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No dia seguinte, tivemos uma tarde bem cansativa. Eu consegui arrumar um trabalho de fotografia e edição de fotos, mesmo não tendo terminado o curso, mas já sabia bastante coisa, o que me ajudou a conseguir o trabalho. Bento e Júlio armaram uma barraquinha de pastel na praça e, logo no primeiro dia, venderam bastante. Samuel e Sérgio foram trabalhar em uma lanchonete, Samuel como garçom e Sérgio como entregador, já que ele tinha uma moto. Dinho arrumou trabalho como animador de festas ou mascote de lojas para atrair clientes.
Como todos conseguimos arrumar um trabalho temporário, foi um dia bem cansativo.

Já era tarde e estávamos todos na casa dos Reoli, comentando sobre nossos trabalhos.

— Porra, mais aí — Dinho diz rindo — O japonês ter vendido pastel foi genial — todos começam a rir com o comentário de Dinho.

— Tem que ter saber vender né — Bento diz rindo.

— Mas e aí, por que não aproveitamos que estamos aqui e ensaiamos? — Sérgio pergunta.

— Porra, tô cansadão — Samuel reclama.

— Mas temos que ensaiar também gente, vamos lá — Dinho levanta e fomos atrás até a garagem.

— Bora lá galera! Animação — Dinho diz pulando.

— Crlh, esse cara não cansa — Bento diz rindo.

— Eu tenho uma sugestão de música — Dinho diz.

— Sugestão? Vamos cantar música dos outros? — Júlio pergunta.

— Não é isso, é que eu compus uma música a um tempo. Talvez poderíamos colocar ela no álbum da utopia — Dinho diz.

— Podemos tentar — Sérgio da uma chance.

— Tá falando da "pitchulinha"? — pergunto.

— Essa mesmo Manu! — Dinho afirma.

— Já estou vendo que essa aí não vai ter nada haver com Utopia — Sérgio diz.

— Vamos dar uma chance — Júlio completa.

*Eles começam a tocar*

— Mina, seus cabelo é da hora — Dinho começa a cantar — Seu corpão violãoo.

Eles continuam tocando e Dinho cantando e eu apenas observando o quanto isso era a cara do sucesso.

— Eu te i love youuuuuuuuu — Dinho termina e eu levanto aplaudindo.

— Ficou incrível! — digo.

— Até que é boa, mas não acho bom colocarmos no disco — Sérgio diz.

— Mas por que não? — Samuel pergunta.

— Não tem haver com as músicas que tocamos, então não vai ficar legal algo diferente do nada — Sérgio diz.

— Ele tem razão — Bento concorda.

— Poxa, ficou tão bom — digo.

— Talvez em uma próxima então — Dinho diz meio desanimado.

Os meninos ensaiaram mais um pouco e fomos embora, até porque no dia seguinte íamos ter que nos matar de trabalhar de novo.

[...]

Se passou um mês de trabalho duro, sem parar um dia sequer. Todos se esforçaram bastante e marcamos de nos encontrar na casa de Bento hoje, para contar o dinheiro e ver se já tínhamos o suficiente.

— Vamos Dinho! — digo apressando o menino que estava penteando os cabelos no banheiro.

— Tô indo, tenho que estar lindo e gostoso — ele diz — que não é muito difícil também — ele diz se exibindo.

O japonês dos meus sonhos - Bento Hinoto Onde histórias criam vida. Descubra agora