quebrar uns ossos.

Ouço barulhos no interior da casa e me jogo  me prendendo a uma pequena árvore consigo me firmar e me puxar para cima, me ponho de pé e corro por mato a dentro, está escuro, não dá para enxergar muita coisa, eu acabo esbarrando em arvores a todo instante, vou descendo as ribanceiras com o intuito de chegar até a pista, não sei o tanto que estou longe, perdi completamente a noção.

O rádio já está dando interferência não ouço mais os meus homens, meu celular eu acredito que eu tenha perdido.

Continuo descendo as ribanceiras quando tropeço em algo...

LIVIA

    Saio do casarão com o Moisés me puxando pelo braço, meu corpo gela quando vejo policiais ao lado de fora.

P1: levanta a mão porra.- Fala para nós dois que estamos saindo do local, mas eu acabo levando um susto quando ouço o barulho do tiro e o mouse cair com as mãos coladas a minha, encaro o corpo no chão com um tiro na cabeça, olho para os policiais que estão procurando de onde vem o tiro.

P2: vem comigo.- pega na minha mão e me bota em uma das viaturas.- leva para a delegacia Silveira.- o rapaz assente e sai com o carro que tem outro policial no banco de trás.

Estou nervosa, não sei o que fazer, se vão me prender ou não, não tenho ideia do que pode acontecer, as meninas e os meninos lá dentro, a polícia entrando assim derrepente, meu corpo tremer dos pés a cabeça.

Fico com a cabeça baixa não quendo encarar os homens que estão ali, esperando apenas a enxurrada e julgamentos que terão na delegacia quando chegarmos lá.

Na delegacia o carro parou, o policial que estava no banco de trás me tira do carro e me carrega para o lado de dentro do batalhão, me põe em uma sala e fica em pé ao lado da cadeira em que me sentou.

Xxx: onde está a menina?- ouço uma mulher falar.

P3: está aqui.- aponta e a moça com cabelos longos e escuros me encara.

Xxx: sou a delegada Madalena torres.- diz me encarando.- qual o seu nome?- suspiro.

Lívia: Lívia guedes.- falo com medo.

Madalena Torres: isso pode ser bem rápido, podemos fazer as perguntas, você responder e talvez eu te liberar, a não ser que precise de um advogado e tenha que passar a noite aqui.- diz grossa.

Lívia: podemos fazer rápido.- ela assente.

Madalena Torres: sabe que estava em uma reunião do tráfico?- nego.- estava ali e não sabia do que se tratava.

Lívia: fui forçada a está ali.- ela me encara.

Madalena Torres: por quem?- pergunta duvidando do que eu disse.

Lívia: pelo Moisés, ou mouse.-ela franze o cenho.

P3: foi baleado assim que saiu da casa e morreu no local.- ele diz.

Lívia: nós namoramos na adolescência quando estudávamos juntos, e ele me reencontrou recentemente e queria me obrigar a ficar com ele novamente.- ela fica me encarando.

Madalena: te reencontrou em que lugar?- questiona.

Lívia: Complexo do alemão, aluguei uma casa lá por conta do aluguel mais barato, ele tentou me tirar a força do morro, o dono do morro, o perigo impediu, ele forjou um documento como se fossemos casados.- falo sabendo que os policiais poderiam achar esse documento na casa, eu mentiria em partes, mas iria tentar convence-la a me liberar com minha história triste.- ele não convenceu os grandes do tráfico e estava me tirando a força do casarão quando os policiais chegaram.- ela me encara com um semblante indescritível.

Madalena Torres: mora quanto tempo no alemão?- encaro ela.

Lívia: alguns meses, sai da casa dos meus pais por causa de brigas, arrumei um emprego no morro e uma casa para ficar.- ela assente.

Madalena Torres: entendo, esses homens acham que o título que recebem no tráfico da o direito de carregar a mulher que tiver, cada verme desse que eu tiver oportunidade de botar atrás das grades eu vou botar. - eu assinto, mesmo sabendo que nunca quero vê o perigo preso, meu coração tá aflito sem saber como ele está lá naquela casa.

Lívia: o que a senhora vai fazer comigo?- pergunto receosa.

Madalena Torres: vou libera-la, sei que não tem nada haver com isso, morar na favela não te faz traficante, eu sei como é morar em favela.- fala segurando minha mão.

Lívia: obrigada.- sorrio agradecida.

Madalena Torres: você está liberada, pode ir.- assinto.

Saio da sala dela agradecendo outra vez e dando boa noite a ela e ao polícial que estava conosco.

Saio dali pedindo um Uber apressada com medo de mudarem de ideia ou descobrirem que sou mulher do perigo.

Entro no carro indo até o morro do alemão que demorou um pouco a chegar, na esquina da barreira faço um Pix para o motorista que não avança dali.

Vou até os meninos que estão no plantão hoje procurando por um conhecido que pudesse me dá uma notícia.

2t: patroa.- me chama quando estou chegando perto das pessoas, encaro ele vendo ele chegar de moto.- estávamos todos preocupados, seu Carlão tava doido, sem saber o que tinha acontecido com você e com o patrão.- encaro ele sem entender.

Lívia: o perigo não chegou?- arregalou os olhos.

2t: não patroa...

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