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Passaram-se alguns dias e no dia seguinte era o dia da viagem. Acordei cedo para arrumar as coisas em casa e depois fazer minha mala.

Acordo e vou até o quarto de Dinho para acordá-lo também.

— BOM DIA PITCHULO — digo me jogando na cama dele.

— Ai Manuela — ele diz com uma voz sonolenta e se vira.

— Vamos querer acordar que hoje o dia vai ser corrido — digo sacudindo o menino.

— Meu Deus, tá falando igual a mamãe — ele diz reclamando e se senta na cama.

— Ó, vou descer pra fazer meu café, vem logo que eu não vou fazer nada pra você não — digo levantando de sua cama e saindo do quarto.

— Bom dia, mãe! — dou um abraço na mesma que estava sentada tomando café.

— Bom dia, querida! — ela me abraça de volta.

— O pai já foi trabalhar? — pergunto pegando um pão na mesa.

— Já sim — ela diz — Já são 10h, e vocês tem a viagem amanhã, então tratem de arrumar as coisas rápido.

— Pode deixar, já até acordei o Dinho — digo e na mesma hora ele aparece na cozinha.

— Eu o que? — Dinho pergunta entrando na cozinha.

— Não te interessa — digo e dou uma mordida no mão.

— Ignorante, tomara que morra engasgada — ele diz indo até nossa mãe.

— Que isso Alecsander? Desejando o mal da sua irmã — nossa mãe o repreende.

— É que ela já acorda virada — ele reclama.

— Pra você sim — digo e mando um beijo pra ele.

— Ala, mas não deixa de me amar, até manda beijo — ele diz rindo.

— Convencido! — digo.

— Ai gente, sem discussãozinha, tá de manhã ainda — nossa mãe diz.

— Enfim, bom dia mãe — Dinho diz e da um beijo em sua bochecha.

— Bom dia, querido — ela da um beijo na testa dele.

[...]

Eu e Dinho já havíamos tomado café e arrumado as coisas em casa. Estava prestes a começar a arrumar minhas malas quando recebi uma mensagem de Lizzy. Ela estava pedindo ajuda com as malas para a viagem e aproveitou para me convidar para tomar um café em sua casa.

— Dinho, tô indo na casa da Lizzy — digo descendo as escadas.

— Indo onde? — ele se levanta do sofá em que estava deitado assistindo tv.

— Na casa da Lizzy — respondo simples e indo em direção a porta.

— Ei ei — ele diz vindo atrás de mim — O que você vai fazer lá? — ele me pergunta e me para na porta.

— Ela me chamou pra ajudar com as malas dela, e aproveitar pra tomar um café, só isso — digo simples.

— E você vai ir como? Ela mora longe? Ou em algum locou perigoso? Ela tem irmão? — Dinho me faz uma pergunta atrás da outra.

— Meu Deus, isso é um interrogatório? — pergunto rindo.

— É sério Manuela, responde — ele diz meio preocupado.

— Vou ir de ônibus e é um pouquinho longe — respondo.

— É perigoso por lá? — ele pergunta.

O japonês dos meus sonhos - Bento Hinoto Onde histórias criam vida. Descubra agora