O japonês dos meus sonhos - Bento Hinoto

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Durante a tarde, a maioria foi para a piscina, enquanto eu permaneci do lado de fora, sentada em uma das cadeiras. Embora desejasse entrar na água, a situação em que me encontrava não me permitia fazê-lo.

— Vai entrar não, pitchula? — Bento pergunta vindo até a mim e se apoiando na borda da piscina.

— Olha, eu vou nem te responder — digo revirando os olhos — Isso é culpa sua.

— Minha? — ele pergunta colocando a mão no peito — Eu só deixei as marcas do meu amor por você — ele diz simples e com um sorrisinho no rosto.

— Ai vai se ferrar, vai — digo levantando da cadeira.

— Vai ir aonde? — ele pergunta.

— Vou ir dormir um pouco, não tem nada pra fazer — respondo entediada.

— Ir dormir 15h e pouca da tarde? — ele pergunta.

— É ué, soninho da tarde — digo e logo me viro indo em direção a chácara.

Não tinha nada pra fazer além de tirar uma soneca, todos estavam se divertindo na piscina, então entrei pra dormir.

[...]
16:30h

Enquanto dormia, ouvi batidas na porta, mas decidi ignorar e continuei deitada. De repente, senti algo subindo em cima de mim. Instantaneamente, pensei que era Bento, mas ao virar-me, percebi que era Filipe quem estava sobre mim.

— Filipe? — pergunto assustada ao perceber quem era.

— Manu, sentiu minha falta? — ele pergunta colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Sai daqui, eu vou gritar — digo nervosa e tentando sair, mas o mesmo me prende contra a cama.

— Pode gritar a vontade, ninguém vai te escutar — ele diz perto do meu rosto — Eu não disse que voltaria? Agora posso fazer o que quiser com você — ele diz enquanto levanta minha blusa.

Naquele momento, meu coração batia acelerado, as lágrimas escorriam e eu revivia cada acontecimento passado, consciente de que estava prestes a enfrentar algo semelhante mais uma vez.

Pov Bento

— Aí Japonês — Samuel diz me chamando — Sabe onde tá a Manu? — ele pergunta.

— Ela subiu pra dormir faz um tempo — respondo — Inclusive, vou ir lá acordar ela pra tomar café — digo me retirando da mesa onde os meninos estavam jogando truco.

— Fala pra ela vir logo, quero era como minha dupla no truco — Valéria diz.

— Ahh e eu não sirvo não né? — Dinho pergunta indignado.

— Falaram que ela é melhor do que você — Valéria responde rindo e logo após eu me retiro, indo em direção a chácara.

Ao chegar no quarto, vejo Manuela se remexendo na cama, parecia agoniada e com medo.

— Manu! Manu! — digo sacudindo a garota e a mesma acorda assustada.

— Bento, não deixa ele vir aqui, por favor — Manuela diz se sentando na cama em um tom de desespero.

— Ele quem? Vir aqui? Onde? — pergunto confuso.

— Ele tá aqui, não deixa ele vir aqui, por favor — ela diz chorando e logo me agarra com medo.

— Ohh minha princesa, calma — digo abraçando a garota que chorava descontroladamente — Foi só um pesadelo, calma — digo acariciando seu rosto.