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— Fala Dinho, o que você quer? — pergunto me aproximando de Dinho.

— Lembra desse quintal? Ficávamos correndo ele todinho quando crianças — Dinho diz olhando ao redor.

— É claro que eu lembro — digo sorrindo — Aquele pé de manga ali, saudades de subir pra pegar manga — digo.

— Depois do almoço vamos lá — Dinho diz.

— Pra você cair de novo? — pergunto rindo.

— Ahhh Manuela, isso foi anos atrás — ele diz.

— O que foi anos atrás? — Valéria pergunta curiosa.

— Ele caiu dali de cima quando éramos crianças — digo rindo.

— Sério? — Valéria pergunta rindo.

— Sim — respondo — Por isso ele é assim, todo problemático e maluco — digo rindo.

— Hahaha engraçado — Dinho diz forçando risada.

— Mas vamos sim, depois do almoço — digo.

— AI GALERA! O ALMOÇO TÁ SAINDO HEIN! — Sérgio grita da churrasqueira.

— Amém, graças a Deus — digo levantando as mãos pro alto e indo em direção a mesa onde estava a comida.

— Tá furando fila Manu? Que feio — Bento diz entrando na minha frente.

— Porra Alberto, sai da minha frente — digo empurrando o japonês na minha frente.

— Alberto não, fala direto — ele diz se virando pra mim.

— Alberto sim, você tá furando fila — digo irritada.

— Que horror hein, tá passando fome? — ele pergunta indo pra trás de mim.

— Tô — digo irônica e colocando a comida.

— Arroz foi a Claudia que fez hein, tá uma delícia — Sérgio diz com seu prato de comida na mão.

— Uhmm, outra pra me ajudar na cozinha — digo.

— Ai eu amo cozinhar, é terapêutico — Claudia diz.

— Cuidado hein, esses meninos vão te escravizar — digo rindo e Claudia também ri.

Almoçamos no quintal, onde organizamos cadeiras e mesas. Creuzeback e os demais já haviam chegado; estávamos todos desfrutando da refeição juntos, enquanto conversávamos.

— Ai quero entrar na piscina — Dinho diz terminando de comer.

— Tem que esperar meia hora, não entra agora — digo.

— Tá parecendo a mamãe — ele diz rindo.

— Mas isso é verdade, se os mais antigos dizem, tá dizido — Samuel diz.

— Tá dito — Júlio diz corrigindo.

— Dizido é mais legal de falar — Samuel diz.

— Bora lá pegar manga então — Dinho diz.

— Bora bora — digo levantando da cadeira e Samuel, Bento e Valéria vieram atrás.

— Aprendam a subir em uma árvore — Dinho diz amostrado — Observem — ele diz subindo na árvore.

— Ai ai — digo rindo — Eu sou melhor, ó — digo subindo também.

— Que visão maravilhosa — Bento diz baixo.

— O Dinho? — Samuel pergunta rindo.

— Não porra, a Manuela — Bento responde rindo.

— Ces vão querer manga? — pergunto sentada em um galho.

O japonês dos meus sonhos - Bento Hinoto Onde histórias criam vida. Descubra agora