Reencontro • 3racha

Capítulo 13

– E então, qual a boa notícia? 

O restaurante favorito de Sungjin substituía salas de reuniões com certa frequência. Naquela ocasião, dividia a mesa com seu artista favorito enquanto sorria vitorioso. 

– Calma, antes eu preciso entender como aceitou produzir com aqueles caras outra vez. 

– Pensei ser uma boa ideia.

Jisung murchou os ombros levemente, não tinha certeza da resposta mas considerou ser culpa da saudade, reviver um passado, o amor que sempre guardou e até a sorte do sucesso. 

– Sabe que eles falavam mal de você e da sua música. Eu mesmo ouvi! – Avisou um pouco exaltado. – Tenha cuidado. 

O rapaz assentiu e de fato teria cuidado, não machucaria seu coração outra vez e pelo mesmo motivo. Se afastaria novamente e nada mais impediria sua caminhada.

Encontrando uma ótima oportunidade para fugir daquele assunto doído, se remexeu na cadeira como uma criança que vai receber seu presente. 

Sungjin entendeu que deveria recuperar o primeiro assunto e logo cedeu. 

– Consegui o patrocinador – sorriu e fez um leve suspense. Han nem piscava de ansiedade. – Para sua turnê internacional. 

Os talheres pularam de sua mão e timbraram contra o prato de porcelana.

– JURA? – A voz muito mais alta do que pôde calcular o fez tapar a boca e olhar para os lados. – Você é o melhor empresário desse universo! 

– Eu sei. – Sorriu erguendo sua taça de vinho pedindo um brinde. 

O resto do almoço foi feliz para Jisung. Ele perguntava sobre datas e países nunca visitados, se esquecendo completamente da comida à sua frente. 

Changbin e Bangchan gostariam de ter tido uma tarde tão feliz quanto, mas estavam melancólicos demais. Tentavam se distrair mas todo assunto que tocavam acabava caindo em Jisung.

Os dois não se beijaram novamente e nem tiveram vontade para isso, estavam sentindo culpa mesmo sabendo que ela não existia. 

– Tá acontecendo a mesma coisa, Christopher. – As pernas de Changbin balançavam por baixo da mesa do bar. 

– Não vamos deixar. 

– Já vimos isso antes, ele vai indo embora… até sumir de vez.

Não entendiam nem se realmente haviam reconquistado tudo e já estavam prestes a perder novamente.  

Bang se levantou rapidamente e esbarrou na mesa, fazendo o outro segurar o próprio copo antes que derramasse. 

– Vamos encontrar com ele, explicar tudo. Ele precisa acreditar que não fizemos nada. 

– Mas nós fizemos! – Bin ficou de pé como o outro. – Você veio todo maluco se sentando no meu colo. 

– Changbin, porra! – Tapou o rosto com timidez. – Estávamos pensando nele! A gente precisa fazer ele acreditar, porque essa é a única verdade.

O bar não era nada longe da residência de Jisung e no fundo teriam escolhido o lugar propositalmente.

Claro que o moreno fingiria não ter ouvido batidas em sua porta. O empresário havia se despedido há pouco tempo, então apenas não convidados apareceriam. 

Olhando pelo olho mágico, avistou os dois rapazes. Claro! Claro que teria de encará-los mais cedo ou mais tarde!

Sentia uma pontada de fúria enquanto lembrava de todas as ofensas e fofocas que faziam sobre ele e sua música.

Esquecer isso foi fácil, já que na presença eram todos unidos e nenhuma das maldades faziam sentido. Jisung se sentia completam enganado. 

Estava, de fato, sendo enganado pela segunda vez. 

Na tentativa de amenizar o conflito e fugir de mais brigas, que poderiam até trazer polêmicas para sua turnê, decidiu retribuir a falsidade daqueles seres humanos.