Capítulo 24

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— Hanji, você é uma pessoa deliciosamente imprevisível — disse Bangchan levando o copo de cerveja gelada até a boca.

Logo depois de verem a foto íntima em todas as redes sociais, os dois mais velhos aceitaram o convite inusitado de Jisung, e agora estavam sentados na varanda exposta de um restaurante.

O vento amigável do meio-dia balançava os fios de cabelo dos três rapazes. Estavam em paz.

Tímidos, é claro. Mas em paz.

Os clicks das câmeras de paparazzi ecoaram pela rua calma. Bastava inclinar a cabeça levemente e o grupo de fotógrafos dava sinal em bando.

– Me desculpem por isso – Han abaixou a cabeça para fitar as unhas roídas. Fugiu de qualquer contato visual com os outros.

Changbin puxou a mão macia do moreno e a segurou forte, entrelaçando os dedos por cima da mesa forrada pelo pano branco.

– Estamos juntos nessa, Hannie – Um beijo de proteção fora depositado na bochecha.

– Não poderíamos dar uma resposta melhor a Sungjin – Bang sorriu colocando um camarão recheado na boca. – Ele pensou que fugiriamos, que sentiriamos vergonha. Eu não poderia estar mais feliz do que agora.

– Estão bem mesmo?

– Claro que estamos – Seo sorriu relaxando na cadeira e puxando um camarão para si também.

O almoço fora o momento mais especial que enfrentaram até então. A exposição de um relacionamento incomum mas totalmente presente de amor e apoio.

Estavam juntos nesse romance e Jisung não teria que enfrentar nada sozinho. Sem contar que, de uma forma ou de outra, assumir que estavam construindo algo era realmente confortável.

Mais tarde, sentados no sofá de Changbin, um suspiro pesado fora ouvido e Bang pausou o filme, fitando o moreno preocupado ao seu lado.

– O que foi agora?

– Jisung, larga esse celular – Seo rolou os olhos, cansado de todo o drama virtual.

– Sungjin está fazendo uma coletiva de imprensa – disse pensativo, mordendo o lábio com um pouco de força. – Vamos ver?

– Ah, não. – Bang puxou o controle e deu play no péssimo filme de ação que só estava rendendo críticas engraçadas.

Jisung ignorou sua curiosidade depois de gargalhar de um efeito especial muito mal feito.

A risada gostosa tinha companhia e aqueles timbres entregaram uma perfeita harmonia. Combinavam em todas as situações.

Jisung usava o braço do sofá como travesseiro e os pés no colo de Bang, este que apoiava seu corpo no de Changbin.

Ao sentir o celular vibrar em seu bolso, Chan puxou o aparelho e ignorou o filme.

– Bangchan, larga esse celular – pediu Seo pela segunda vez.

– Se eu não posso, você também não! – Jisung tentou rastejar pelo corpo do mais velho para tomar o celular, mas Bang fez aquela carinha que sempre consegue o que quer.

– São dois áudios de Shuhua. E se for importante?

– Oh, manda um beijo para ela – sorriu um Changbin amigável.

Jisung rosnou atraindo o olhar cômico dos dois. – Responde ela logo. – Pausou o filme avisando que seria a última vez.

"Chris, você assistiu a coletiva de Sungjin?"

Os três se olharam. A curiosidade nascendo junto com um sentimento terrível de medo e alerta. Jisung puxou o aparelho percebendo que a transmissão já havia acabado.

"Sungjin se enrolou com uma pergunta sobre a gravadora, e acabou entregando um desvio de dinheiro altíssimo..."

Changbin pulou do sofá e ficou bem de frente para o aparelho. Bangchan abriu um sorriso esperançoso e Jisung apenas ouvia com as orelhas afinadas.

"Mas antes disso, um funcionário surgiu aleatoriamente, segurando um cartaz dizendo JISUNG ESTÁ LIVRE E SUNGJIN É UM BUNDÃO. Bom... é só isso. Vou fazer um macarrão. Boa noite, lindinho."

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