027

88 13 1
                                    

Narration byLua Santos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Narration by
Lua Santos

Carapicuíba- Sp

Há mais ou menos quinze dias que voltamos da ilha, e já estou com saudades! Foi uma das melhores viagens que fiz em toda minha vida, seja pelo local, pelas pessoas, ou pelo momento em que ela ocorreu, foi tudo sensacional.

Em compensação a calmaria da viagem, esses últimos dias tem sidos corridos, estressantes e cansativos, quase não vi meu namorado, ou ele estava na mansão treinando, ou eu estava no hospital fazendo exames, já que decidi procurar minha médica e relatar ela o ocorrido das últimas semanas, porque não foi somente aquele dia na praia que senti meus pulmões falharem. E, desde então, praticamente só vivo no hospital, fiz diversos tipos de exames, que poucos não tiveram resultados tão agradáveis, fora os que ainda não tiveram resultados.

Me sinto cansada, meu corpo está cansado.

Ouço meu celular tocar, e tirei minha atenção do meu desenho e o olho para a tela. Era Artur ligando de chamada de vídeo, logo atendi.

──── Oi princesa. ── falou assim que atendi, ele estava deitado, com olhos cansados.

──── Oi, gatinho, como você está?── Me levantei da cadeira e fui para a minha cama, encostando minhas costas nos travesseiros.

──── Cansado, o dia não foi muito bom. Mas e o seu? Como foi?

──── Foi 'de boa, dei uma volta com Spaike, que, por sinal, sentimos sua falta ── ele deu um sorriso bobo, fechando seus olhos ─── e fiquei o resto do dia perturbando o Luis──sorri brincalhona ───, mas me diz, por que o seu dia não foi tão bom?

──── Não sei, estava inquieto o dia todo, uma sensação ruim, sabe? Não consegui me concentrar no treino, joguei mal, foi péssimo! ── Ele desabafa.

──── Amor, relaxe, isso é normal, você mal voltou à rotina, é claro que não voltaria com tudo. Tente descansar, não se cobre tanto. Amanha vai ser melhor, prometo!── Sorri com carinho para ele. Arthur sorriu, seu semblante se aliviou.

Pude sentir meu coração esquentar, saber que o ajudo me faz sentir que realmente devemos estar juntos, por mais que às vezes eu sinta que não.

──── Eu te amo lu

senti minhas bochechas esquentarem.

──── Amo você, thurzin

Seus olhos abriram e pude ver como eles brilhavam.

Conversamos até ele dormir, e eu desliguei o telefone e voltei a desenhar, traçava as linhas com precisão e leveza, deixando minha imaginação ganhar vida e tomar conta da folha, antes vazia.

Algumas horas depois, olhei assutada para o relógio ao ver que já eram três e quinze. Me espantei, logo fechei meu caderno e retornei à minha cama, me acomodei e fechei meus olhos, deixando o cansaço me vencer. Me ajeitei na cama e fechei meus olhos, pegando no sono.

Hours later

Começo a tossir e acordo desesperada, me engasgando com o ar. Ar que sinto falta por não estarem nos meus pulmões. Levo minha mão ao meu pescoço como uma tentativa de aliviar, obviamente não adianta. Meus olhos se enchem de lágrimas e sinto meu corpo começar a amolecer. Não consigo pensar direito, o pânico já tomou conta de todo meu corpo. Já sentada na cama, começo a procurar o botão de emergência e assim que o acho, aperto desesperadamente diversas vezes.

Não demora para que minha mãe esteja no meu quarto, ela pega o oxigênio e o coloca nas minhas vias respiratórias. Minha visão começa a escurecer, ouço o barulho de sirene, e isso é a última coisa que escuto antes de apagar.

𝘍𝘰𝘳 𝘜𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora