Reencontro • 3racha

Capítulo 19

Jisung se jogou no sofá enquanto Bang trancava a porta que fora deixada aberta. 

Changbin surgiu usando uma calça de moletom confortável enquanto secava os cabelos úmidos na toalha branca. Ainda tinha dúvidas em como cumprimentar aqueles dois. 

Tudo bem que poderia beijá-los, ele já sabia disso. Mas todas as vezes? Sempre que quisesse? 

— Tudo bem? — cumprimentou com um sorriso carinhoso e tímido. 

Bangchan já se sentia resolvido com aqueles dois. Ao contrário do menor, tinha quase certeza de que eles já lhe pertenciam. 

— Vai melhorar — sorriu umedecendo os lábios antes de tocar levemente a cintura nua do amigo. 

Um selinho demorado aconteceu até Seo se afastar e voltar a secar seus cabelos. — Cadê o Hannie? 

O mais velho apontou com a cabeça na direção do sofá. 

Jisung usava o braço acolchoado como travesseiro e sorriu ao receber um par de olhos ansiosos e aliviados. 

Changbin caminhou até o sofá e se inclinou sobre o corpo deitado. Jisung fez uma careta ao sentir as mechas frias e úmidas caindo em seu rosto, mas agarrou as bochechas recheadas do anfitrião e finalmente tomou sua segunda dose de calmante. 

Um suspiro aliviado chamou a atenção de Changbin, que se sentou na pontinha do estofado. 

— O que aconteceu?

— Ainda bem que meu empresário estava errado sobre vocês me odiarem.

— Quem disse que eu não odeio? — Bang brincou se unindo aos dois no sofá.

Jisung o empurrou com o pé e rolou os olhos.

— Longe de te odiar, Hannie. 

Seo alisou o rosto que bem conhecia e pediu que lhe explicasse melhor a situação, e por quê Bang estava com seu semblante tão preocupado.

— Dei um tapa na cara de Sungjin…

— QUÊ? 

— Alguém fofocou para o Channie — Jisung estreitou os olhos. — Ele surgiu no estúdio enquanto eu colocava Sungjin em seu devido lugar. 

— Eu atrapalhei? — Bang perguntou preocupado. 

— Não, eu já tinha resolvido tudo, naquela altura. Só não queria que vocês se envolvessem. 

— Sungjin já nos envolveu em tudo isso, e você sabe — Seo assegurou e trocou olhares entre os dois. — Ele nos envolveu quando cometeu injustiças com você e com o que poderíamos ter tido há muito tempo. 

O silêncio adorável se fez. Uma borboleta engraçada voando dentro dos outros dois estômagos naquele sofá. 

— Querem saber? — Jisung mordeu os lábios. — Agora eu finalmente posso fazer isso. 

O moreno saltou do sofá e Chagbin, curioso, encostou as costas no estofado ao lado do mais velho. 

Bang arregalou os olhos brilhantes quando Han subiu no colo do amigo. As pernas de cada lado e os narizes colados.

Os dois formavam uma cena quente e delicada ao mesmo tempo. 

O mais novo relaxou o corpo cansado contra o quadril de Bin e agarrou a gola do moletom perfumado de Chan, o puxando bruscamente para iniciar um beijo afobado.

— Você sempre pôde, Hannie — Chagbin disse gentilmente e deslizou as mãos até a bunda do rapaz, o ajeitando em seu colo para que beijasse Bang com mais conforto.  

Jisung sentiu pequenas vibrações vindas do lábio recheado de Chris, que gemia baixinho. Depois de alguns segundos precisou se afastar para recuperar o fôlego.

— Porra… — Changbin xingou ao ver a boca abandonada e molhada do mais velho. 

Bangchan abriu um sorriso divertido ao ouvir o palavrão e exalou seu hormônio necessitado.

— O que poderíamos ter tido há muito tempo? — Jisung largou a gola do outro moletom e cruzou os braços no pescoço de Seo.  

— Isso que estamos fazendo — Os olhos castanhos caminhavam das íris até a boca que perguntava pertinho da sua. 

— E o que estamos fazendo agora, Binnie? — Han perguntou novamente com o tom de voz diminuído, parecia perguntar por um segredo. 

Ainda se divertindo naquela posição, decidiu rebolar minimamente.
  
Seo decidiu não responder com palavras. Agarrou os fios da nuca do mais velho e trouxe ele para mais perto de si e de Jisung. Tão perto que as respirações quente e pesadas tocaram seu rosto.

Bang entreabriu os lábios, pronto para capturar Chagbin, mas fora surpreendido. 

Sua cabeça foi empurrada na direção do moreno, que ainda relaxava naquele colo. Soou como uma ordem, para que o beijo entre Bang e Han voltasse a acontecer. 

O beijo agora estava muito mais quente do que já poderia ter sido, principalmente pela atitude do castanho, que segurava as duas nucas, ajudando com o controle do beijo que não participava.

As respirações naquela sala estavam altas demais. Chan se afastou dos lábios gostosos e encarou Changbin que naquela altura já estava assumidamente excitado. 

— Responda ele, Binnie — ordenou descendo os beijos pelo pescoço de Han, este que mordeu os próprios lábios sem quebrar o contato visual com Seo. — O que estamos fazendo agora? 

Quando o mais forte arfou com aquela cena, sugando todo o ar entre os dentes, Bang quase o acompanhou em um gemido. Era exatamente isso que eles haviam imaginado quando estavam no carro abafado. 

Ter Jisung no meio.

O mais novo pulou para o outro colo deixando Changbin completamente exposto e com uma marca exagerada na calça de moletom. Jisung riu baixinho e sentiu as mãos quentes de Bang alisar sua barriga coberta pela blusa, que logo fora arrancada e jogada no chão. 

— Christopher… — Seo estava levemente confuso. Não sabia exatamente se havia o chamado como advertência ou um gemido de prazer. 

O mais velho se concentrava no cheiro e beijava o pescoço de Jisung em seu colo, a mão deslizou sem vergonha até as coxas grossas e definidas de Changbin. Em uma agilidade invejável, a mão fez seu caminho até a cordinha que amarrava o cós da calça e se enfiou por baixo do tecido. 

Jisung não desgrudava os olhos daquela cena, estava prestes a explodir em fogo. Tinha um Bang chupando seu pescoço ao mesmo tempo que ele subia e descia lentamente a mão no membro coberto de Changbin. 

— Por favor, Binnie — Jisung gemeu com uma respiração completamente descompassada. — F-fala logo o que estamos fazendo.

Os olhos castanhos estavam escuros, tomado completamente pelo desejo e admiração que sentia pelos dois rapazes e suas carícias satisfatórias.

Eles eram perfeitos, aqueles toques eram perfeitos.  

— Estamos fazendo uma obra de arte, sinceramente — Assumiu jogando a cabeça para trás.

Han sorriu largo e abandonou o colo de Bangchan. Os dois observaram seu torso nu e sentiram um arrepio compartilhado. 

— Arte é você, Binnie — Jisung se ajoelhou.